Discurso durante a 172ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

História da atleta amazonense Davina. Comentários a e-mail recebido de Sr. Márcio Aliomar Alves.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA AGRICOLA.:
  • História da atleta amazonense Davina. Comentários a e-mail recebido de Sr. Márcio Aliomar Alves.
Publicação
Publicação no DSF de 05/10/2005 - Página 33980
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA AGRICOLA.
Indexação
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, HOMENAGEM, ATLETA PROFISSIONAL, ESTADO DO AMAZONAS (AM), EMPENHO, PARTICIPAÇÃO, VITORIA, COMPETIÇÃO ESPORTIVA.
  • COMENTARIO, MENSAGEM (MSG), AGRICULTOR, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), RECEBIMENTO, ORADOR, INTERNET, CRITICA, POLITICA AGRICOLA, GOVERNO FEDERAL.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, encaminho à Mesa a história de uma heroína amazonense, Davina, e o resumo de carta que me enviou o Sr. Márcio Aliomar Alves, agricultor que, com muita experiência prática e desanimado, mostra a crise que a incompetência desse Governo, apesar da competência do Ministro Roberto Rodrigues, está levando para a agricultura brasileira.

Os dois pronunciamentos vão à mesa, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

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SEGUEM, NA ÍNTEGRA, DISCURSOS DO SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO.

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O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Amazonas também tem a sua Menina de Ouro, como inspiradamente disse o jornal Correio Amazonense, ao publicar reportagem sobre a nossa Maggie, assemelhada, no sonho e na garra, à jovem estrela do recente filme de Clint Eastwood, o astro, produtor e diretor de cinema e na década de 80, Prefeito da sua cidade natal, Carmel, balneário da Califórnia.

A Maggie amazonense não trabalha em lanchonete, seu nome é Davina e seu ponto comum com a norte-americana é o sonho de vir a ser campeã, quem sabe brasileira, quem sabe mundial, de boxe.

            Alguns outros sonhos, menores, da diarista amazonense, que não tem nenhum Clint como protetor, já foram alcançados. Davina é tricampeã amazonense de Judô, tetracampeã da Copa Samuel, três títulos na Copa Gloria, foi bronze no Campeonato Brasileiro Júnior de 2004, tricampeã da Copa Norte e quarto lugar no Pan-Americano da Venezuela, em 2002.

Não é só no Judô que Davina se destaca. Ela é bicampeã amazonense, categoria pena, de Jiu-Jitsu. Só não foi mais além porque não conseguiu dinheiro para pagar a passagem nem para se inscrever no último Campeonato Brasileiro de Judô.

E como nem tudo é feito de tristeza, Davina possivelmente integrará a delegação amazonense ao Campeonato Brasileiro de Lutas Olímpicas, no início de 2006.

Como diarista, ganha R$25 por dia de trabalho e isso, diz, quando aparece serviço. Uma remuneração que mal chega para sua própria sobrevivência.

A boa notícia sobre a provável inclusão de seu nome no Campeonato Olímpico foi dada a Davina pelo presidente da Federação de Luta Livre do Amazonas, José Falabela.

Ele afirmou à imprensa ter bons planos para a Menina de Ouro do Amazonas. Quem sabe, de repente, Falabela se transforma no Clint de Davina?

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

 

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ouvi pelo rádio esta manhã uma advertência do Presidente Paulo Skaf, da Fiesp, dizendo que o Brasil está perdendo o bonde da história, ao praticar uma política de juros antidesenvolvimento.

Li depois a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, segundo a qual a maioria dos trabalhadores brasileiros ganha de 1 a 3 salários mínimos, muito pouco, portanto.

Hoje, neste momento, queria ter como ouvinte o Senador Osmar Dias, porque vou fazer coro às apreensões que o ilustre representante do Paraná tem trazido a este Plenário, com relação à quase insustentável situação a que foi conduzida a agricultura nacional pelo Governo Lula.

O Senador Dias ecoa aqui o quadro tenebroso da lavoura, vítima de um histórico e clamoroso calote desse Governo do Quatriênio Perdido.

Perdidos estão o campo, a atividade agrícola do País, como também narra, em e-mail que recebi esta manhã de Primavera do Leste, no Mato Grosso.

O remetente, Márcio Aliomar Alves, é agricultor, sabe o que diz, e está desanimado diante do quadro, para ele insustentável.

Aliomar receia que seu caminho é passar por caloteiro, sem recursos para pagar os compromissos que assumiu com suas plantações de soja no leste do MT e, antes, de algodão.

Mais grave ainda: o mês de outubro está avançando e os agricultores não têm dinheiro para o início do plantio da soja. Mais da metade deles não têm recursos para comprar adubo, sementes, defensivos e outros insumos. Nem têm crédito. O Governo deu uma de doril e sumiu. Não quer nem pensar em financiar a lavoura.

O Márcio Aliomar é o protótipo do agricultor brasileiro e, no seu desânimo, diz que no Governo Lula só valem essa chamada agricultura familiar e o MST, ambos de passaporte azul no Palácio do Planalto.

A agricultura familiar, sabemos, pode ser interessante, como economia de subsistência, mas sem grande valo econômico. E o MST, não é preciso repisar. É uma organização clandestina ocupada em perturbar o campo.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/10/2005 - Página 33980