Fala da Presidência durante a 204ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Solidariedade ao discurso do Senador Arthur Virgílio pela reabertura do diálogo do governo com os professores grevistas das universidades públicas.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
MOVIMENTO TRABALHISTA.:
  • Solidariedade ao discurso do Senador Arthur Virgílio pela reabertura do diálogo do governo com os professores grevistas das universidades públicas.
Publicação
Publicação no DSF de 22/11/2005 - Página 40521
Assunto
Outros > MOVIMENTO TRABALHISTA.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, SOLUÇÃO, GREVE, PROFESSOR, UNIVERSIDADE FEDERAL, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, JUVENTUDE, POPULAÇÃO CARENTE, PARALISAÇÃO, HOSPITAL ESCOLA.

O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - A Presidência soma-se ao apelo do Líder da Oposição, pela gravidade.

Senadora Serys, leve essa mensagem ao seu Presidente. São 500 mil estudantes brasileiros parados, das universidades e das escolas técnicas. O Padre Antonio Vieira - agora se falou do Maranhão e no museu - disse que um bem é sempre acompanhado de outro bem, mas que uma desgraça também vem acompanhada de outra desgraça. Além disso, há os hospitais universitários, de extraordinária resolutividade, que são procurados pelos mais pobres, que não têm como pagar um plano de saúde ou uma clínica privada. É tempo de o Presidente da República acabar com essas greves. Napoleão Bonaparte, que fez o primeiro Código Civil, disse que a maior desgraça para a mocidade são os instantes perdidos. Então, a nossa mocidade estudiosa não pode ficar à mercê de um partido que chegou ao poder fomentando a greve e não sabe acabar com ela. É uma lástima e uma vergonha!

Digo ao Presidente da República que me formei em Medicina no período revolucionário e que não houve nenhum dia de greve. Governei o Estado do Piauí por seis anos, dez meses e seis dias, e também não houve greve, porque fiz um entendimento com os funcionários públicos. O País não aceita essa greve das universidades federais.

Com a palavra, a Senadora e Professora Serys Slhessarenko, que, com certeza, vai falar representando as professoras. Entendo que o instinto de ser professor é muito mais importante do que o de ser Senador. A sua classe há muito tempo solicita uma audiência com esse Ministro, e ele não recebeu as professoras.

V. Exª tem o tempo que quiser, em homenagem às professoras do meu Brasil. Entendo que a classe mais importante é a dos professores - não é a dos presidentes, senadores, empresários e homens ricos. É a única que o povo chama de mestre, como Cristo.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/11/2005 - Página 40521