O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Tenho a honra de suceder o Senador Gilvam no uso da tribuna, e o assunto do meu pronunciamento é o mesmo, o grande evento que tivemos no sábado, dia 04 de fevereiro, quando foi comemorado o aniversário de fundação da cidade de Macapá, capital do Estado do Amapá. Várias atividades se realizaram desde o dia 29 em diversos pontos da cidade que serviram para homenagear os 248 anos de Macapá e envolver toda a população nos festejos.

            Gostaria de lembrar que o nome Macapá é de origem tupi, com a variação de macapaba, que quer dizer lugar de muitas bacabas, um fruto de palmeira nativa da região que seria chamado por nós naquele Estado de o nosso açaí branco. A população brasileira hoje já consegue identificar o açaí como sendo lá do extremo norte. A bacaba seria um fruto de aparência semelhante a esse açaí de coloração escura, mas de cor clara; então, é a nossa bacaba.

            Antes de Macapá, o primeiro nome dado oficialmente àquelas terras foi Adelantado de Nueva Andaluzia, em 1544, por Carlos V, então Rei da Espanha, numa concessão a Francisco Aurellana, navegador espanhol que lá esteve.

            As terras foram transformadas em Vila de São José de Macapá, pelo Governador do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, em 4 de fevereiro de 1758. Eis a razão de se festejar, na presente data, o aniversário de fundação da cidade.

            Sempre faço questão de lembrar que Macapá é a única cidade brasileira que está na margem esquerda do rio Amazonas e que é cortada pela linha imaginária do Equador, o que possibilita, com facilidade, mudar-se do hemisfério norte para o hemisfério sul, e vice-versa, na hora em que se quiser.

            A vocação maior de Macapá é o comércio, pois a sua posição geográfica, como capital do Estado, facilita as relações comerciais com a América Central, com a América do Norte e com a Europa.

            Outra vocação importante da cidade de Macapá é o turismo, da qual podemos destacar a Fortaleza de São José de Macapá,. tombada pelo Iphan como patrimônio histórico; o Parque do Meio do Mundo, onde ficam localizados o Marco Zero do Equador e o Estádio Zerão, onde um time joga no hemisfério norte e o outro, no hemisfério sul; e o belo Teatro das Bacabeiras.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tive a honra de ser prefeito de Macapá e, com poucos recursos, a nossa administração procurou transformar o potencial da cidade em realidade. Asfaltei dois grandes cinturões, abri novos bairros, implantei escoamentos profundos para águas pluviais e construí o Complexo Beira Rio, que até hoje é um dos pontos turísticos mais bonitos da cidade.

            Senador Mão Santa, em Macapá, não tínhamos a cultura da drenagem profunda. A drenagem era feita de maneira superficial. Os conselheiros imediatistas sempre diziam que não deveríamos nos preocupar com a drenagem profunda porque, eleitoralmente, ela não traz votos. Ninguém enxerga o que há embaixo da terra. Como médico, sei da importância desse tipo de trabalho. Por isso, mandei enterrar muita tubulação, que lá está cumprindo a sua função e levando para os Prefeitos que me sucederam a cultura nova da drenagem profunda.

            Macapá é uma cidade banhada pelo rio Amazonas, e não tínhamos uma janela digna para apreciar esse grande rio. Então, fizemos o Complexo Beira Rio com seis quilômetros de via asfaltada. Hoje temos o prazer de apresentar aquela bela via aos nossos visitantes.

            Para encerrar, Sr. Presidente, gostaria de parabenizar toda a população da cidade de Macapá, os servidores municipais na pessoa do prefeito, os vereadores e os representantes e todas as instituições sediadas em Macapá, desejando sempre uma convivência sadia e fraterna.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

            O Sr. Augusto Botelho (PDT - RR) - Senador Papaléo Paes, V. Exª me permite um aparte?

            O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP) - Pois não.

            O Sr. Augusto Botelho (PDT - RR) - O Presidente estava concedendo cinco minutos de prorrogação a todos; então, V. Exª também tem direito a mais cinco minutos. Pedi o aparte apenas para afirmar sua posição de resolver fazer o que tinha de ser feito: a drenagem pluvial e sanitária fechada. As pessoas não a pediam porque não sabiam a vantagem dela. A drenagem profunda diminui a praga, a doença, a verminose. A mortalidade infantil cai de forma assombrosa quando se faz a drenagem fechada de águas pluviais e esgoto. V. Exª, como médico e humanista, fez o que tinha de ser feito. O povo de Macapá, agora, está exigindo que seja feito o correto. Tenho certeza de que V. Exª foi um Prefeito excelente e, por isso, está nesta Casa. V. Exª é um médico humilde, trabalhador, que vai à casa das pessoas.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Quero lembrar-lhe, Senador Augusto Botelho, que, nas comunicações inadiáveis, temos apenas cinco minutos mais dois. Como S. Exª teve parte do tempo prejudicado pela questão de ordem do Senador Arthur Virgílio, vou conceder-lhe mais dois minutos.

            O Sr. Augusto Botelho (PDT - RR) - Muito obrigado, Senador Paulo Paim. Como V. Exª estava concedendo dez minutos mais cinco a todo mundo, pensei que seria da mesma forma.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Mas, nas comunicações inadiáveis, são cinco minutos mais dois. O orador inscrito tem dez minutos mais cinco.

            O Sr. Augusto Botelho (PDT - RR) - S. Exª está falando como Líder. Desculpe-me, Senador. Muito obrigado, Senador Papaléo Paes.

            O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP) - Eu é que lhe agradeço, Senador Augusto Botelho.

            Quero dizer a V. Exª que nossa condição de médico nos proporciona sensibilidade para essas obras importantes, que trazem benefícios à saúde da população.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Parabéns, Macapá.