O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, desejo fazer um registro breve sobre um fato lamentável ocorrido no dia de ontem, na minha cidade, Aracaju, que decorre do fato da prisão ilegal, abusiva, arbitrária e estúpida do líder sindical, Nivaldo Fernandes dos Santos, Presidente do Sepuma, que é o sindicato que agrega os servidores públicos do Município de Aracaju.

Aracaju, hoje, é governada pelo Partido Comunista do Brasil, por um partido de ideologia operária. Lamentavelmente, diante do fato de a categoria se encontrar em greve - todos os servidores do Município estão protestando diante de algumas repartições públicas -, a Guarda Municipal, que é comandada pelo Prefeito Edvaldo Nogueira, entendeu, de forma arbitrária, prender, recolher ao xadrez o presidente desse sindicato, que está na atividade sindical, acredito, há mais de vinte anos, sempre defendendo os interesses da categoria dos servidores municipais, independentemente de matiz partidária, de cor partidária, independentemente do prefeito que se encontre de plantão.

Informo a V. Exª e a esta Casa inclusive que, enquanto Prefeito de Aracaju, graças a Deus, nunca houve uma greve. Houve protestos deste sindicato e do seu presidente, na porta da Prefeitura, mas jamais tomamos uma decisão tão arbitrária, tão tresloucada, tão ignorante, tão estúpida do ponto de vista político, sobretudo diante do fato de que a Prefeitura está sendo governada por um Prefeito do PCdoB, um cidadão da classe operária, de origem operária e que age de maneira arbitrária.

Portanto, agradeço a V. Exª a oportunidade de registrar esse fato, de registrar o meu protesto. Informo inclusive que se trata do segundo suplente do meu mandato de Senador, pois tive a honra de tê-lo como candidato a segundo suplente, já que o primeiro suplente é um outro líder sindical vinculado ao comércio de Aracajú, ao empresariado do comércio, enquanto que o segundo suplente é ligado exatamente à classe trabalhadora.

Portanto, quero registrar não só o fato, mas o meu protesto, com a permissão de V. Exª.