O SR. ROMEU TUMA (PFL - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Senadora Heloísa Helena, V. Exª e o Senador Pedro Simon usaram desta tribuna, e fiquei atento, porque eu tenho um carinho especial por V. Exª, pela sua forma, pela sua coragem, pela sua disposição de defender os interesses dos menos favorecidos pela sorte.

Senador Pedro Simon, desculpe-me, nem tinha visto que V. Exª estava presente. Pensei que V. Exª tivesse ido embora e ia pedir o testemunho da Senadora de que me referia a V. Exª. Fez aqui V. Exª uma exposição tão carinhosa com a sociedade, mas tão sofrida para nós, pelo que vem acontecendo no País.

Hoje é Dia de Todos os Santos, Senador Pedro Simon. V. Exª, quando vai à tribuna, sempre me faz lembrar de meu pai. Hoje, dia 1º de novembro, seria o aniversário dele. Quando ele veio do Oriente, como imigrante, foi parar em Porto Alegre com a mãe, porque o pai fora assassinado durante a viagem de navio, roubado nas suas libras para poder sustentar a família. Então, a minha avó, à época, perdida em Porto Alegre, encontrou um patrício que os levou para Pelotas. Em Pelotas, meu pai aprendeu a profissão de sapateiro e lá viveu sua infância e sua adolescência. E ele sempre dizia: “Eu sou um gaúcho de raça”.

Aprendi com V. Exª, Senador Pedro Simon o que quer dizer gaúcho de raça, até pela fisionomia de V. Exª - é claro que não dá para comparar a idade, pois meu pai faria 105 anos -, pela sua presença tranqüila, por aquela forma de orientar as pessoas naquilo que é digno e respeitoso para com o próximo.

A Senadora Heloísa Helena e o Senador Augusto Botelho estavam lendo a Bíblia agora. Então, fiquei pensando: será que o demônio está querendo tomar conta disto aqui, Senador Pedro Simon, transformando estes nossos objetivos em busca de uma vida melhor para todos aqueles por quem lutamos, e viemos aqui por causa deles? E não sei se V. Exª estava lendo uma carta de Paulo aos Coríntios ou não. Mas eu vi que era tanta atenção à Bíblia que até meu coração pulou de alegria, porque o pensamento em Cristo é importante nesta hora em que achamos que a esperança deve reviver.

O Senador Cristovam Buarque veio aqui trazer de volta a esperança de que a reforma universitária é necessária. Não adianta o Governo virar as costas. Vamos ter que tomar uma providência, porque nós somos Governo também. Dentro da estrutura que se formou na democracia brasileira, o Congresso Nacional é Governo também e tem obrigações dentro de toda a Constituição.

Eu não vou fugir dos cinco minutos, mas eu tinha trazido aqui, Senadora Heloísa Helena e Senador Pedro Simon, uma entrevista do presidente do FBI (Federal Bureau of Investigation). Eu era muito amigo do Presidente anterior, que foi substituído por esse senhor. Ele faz algumas referências sobre como são selecionados policiais para ingressar no FBI e, principalmente, sobre o acompanhamento para que a dignidade da função seja sempre respeitada, para que não haja o perigo de uma corrupção generalizada que traga intranqüilidade à sociedade.

Trouxe aqui também um cumprimento ao Presidente Renan Calheiros, que apresentou uma PEC para que haja o cumprimento constitucional de uma verba permanente ao sistema de segurança.

Como eu já apresentei esse projeto há mais de três anos, espero que os projetos consigam ser encaminhados juntos e que o dele tenha preferência, porque ele tem mais prestígio junto ao Governo do que eu. Se o meu está aqui há três anos e não consegue sair da comissão, provavelmente o dele é uma imposição, porque ele é do Partido que apóia o Governo e é respeitado como Presidente desta Casa. Já falei com ele e ele concordou em encaminhar junto.

Então, vou encerrar para não extrapolar o tempo que V. Exª me deu. Muito obrigado, Presidente.