O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM.- Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, era de se esperar e está-se confirmando uma ação mais efetiva da Polícia Federal no combate à corrupção no País. Essa nova ofensiva, influenciada pelas revelações de propinas nos Correios, começa no meu Estado, o Amazonas, e, como foi noticiado pela imprensa, a PF efetuou a prisão de 18 policiais rodoviários, envolvidos em corrupção.

Manifesto aqui meu apoio a essa ação moralizadora, esperando que doravante tais procedimentos sejam mais freqüentes e até mesmo permanentes. Com isso, sem dúvida, o País afasta a imagem até então vigente da impunidade.

Leio, a propósito, matéria publicada na edição de hoje de O Estado de S.Paulo, dando conta dos resultados da operação da Polícia Federal no Amazonas.

Segundo o relato, a Polícia Federal descobriu 18 policiais rodoviários que cobravam de R$1 mil a R$2 mil para a passagem livre de uma carreta nos postos de fiscalização no Amazonas.

Além dos policiais presos, estão envolvidos em irregularidades 20 empresários e empregados de empresas de transporte, que teriam concordado com o pagamento do pedágio.

            Em conseqüência das primeiras investigações, já foi exonerado o suposto líder do grupo de policiais, que é o guarda rodoviário federal Jones Andrade Menezes. Outros 17 policiais envolvidos ficarão afastados de seus cargos enquanto durar a investigação.

A operação da PF no Amazonas teve a participação de 305 policiais, atingindo, além de Manaus, também os municípios de Presidente Figueiredo, Coari e Parintins.

Segundo as notícias, entre as 12 empresas de transporte de cargas envolvidas, figuram a Cometa, Ebrom, Aerotrans, Transcearense, Oliva Pinto, Thimbar e MLGF.

Cumprimento a Polícia Federal por essas ações.

Também, Sr. Presidente, ocupo a tribuna neste momento para registrar a entrevista intitulada “O Islã é fascista”, publicada na revista Veja, de 22 de junho do corrente.

A entrevista mostra um relato corajoso da parlamentar holandesa Ayaan Hirsi Ali. Nascida na Somália há trinta e cinco anos, vivenciou a terrível opressão da qual as mulheres muçulmanas são vítimas, sofreu abusos e mutilações. Refugiou-se na Holanda, onde estudou Ciências Políticas e foi eleita membro do Parlamento. Mesmo longe de seu país, tem sido alvo de ameaças de morte por ter escrito o roteiro de "Submission", o curta-metragem de dez minutos que descreve a violência exercida contra as mulheres muçulmanas.

Para que conste dos Anais do Senado, requeiro, Senhor Presidente, que a referida matéria seja considerada como parte integrante deste pronunciamento.

Era o que eu tinha a dizer.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“O Islã é fascista”.