Discurso durante a 28ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Enaltecimento do Mês da Imigração Árabe e o Dia da Comunidade Árabe, comemorado em 25 de março, na cidade de São Paulo.

Autor
Romeu Tuma (PFL - Partido da Frente Liberal/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Enaltecimento do Mês da Imigração Árabe e o Dia da Comunidade Árabe, comemorado em 25 de março, na cidade de São Paulo.
Publicação
Publicação no DSF de 29/03/2006 - Página 9865
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, COMEMORAÇÃO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DIA, AMBITO ESTADUAL, HOMENAGEM, IMIGRAÇÃO, PAISES ARABES, COMUNIDADE, ELOGIO, CONTRIBUIÇÃO, CULTURA, CIENCIAS, COMERCIO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, RELIGIÃO, REGISTRO, SOLENIDADE, ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, CLUBE, CAPITAL DE ESTADO, IMPORTANCIA, VALORIZAÇÃO, PAZ.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. ROMEU TUMA (PFL - SP. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, uma série de solenidades está demarcando, em meu Estado, o Mês da Imigração Árabe e o Dia da Comunidade Árabe, comemorado em 25 de março por força de lei estadual.

Dois fatos motivam meu pronunciamento sobre tais acontecimentos. O primeiro é o de que descendo de imigrantes árabes. Portanto, possuo raízes evidentes, tanto naquele movimento imigratório, quanto na comunidade que meus pais ajudaram a criar no Brasil, com proeminência na Rua 25 de Março, centro da cidade de São Paulo, onde tive a felicidade de nascer.

O segundo motivo decorre do projeto de lei que institui as comemorações e acaba de ser aprovado pela Assembléia Legislativa paulista. Seu autor é meu filho, o Deputado Estadual Romeu Tuma Júnior, do PMDB. Assim que receber a sanção governamental, a data passará a integrar o Calendário Oficial do Estado. A justificação do projeto ressalta ser inegável a importância do povo árabe para o desenvolvimento de São Paulo, principalmente no setor comercial, área em que os imigrantes mais se adaptaram. Lembra ainda que, “nas últimas décadas, a contribuição cultural dos árabes tem sido mais lembrada pela culinária, embora haja outros campos como o da indústria, da literatura, do cinema, do direito, da medicina, da universidade, entre outros, em que sua presença é marcante”.

Entre os dias 18 e 21 do corrente, no Teatro Adamastor da Cidade de Guarulhos, região da Grande São Paulo, houve a 4.ª Semana Árabe, com palestras e atos dos quais participaram autoridades, diplomatas, empresários e cidadãos descendentes de imigrantes, árabes ou não.

Sábado último, no Plenário “Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira”, daquela Assembléia Legislativa, uma sessão solene enalteceu o “Dia da Comunidade Árabe”. E amanhã (dia 29), o Clube Homs, tradicional agremiação representativa daquela comunidade, homenageará personalidades distinguidas pelos relevantes serviços prestados ao Brasil, com o que honram e dignificam suas origens.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, tenho participado de comemorações semelhantes há anos, antes mesmo da oficialização em lei. Com o orgulho proporcionado a todos os brasileiros pelo País que considero o maior cadinho de raças do mundo, sou testemunha da constante presença de cidadãos originários das mais diversas etnias. Tais solenidades refletem a convivência harmônica de raças e religiões. Talvez esta convivência seja o maior tesouro brasileiro, daí a importância de não nos deixarmos envolver em nada que possa nos igualar a nações onde a discórdia e a injustiça produzem radicalização e violência.

Ao mesmo tempo em que contribuirmos para a paz mundial pelo menos com o nosso bom exemplo, qualquer esforço será válido para o Brasil continuar como uma ilha de paz. Assim, todo cuidado é pouco para não nos deixarmos influenciar pelas generalizações de responsabilidades que acabam maculando e prejudicando inocentes. Refiro-me em especial às referências feitas pela imprensa internacional àquilo que ela generaliza com o nome de terrorismo “islâmico”.

Essa injusta generalização mostra-se inconcebível ainda mais por sabermos que o Islã prega a paz. Nossos irmãos muçulmanos professam religião tão monoteísta quanto o cristianismo e o judaísmo. Somos todos fiéis ao mesmo Deus, filhos do amor e da paz. Longe de nós, portanto, alongar a culpa por quaisquer atos violentos além das pessoas que os praticaram.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/03/2006 - Página 9865