O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, repeli com veemência as palavras proferidas pela Senadora Ideli e o farei sempre em relação a qualquer Senador ou Senadora, Deputado ou Deputada que não respeite os depoentes que vêm a esta Casa. Não se pode abusar da condição de Parlamentar para apontar alguém como “o maior corrupto do Brasil”, porque se trata de uma questão subjetiva.

Estamos aqui estudando os atos de Marcos Valério, este talvez o maior corrupto do Brasil. E aguardamos a explicação, que ainda não veio, dos recursos que Marcos Valério deu a vários diretórios do PT, inclusive ao de Santa Catarina. E, enquanto isso não for traduzido, penso que não tem muita autoridade quem reclama dos outros sobre corrupção. Tem que observar as ações no seu Estado, como elas se procedem e, mesmo assim, deve medir as palavras, tanto quanto possível.

De modo que se trata de um problema das Mesas, tanto da CPMI, quanto do Congresso, não permitir intervenções que firam a pessoa que vem depor espontaneamente ou por convite. Essas pessoas todas têm que merecer respeito. Disse até que não tenho por que defender o Sr. Daniel Dantas, pois acho que em relação à Bahia ele não fez nada de importante, quando poderia ter feito. Entretanto, isso não justifica que qualquer Senador ou Senadora vá a plenário, de onde a reunião está sendo transmitida pela televisão e pelo rádio, para chamar o depoente de maior corrupto do País.

Felizmente, vários Parlamentares reagiram, reagiram na hora, e a situação ficou mais clara do que precisava.

Quero dizer que não tenho por que retirar as palavras que proferi; ao contrário, servem de advertência para que se respeitem uns aos outros nesta Casa e nas CPIs.

Muito obrigado.