O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, estou encaminhando à Mesa requerimento de Voto de Pesar pelo falecimento de uma querida amiga, em janeiro último, D. Honorina Tavares de Albuquerque, que é mãe do ex-Deputado Federal Edme Tavares. Digo “querida amiga” porque ela era de fato uma querida amiga minha, uma figura com quem eu mantinha uma relação de correspondência muito intensa, que me escrevia com muito carinho. Recebi, há pouco, um comovido cartão de Natal dela.

Outro assunto, Sr. Presidente, é que estou procurando o Presidente da Comissões de Assuntos Econômicos, Senador Luiz Otávio, meu prezado amigo também, para pedir a S. Exª que coloque em pauta o requerimento de convite ao Dr. Murilo Portugal, atual Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda e ex-Secretário do Tesouro Nacional (1992-1996), para prestar esclarecimentos sobre a evolução da dívida interna.

Digo isso porque o ilustre Senador Aloizio Mercadante, Líder do Governo, ontem fez aqui de novo menção àquela cantilena de que a dívida era de 60 milhões e, no Governo Fernando Henrique, explodiu para 600 milhões. Nós sabemos - e Murilo Portugal sabe - que isso se deve ao resgate de inúmeros esqueletos que foram, eles sim, responsáveis pela explosão da dívida, que subiria sim, ainda sem os esqueletos, mas em monta muito menor, como preço a se pagar pela estabilização da economia.

A explicação que também quero seja dada é por que, sem quitarem esqueleto algum, subiu tanto a dívida, que já passou de um trilhão no Governo atual. Ninguém melhor do que o número dois da Fazenda, meu prezado amigo Murilo Portugal, para vir aqui explicar ao Senado, à Comissão de Assuntos Econômicos e, portanto, à Bancada governista como ele fez. Se foi algo tão escabroso assim, não sei o que o Sr. Murilo Portugal faz hoje como número dois da Fazenda. O Presidente Lula deveria demiti-lo. Se não é escabrosa, se houve razão de ser para o aumento da dívida, em função do resgate desses esqueletos, por favor, parem essa cantilena e usem argumentos mais sofisticados, mais densos e respeitáveis intelectualmente.

Então, preciso mesmo que o Presidente Luiz Otávio coloque em pauta esse requerimento para que, por unanimidade, aprovemos a vinda do Sr. Murilo Portugal e, de uma vez por todas, esclareçamos por que a dívida cresceu tanto na época em que ele, Murilo Portugal, era o Secretário do Tesouro Nacional. Ninguém melhor para falar de algo que ele viu de perto.

Tenho certeza de que, a partir daí, morrerá mais um discurso falacioso do Governo Lula.

Obrigado, Sr. Presidente.