O SR. GILVAM BORGES (PMDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há 248 anos, no dia 4 de fevereiro de 1758, era fundada a Vila de São José de Macapá, povoado que tornou-se a belíssima cidade de Macapá, capital do Estado do Amapá, que, com tanta honra, represento nesta Casa.

            As festas pelo aniversário da cidade começaram há uma semana, no dia 29 de janeiro, e se estenderam até ontem, dia 5 de fevereiro. O povo macapaense foi brindado com apresentações de diversos artistas, exposições, peças teatrais, shows de danças, lançamentos de livros e CDs, rodas de serestas, missas, solenidades, torneios esportivos, shows pirotécnicos, enfim, uma série de eventos que envolveram a cidade num clima de celebração ao longo de toda a semana.

            Sr. Presidente, o povo macapaense tem efetivamente todas as razões do mundo para comemorar. Macapá cresceu e tornou-se uma cidade cheia de vivacidade, amada por seus habitantes e por todos os que a visitam.

            Com uma história riquíssima, repleta de belos monumentos e privilegiada por suas incontáveis belezas naturais, Macapá é um desses recantos meio escondidos que merece ser descoberto por todos os brasileiros.

            A importância histórica de Macapá está relacionada à posição estratégica da cidade, única capital localizada às margens do rio Amazonas. Macapá foi um dos pontos a partir dos quais os portugueses garantiram o domínio sobre o extremo norte do Brasil, tendo sido determinante, portanto, para a configuração atual da Amazônia brasileira e do Brasil.

            A Fortaleza de São José de Macapá é um dos marcos que melhor representam a defesa da Amazônia contra a invasão estrangeira durante o período de formação do Brasil. É um dos principais pontos turísticos de Macapá e ganhou, merecidamente, o status de patrimônio histórico nacional em 1950.

            Outro importante monumento com que contamos em Macapá é o marco zero do Equador. Nossa capital é a única cortada pela Linha do Equador, fato que levou à construção do marco zero e do obelisco que permite a observação dos equinócios de primavera e de outono, em março e setembro, respectivamente.

            Outras importantes obras arquitetônicas e paisagísticas de Macapá são o trapiche Eliézer Levy, construído na década de 30, às margens do Amazonas; a Igreja de São José de Macapá, inaugurada em 1761, o monumento mais antigo da cidade; o Estádio Milton Corrêa, o Zerão, com cada lado do campo em um dos hemisférios; o Museu Sacaca, importante centro de divulgação cultural; a Área de Proteção Ambiental do Curiaú, que preserva a história e a cultura dos remanescentes do Quilombo do Curiaú, e outras tantas atrações que contam um pouco da história do povo amapaense.

            O folclore é um dos pontos fortes da cultura macapaense. A principal manifestação folclórica da cidade é, sem dúvida, o Marabaixo, dança tradicional dos negros de origem africana, apresentada em diversas festas realizadas nas comunidades de Mazagão Velho, Maruanum, Curiaú, Ambé e Santo Antonio da Pedreira.

            Quem visita a cidade pode também deliciar-se com nossa culinária, cujo forte são os peixes típicos da região. O tucunaré na brasa é um dos pratos mais consumidos na nossa capital. A gurijuba, peixe típico da nossa região, é a base de mais de 70 pratos oferecidos pelos restaurantes de Macapá. O camarão ao bafo é campeão em pedidos em nossos bares e restaurantes. O açaí, como em outras localidades da região Norte, é largamente consumido em diversas formas e com vários acompanhamentos.

            Sr. Presidente, encerro esta breve intervenção com um convite a todos os brasileiros: visitem o Amapá e sua capital, Macapá, linda, bela, altaneira, encravada em frente ao majestoso rio Amazonas. A nossa cidade recebeu homenagens de todos os segmentos da sociedade amapaense. Portanto, não poderia deixar de registrar, desta tribuna, esse dia em que estávamos festejando aniversário tão importante.

            Aproveito para comunicar também, Sr. Presidente, que o Estado do Amapá, pela primeira vez, depois de três longos anos de grande luta travada pelo Governador Antonio Waldez Góes da Silva e sua equipe de Governo - que no ano passado esteve em Washington, acompanhado por várias lideranças, para tentar a liberação do primeiro empréstimo para financiamento de projetos de interesse do desenvolvimento do nosso querido Estado do Amapá - o Amapá deverá receber, amanhã, o consentimento para esse primeiro empréstimo, que financiará o desenvolvimento do nosso Estado. É um total de 4 milhões e 800 mil dólares. A Comissão de Assuntos Econômicos estará reunida amanhã, a matéria já está pautada, e faço este apelo em nome do Estado do Amapá para que o Senado Federal possa dar a permissão para que busquemos esses recursos a fim de financiar desenvolvimento nos 16 Municípios que compõem o Estado do Amapá. É uma notícia alvissareira, revitalizadora. 

            Sr. Presidente, Srs. Senadores, teremos recursos brevemente, se assim o Senado consentir amanhã. Com mais dois ou três meses, ainda em um processo burocrático, o Bird financiará grande parte de projetos de interesse do desenvolvimento do Amapá. Esse é um grande presente que teremos para aquecer a economia do Estado do Amapá.

            Agradeço, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores. Fica registrado, da tribuna do Senado Federal, os nossos mais sinceros votos de parabéns para Macapá, de parabéns para todo o nosso Estado. Afinal de contas, a nossa capital estava em festa. Lá estava toda a nossa Liderança, nossa Bancada Federal, os nossos Senadores, liderados pelo Presidente Sarney, Senador Papaléo e todas as figuras públicas do nosso Estado, que participaram ativamente.

            Um grande abraço ao Prefeito João Henrique, por ter patrocinado e promovido os grandes eventos nesse dia para todo o povo amapaense.

            Muito obrigado.