A SRª MARIA DO CARMO ALVES (PFL - SE. Para uma comunicação inadiável.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, dos dias 28 a 31 de março, tive a honra de participar, designada por esta Casa, em Valência, na Espanha, do 5º Fórum da Aliança Mundial de Cidades contra a Pobreza, do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas.

Essa Aliança surgiu em 1997, ano em que também foi proclamada, pelas Nações Unidas, a Década Internacional de Erradicação à Pobreza (1997-2006).

O ano de 2006 foi então escolhido para reunir representantes de governos, ONGs e outras entidades da sociedade civil envolvidos no combate à pobreza, em nível municipal e estadual.

No que diz respeito às intervenções municipais, ouvimos as experiências de representantes da Europa (Roma, Genebra e Lisboa); da África; da Ásia; da América Latina (Bogotá, Cidade de Guatemala e Montevideo); e do Brasil. Deste último, foram convidados o Governador de Sergipe, João Alves, e o ex-Prefeito de Curitiba, Cássio Tanigushi, para falar sobre a implementação, em nível local, dos objetivos de desenvolvimento estabelecidos pela ONU, no ano de 2000.

Na oportunidade, também foi assinado um Acordo de Cooperação entre o Pnud e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional.

Sr. Presidente, foram vários os eventos e os painéis que compuseram o Fórum. Para não me estender muito, quero apenas citar alguns, que foram amplamente discutidos, como por exemplo: parcerias entre as Nações Unidas e as cidades no combate à Aids; adesão a redes regionais e Internacionais de cooperação em gestão de catástrofes; formação e desenvolvimento de recursos locais para reforçar a capacidade de gestão; e acesso da população aos serviços essenciais.

Contudo, o evento que mais me chamou a atenção foi a Mesa Redonda da Organização Mundial da Família, que mostrou com clareza e precisão a importância da família não apenas como um catalisador para o fortalecimento do desenvolvimento social, mas, sobretudo, como um dos principais instrumentos no combate à pobreza.

Como se vê, Sr. Presidente, já há uma mobilização mundial no combate à pobreza. Os exemplos são vários, dos mais simples aos mais complexos. Os organismos de financiamento estão sensíveis ao problema, que já é mundial. Precisamos, pois, urgentemente multiplicar os programas de sucesso. Os programas de sucesso em todo o mundo. Os programas de sucesso aqui no Brasil. Programas, como, por exemplo, o que temos em Sergipe, coordenado pela Secretaria Estadual de Combate à Pobreza, o Pró-Mulher/Pró-Família, onde levamos aos povoados mais longínquos do Estado estrutura para exames e consultas ginecológicas, oftalmológicas e odontológicas e do câncer de próstata, atendendo às famílias carentes. Esse programa, até 2005, atendeu a cerca de duzentas mil pessoas, e teve presente em todos os setenta e cinco municípios do Estado.

Por conta desses resultados, a Organização Mundial da Família, entidade vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), reconheceu o mérito e a importância dessa iniciativa para melhoria da qualidade de vida da população sergipana, denominada o programa como “Uma história de sucesso”.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, exemplos como o deste fórum fortalecem os nossos conceitos, edificam a nossa conduta, corrigem os nossos erros, apontam novos caminhos e, o que é mais importante, nos dá a certeza de que, assim, estaremos caminhando para um mundo melhor.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigada.

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