Discurso durante a 10ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Agradecimentos à direção da CEF pela reinstalação de Superintendência da Instituição no Estado do Acre. Interiorização da universidade em diversos municípios do Estado do Acre.

Autor
Sibá Machado (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Sebastião Machado Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS. POLITICA SOCIAL. ENSINO SUPERIOR. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Agradecimentos à direção da CEF pela reinstalação de Superintendência da Instituição no Estado do Acre. Interiorização da universidade em diversos municípios do Estado do Acre.
Publicação
Publicação no DSF de 31/01/2006 - Página 2480
Assunto
Outros > BANCOS. POLITICA SOCIAL. ENSINO SUPERIOR. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • AGRADECIMENTO, CAIXA ECONOMICA FEDERAL (CEF), REABERTURA, SUPERINTENDENCIA, ESTADO DO ACRE (AC).
  • COMENTARIO, DEBATE, POLITICA SOCIAL, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, IMPORTANCIA, POLITICA, RECUPERAÇÃO, VALOR, SALARIO MINIMO, ANALISE, BOLSA FAMILIA, MOVIMENTAÇÃO, ECONOMIA POPULAR, ELOGIO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, PAULO PAIM, SENADOR.
  • COMPARAÇÃO, BRASIL, CRESCIMENTO ECONOMICO, PAIS ESTRANGEIRO, IMPORTANCIA, CONCILIAÇÃO, DEMOCRACIA, AJUSTE FISCAL.
  • JUSTIFICAÇÃO, PRESENÇA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, INAUGURAÇÃO, OBRAS, ANTERIORIDADE, CAMPANHA ELEITORAL.
  • SAUDAÇÃO, PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL, AMPLIAÇÃO, ACESSO, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE (UFAC), MUNICIPIOS, ESTADO DO ACRE (AC), BENEFICIO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, REGISTRO, EMENDA, ORÇAMENTO, AUTORIA, ORADOR.
  • ELOGIO, LANÇAMENTO, PROJETO, ASSENTAMENTO RURAL, REFORMA AGRARIA, ATENDIMENTO, CARACTERISTICA, REGIÃO AMAZONICA.

O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT - AC) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, Srªs e Srs. Senadores, em primeiro lugar, não poderia deixar de vir à tribuna para fazer um agradecimento sincero e profundo à direção da Caixa Econômica Federal.

Desde o início do Governo Lula, estabelecemos uma conversa com a referida instituição no sentido de reinstalar a Superintendência da Caixa Econômica em nosso Estado. E eis que agora, no final da semana passada, houve a reinstalação da Caixa e a nomeação de toda a sua diretoria. Nossos colegas já reiniciaram os trabalhos.

Em nome de toda a população do nosso Estado, agradeço ao Presidente Jorge Mattoso e a toda a sua diretoria pela atenção e dedicação que tiveram para com o nosso Estado.

Sr. Presidente, hoje estava ouvindo um debate pela Rádio Senado atinente ao Bolsa Família. Participavam daquele debate alguns Senadores e ouvi quando V. Exª comentava sobre o salário mínimo. Pude ler nos últimos dias que a imprensa nacional tem abordado temática relativa à redução da distância entre ricos e pobres no Brasil e uma série de cenários que têm contribuído para isso.

Desde que tive oportunidade de estar com V. Exª nesta Casa, V. Exª tem trilhado o caminho do debate de uma política consistente e permanente para o salário mínimo no Brasil. Não digo de correção, mas de estabelecimento da renda mínima que um trabalhador ou uma trabalhadora deve ter no Brasil.

Depois, ouvi o debate sobre o Petti, o Bolsa Família, o Bolsa Escola e todas as políticas do Governo que levam inevitavelmente a uma distribuição de renda. E a matéria que li recentemente colocava o salário mínimo e o Bolsa Família como participantes inevitáveis da distribuição de renda no Brasil. E é claro que culmina com aqueles 2% de crescimento de renda real de um trabalhador, os 2% tirados de 2005. Esses números do PNAD diminuem a distância entre os ricos e pobres no Brasil. São dois pontos de alto sucesso, e qualquer governo que assumir a Presidência da República tem de trabalhar inevitavelmente nesses cenários.

E eu posso dizer para V. Exª que quando se colocam recursos financeiros em uma conta bancária, quando se substitui a entrega de um bem, principalmente de uma sacola de alimentos, de uma cesta básica, devolve-se o princípio da cidadania. Podemos ver isso quando uma família que mora na periferia recebe os recursos do Bolsa Família principalmente. Ela nunca precisa ir até o centro da cidade para fazer as suas compras. Geralmente, essa pessoa compra em uma mercearia, em uma pequena venda, em um pequeno comércio próximo da sua casa. E ali se começa a dinamizar um comércio.

Então, Sr. Presidente, temos ouvido bastante a Oposição falar, quando se refere, até com uma certa inveja, aos números do crescimento, que todos os países tiveram crescimento maior que o Brasil, como foi apresentado em Davos o crescimento da Índia, da China e de tantos outros países. Mas ouvi de um colega nosso algo que me chamou muito a atenção. S. Exª dizia que o mais difícil para um governo é poder conciliar democracia com equilíbrio fiscal e crescimento econômico. Reunir esses três pontos não é fácil. Então, podemos até olhar para a China - não quero discutir, porque entendo pouco daquele país -, mas sabemos que a plenitude da democracia na China não é garantida. Pode haver equilíbrio fiscal com crescimento, mas não existe democracia plena. E, assim, se formos olhar todos os países que possuem crescimento mais avançado do que o Brasil, talvez não se somem esses três pontos. E no Brasil, no meu entendimento, estão sendo mantidos esses três pontos.

            Outro cenário que se apresenta é a grande preocupação de que o Presidente Lula não pode mais viajar, não pode mais inaugurar absolutamente nada. Pelo que vejo, dos candidatos que estão postos no cenário nacional, quase todos exercem mandato. Daí, o Governador de São Paulo não poderá mais estar presente a nenhum tipo de inauguração, assim como o Prefeito de São Paulo, o Governador de Minas Gerais ou do Rio Grande do Sul, ou seja, os que têm mandato hoje não podem mais usufruir dos investimentos de seu próprio trabalho.

Assim sendo, acho que o Presidente Lula está mais do que correto, corretíssimo, ao estar presente àquilo que chama colher os frutos do que foi o esforço nacional para o equilíbrio fiscal de 2003/2004. Foram feitas grandes reformas, grandes matérias foram votadas no Congresso Nacional, sempre com a intenção de buscar a estabilidade econômica.

Srª Presidente, quero voltar um pouco à situação do meu Estado. Nesse caso, fico duplamente feliz ao saber que naquele rincão do Brasil estamos dando os nossos passos, fazendo o nosso dever de casa. Já foi houve o restabelecimento da Caixa Econômica Federal, como citei no início de meu pronunciamento, e há o programa de interiorização da universidade.

Espero que o Presidente Lula possa voltar ao nosso Estado, daqui a um ou dois meses, para inaugurar mais esse grande passo para consolidação do ensino superior no Acre.

Desde 2003, não temos medido esforços para que a nossa universidade se fortaleça no campo da pesquisa, do ensino e da extensão. Preciso também fazer um tributo ao meu companheiro de trabalho, de Bancada, de Partido, Deputado Henrique Afonso, que brilhantemente levantou a bandeira da universidade da floresta, tema que consolida um campus especializado da nossa universidade no extremo oeste do Acre, no Município de Cruzeiro do Sul.

Mais recentemente, elaborei uma das emendas de Bancada do nosso Estado para que a nossa universidade esteja presente nos demais Municípios, se bem que o Acre só tem 22 Municípios, mas, na proporcionalidade da dificuldade que temos, há agora a possibilidade de colocar a universidade em todos os Municípios. No nosso entendimento, essa interiorização, Srª Presidente, será um marco na redenção do nosso Estado, no rumo do seu desenvolvimento equilibrado e sustentado.

            Então, parabenizo a reitoria da nossa instituição, o Governo do Estado e todas as pessoas que se empenharam em fazer a nossa universidade chegar aos 22 Municípios. É um passo que começa agora.

(A Srª Presidente faz soar a campainha.)

O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT - AC) - Srª Presidente, concluindo, quero mencionar a presença do Presidente Lula, no final da semana passada, colocando os assentamentos da reforma agrária do nosso Estado num modelo de frente para a Amazônia. Nós sempre reclamamos isso na história da reforma agrária naquela região. Os assentamentos sempre foram colocados contrários ao perfil do morador que já vive naquela região. Hoje, temos a grata satisfação de poder estar inaugurando projetos de assentamento com o rosto e de frente para a nossa própria realidade.

Assim, encerro este pronunciamento, dizendo da minha felicidade e da minha alegria por essa experiência de governar o Brasil pelo Partido dos Trabalhadores, pelo Presidente Lula e pelas forças que hoje consolidam este Governo, que já é meritória e de sucesso. Penso que o Presidente Lula tem mais é que viajar mesmo e estar presente em todos os pontos do Brasil, para colher os frutos do esforço de seu Governo.

Muito obrigado, Srª Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 31/01/2006 - Página 2480