Discurso durante a 190ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apresenta requerimento para a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar o financiamento das campanhas eleitorais no período entre 1998 e 2004.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), MESADA. ELEIÇÕES.:
  • Apresenta requerimento para a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar o financiamento das campanhas eleitorais no período entre 1998 e 2004.
Publicação
Publicação no DSF de 28/10/2005 - Página 37311
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), MESADA. ELEIÇÕES.
Indexação
  • COMENTARIO, ACAREAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, MESADA, CONFIRMAÇÃO, IRREGULARIDADE, FINANCIAMENTO, CAMPANHA ELEITORAL, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • JUSTIFICAÇÃO, REQUERIMENTO, CRIAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), INVESTIGAÇÃO, IRREGULARIDADE, FINANCIAMENTO, CAMPANHA ELEITORAL, ATUALIDADE, ANTERIORIDADE, SAUDAÇÃO, ASSINATURA, SENADOR, DEMONSTRAÇÃO, APOIO, COMBATE, IMPUNIDADE.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Com revisão do orador.) - Com enorme consciência e cumprindo aquilo que era uma determinação da nossa Bancada, ou seja, separar os casos, graves os dois, mas separar os dois casos: caixa dois, para um lado; e a corrupção, que se pratica de maneira endêmica, epidêmica, doentia neste Governo do Presidente Lula, para o outro.

Apresento a V. Exª, Sr. Presidente, neste momento, requerimento constituindo Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar o financiamento das campanhas eleitorais no período compreendido entre 1998 e 2004. Digo isso depois de ter sabido - estava pronto antes - que, lá, na acareação da tal CPI do Mensalão, os três acareados confirmaram dinheiro espúrio na campanha do Presidente Lula, essa que o elegeu Presidente da República, os três.

Portanto, Sr. Presidente, até para as coisas ficarem bem claras e não pensarem que este aqui é o Senado do “rabo preso”, tenho orgulho de dizer que, sem grande procura, sem grande busca, com a determinação de obter no mínimo 35 assinaturas para garantir mesmo a irreversibilidade da implantação da Comissão Parlamentar de Inquérito, estou apresentando um requerimento de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito para o caixa dois com 37 assinaturas das Srªs e dos Srs. Senadores.

Parece-me muito nítido que não é nada chorado, nada pingado. Não são 27 Senadores chorados ou pingados; são 37 Senadores que estão dispostos a verificar se têm ou não coragem de efetivamente ir fundo nessa questão do caixa dois, porque essa conversa de máfia nova-iorquina, comigo não vai colar. Essa história de “ninguém é bom, ninguém presta” e de, portanto, misturar tudo num saco só não cola tampouco.

Assim, estou encaminhando a V. Exª o requerimento, pedindo-lhe que confira as assinaturas: são 37. Há oportunidade ainda de outros Senadores firmarem as suas assinaturas. Acredito que isso passe de 50 ou chegue a 81. Ah, sim, a Senadora Ana Júlia vai assassiná-lo - creio que o PT todo vai fazê-lo. O PT não vai decepcionar a Senadora Ana Júlia Carepa. Devemos assiná-lo e irmos a fundo na passagem a limpo desse Partido.

Ontem, eu já tinha número, Sr. Presidente, mas não tinha os 35, Senadora Heloísa Helena, que é um número mágico. A Bancada estabeleceu 35, um número mágico. Nasci dia 15 de novembro, então, apresentamos com 35. Se tivesse nascido no dia 14, apresentávamos com outro número. Então, são 35 assinaturas. Com isso, ela é irreversível.

Outros Senadores assinarão o requerimento. Temos 38 assinaturas agora, com a assinatura da Senadora Ana Júlia Carepa.

Portanto, aguardamos agora as providências imediatas da Mesa. O Presidente Renan Calheiros, aliás, já as anunciou. Ou seja, demandados os Líderes, que cumpram com seu dever básico, que é indicar os nomes imediatamente.

É conversa mais do que fiada essa de que não há Senadores para tantas CPIs. Não é verdade! Só tem uma CPI funcionando aqui. Só uma. Pode haver tantas quantas o espírito da lei permitir. O legislador não inventou essa regra à toa. O legislador é sábio. Quando disse que podia, é porque pode. Se não pudesse, o legislador não deixaria. Eu não vou me arvorar agora a tutor, a crítico ou a revisor do espírito, da cultura e do preparo daqueles que me antecederam, elaborando as leis da Casa. Portanto, Sr. Presidente, aqui está a CPI.

Li coisas engraçadas, li coisas terríveis, li coisas do tipo: “disseram que assinaram, mas não era para apresentar”. Então, faço um pedido: quando eu apresentar de novo, não assinem, se houver essa dúvida. Porque eu, em recolhendo, apresento.

Está apresentado aqui, Sr. Presidente.

Muito obrigado a V. Exª.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/10/2005 - Página 37311