Pronunciamento de Arthur Virgílio em 08/12/2005
Discurso durante a 219ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentários à entrevista do Presidente Lula em que diz que não teria afirmado, durante a campanha eleitoral de 2002, que criaria 10 milhões de empregos. Registro da matéria intitulada "Caldeira: um bar especial para clientela selecionada", publicada no jornal Diário do Amazonas do último dia 4 de dezembro.
- Autor
- Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
- Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.
HOMENAGEM.:
- Comentários à entrevista do Presidente Lula em que diz que não teria afirmado, durante a campanha eleitoral de 2002, que criaria 10 milhões de empregos. Registro da matéria intitulada "Caldeira: um bar especial para clientela selecionada", publicada no jornal Diário do Amazonas do último dia 4 de dezembro.
- Publicação
- Publicação no DSF de 09/12/2005 - Página 43591
- Assunto
- Outros > PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO. HOMENAGEM.
- Indexação
-
- CRITICA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DESMENTIDO, PROMESSA, CAMPANHA ELEITORAL, LEITURA, TRECHO, DECLARAÇÃO, ANTERIORIDADE, ELEIÇÕES, COMPROVAÇÃO, MANIPULAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA, ESPECIFICAÇÃO, CRIAÇÃO, EMPREGO.
- SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, DIARIO DO AMAZONAS, ESTADO DO AMAZONAS (AM), HOMENAGEM, BAR, TRADIÇÃO, CAPITAL DE ESTADO.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ao contrário do que volta e meia aparece no noticiário, o Presidente Lula não prometeu, na campanha eleitoral de 2002, que criaria 10 milhões de empregos.
Estaria feito o desmentido e tudo estaria bem se ele e o PT estivessem vivendo na Terra do Nunca. Não estão. Vivem, isso sim, na Terra do Pinóquio. E por isso Lula diz uma coisa, depois diz outra e, em seguida, diz que não disse nem uma coisa nem outra.
É o que se pode chamar de mentir com sinceridade.
Tenho vontade até de requerer um Voto de Aplauso ao Presidente pelo desmentido. Ontem pedi um à ex-Prefeita Marta Suplicy, a primeira petista a admitir que o mensalão existe.
Talvez eu peça esse outro Voto de Aplauso.
Antes, é preciso explicar o quê Lula fez. Fez mais um desmentido a si próprio. O chamado autodesmentido.
Para ficar mais claro: Lula, ontem, pelo rádio, disse que era mentira o que ele mesmo disse, em 1º de setembro de 2002, também pelo rádio.
Leio as duas falas.
Primeiro, a de 2002.
Pergunta o repórter:
É possível criar de oito a dez milhões de empregos, como foi dito na campanha?
Responde o então candidato Lula:
A referência é absolutamente factível. Reafirmo o que tenho dito desde o início da campanha: vamos criar dez milhões de empregos, o que o Brasil necessita para incluir no mercado de trabalho uma legião de desempregados, milhares de jovens que procuram seu primeiro emprego. O tema de nosso governo será: cada centavo aplicado pelo Governo tem que ter como destino a geração de um novo posto de trabalho.
Resposta supimpa. Está publicada no jornal O Globo, (edição de 01/09/2002).
Agora, a outra fala de Lula, de ontem:
"Em nenhum momento afirmamos que íamos criar (10 milhões de empregos). Afirmamos que o Brasil precisava de 10 milhões de empregos e colocávamos as condições pelas quais poderia criá-los."
Repito o que o Presidente disse ontem:
"Em nenhum momento afirmamos que íamos criar (10 milhões de empregos).
A fala de 2002:
Reafirmo o que tenho dito desde o início da campanha: vamos criar dez milhões de empregos.
O que fica desse festival todo é uma dúvida: Lula merece um Voto de Aplauso ou o Prêmio Pinóquio de 2005?
O que Lula disse aos radialistas é uma bela coletânea de disparates, uma fala desarrazoada, quase um imaginário do absurdo.
De duas, uma. Ou Lula tem memória curta, e já não se lembra do que disse há três anos, ou o que ele diz ele diz por dizer, supondo que as palavras o vento leva. E, no seu entender, palavras que o vento leva, o povo delas se esquece.
Não esquece, não, Presidente. O próprio vento que as leva costuma trazê-las de volta.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o segundo assunto é para fazer o registro da matéria intitulada “Caldeira: Um bar especial para clientela selecionada”, publicada no jornal Diário do Amazonas do último dia 4 de dezembro do corrente.
A reportagem do Diário do Amazonas homenageia o bar Nossa Senhora dos Milagres, mais conhecido como bar Caldeira, tradição em Manaus. Um dos atuais donos, Adriano Ribeiro da Cruz, que administra o estabelecimento há 32 anos, lembra várias passagens interessantes presenciadas por ele no bar.
Sr. Presidente, para não me alongar, requeiro que matéria citada, homenageando o bar Cadeira, em Manaus, e o seu dono, Adriano Ribeiro da Cruz, seja dada como lida e passe a integrar os Anais do Senado.
Era o que eu tinha a dizer.
Muito obrigado.
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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.
(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)
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Matéria referida:
“Caldeira: Um bar especial para clientela selecionada”; Diário do Amazonas.