Discurso durante a 138ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem a maçonaria brasileira pela passagem do Dia do Maçom.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem a maçonaria brasileira pela passagem do Dia do Maçom.
Publicação
Publicação no DSF de 20/08/2005 - Página 28430
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, MAÇONARIA, ELOGIO, MEMBROS, IDEOLOGIA, COMENTARIO, IMPORTANCIA, HISTORIA, BRASIL.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Mozarildo Cavalcanti, que preside esta sessão, Senadores, lideranças maçônicas, não citarei nomes, porque poderia esquecer alguns e, mesmo involuntariamente, seria imperdoável.

Senador Mozarildo Cavalcanti, ontem V. Exª convidou-me a participar desta homenagem. Já chegamos aqui irmãos, porque gastamos o melhor de nossa juventude buscando ciência para, com ciência e consciência, servir nossa gente. Dedicamo-nos à ciência médica que achamos ser a mais humana das ciências, e o médico, um grande benfeitor da humanidade. Estamos aqui, prestando homenagem ao maçom. Não tive esse privilégio como V. Exª, mas trouxe aqui um testemunho do que isso significa. Primeiro, desde criança, a admiração, porque na minha cidade - e eu diria, como Sêneca, que não há pequena cidade, mas a “minha” cidade -, na minha Parnaíba, no Piauí, uma das lojas é Francisco Correia, meu tio. Mais ainda: padrinho de minha mãe. Sou de uma religião cristã, católica e com certeza meu nome, Francisco, se deve a isso, mas também houve a simpatia familiar de Francisco Correia. E quis Deus aqui encontrar quem significa para mim mais a minha pátria, o Piauí, ali ao lado, Ilídio da Silva Coutinho, um maçom que traduz a grandeza do Piauí e da ordem maçônica. Há 47 anos em Brasília, antes do nascimento, junto com o sonho de Juscelino, representando a bela cidade de Floriano, no Piauí. E quis Deus que, nessa cidade, Senador Alvaro Dias, eu fizesse o primeiro comício para ser candidato a governador do Estado.

Também aqui está um homem que representa aquilo que Cristo disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”, o juiz maçom José Alves de Paula. A vida nos colocou, às vezes, confrontando, mas nos confrontos que tivemos, sempre soubemos nos respeitar mesmo não sendo maçônicos, tudo por causa daquilo em que acreditamos: Deus, a família, a família como base da sociedade. Como Rui Barbosa disse, a Pátria é a família amplificada.

Quero dar o testemunho do que é ser maçom. O meu sonho é o Piauí. Eu fui lá porque quis e porque tive um desejo, porque nasci apaixonado por aquele Estado e Deus me permitiu me apaixonar por uma mulher do Piauí, constituir família no Piauí, ter filhos piauienses. Ao longo de minha vida, tenho acompanhado a maçonaria de longe, como se acompanha o firmamento e se olha para a Lua, para o Sol, para as estrelas. Eu respeito a instituição - não faço parte dela -, porque os membros que a compõem, aqueles que fazem parte das Lojas no meu Piauí, todos, são exemplos de dignidade, de trabalho, de companheirismo. A vida me levou para a política, como médico, assim como Mozarildo e Juscelino. Deixamos os templos de trabalho, um consultório ou uma sala de cirurgia, com oportunidade, com os instrumentos da Medicina, que servimos, para, com os instrumentos do poder político, servir muito mais. Aqui está um homem que vê como oportuna esta convocação. Estudando, vi isto ao longo da vida: Deus escreve certo por linhas tortas. O que seria deste País sem a maçonaria? Quem primeiro ouviu o grito de liberdade, igualdade e fraternidade foram os maçons brasileiros como Gonçalves Leite, José Bonifácio. Aquele grito de liberdade, igualdade e fraternidade, quem o trouxe para este País foram os maçons. Vocês são responsáveis pelo governo do povo, pelo povo e para o povo. “És eternamente responsável por aquilo que cativas.” Sei que nós, políticos, lemos muito o Príncipe, de Maquiavel, mas gosto mais do Pequeno Príncipe, que disse: “És eternamente responsável por aquilo que cativas”. Vocês são responsáveis pela democracia brasileira, e hoje vivemos os momentos mais difíceis. Nunca dantes na história deste País, mesmo antes da República ou pós-ação maçônica criando a República, houve tanta corrupção. Nunca! Falo aqui pelo Líder maior do meu Partido, que redemocratizou nosso País, Ulysses Guimarães, que disse: “A corrupção é o cupim da democracia”.

Eu entendo que Deus, que escreve certo por linhas tortas, chamou o Senador Mozarildo Cavalcanti, líder político, líder maçônico, para este momento de responsabilidade de todos nós, mas muito mais dos senhores, porque a República nasceu do sonho, do ideal e da maçonaria, que faz com que todos os brasileiros, mesmo não tendo o privilégio de ser da sociedade, tenham o dever e a obrigação de respeitá-los e acreditar em vocês.

Que o dia de hoje seja um chamamento deste extraordinário líder político e, com certeza, líder maçônico, Mozarildo Cavalcanti, para combatermos juntos a corrupção, que é o cupim da democracia.

São essas as nossas palavras de admiração. Para concluir, faço minhas todas as palavras do Senador Alvaro Dias, mas terminaria com uma reflexão. Sei que, em Londres, há 1.800 lojas maçônicas. Oh, meu Deus, em quem creio, é preciso ter crença e fé!. Aprendi com a minha religião que fé sem obra já nasce morta. Então, oh, meu Deus, faça florescer no Brasil as lojas maçônicas!

Continuem a missão e sejam fortes, bravos e felizes!

Viva a Maçonaria do meu Brasil! (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/08/2005 - Página 28430