O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM Como Líder. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, a minha região, Amazônia, é área prioritária para o Exército Brasileiro, que vem reforçando sua presença na região. Assim deverá continuar,segundo garante o novo Chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, General Oswaldo de Jesus Ferreira.

O General explicou, em entrevista publicada pelo jornal Diário da Amazônia, que, em 1950, os efetivos militares da região somavam apenas mil soldados. Hoje, são 25 mil. Entre outras considerações, disse o militar: “A atuação do Exército Brasileiro na Amazônia é um grande desafio, sobretudo num período de turbulências políticas e sociais, em que a cobiça internacional não pode ser ignorada”.

Pela importância do tema, estou anexando a este pronunciamento a íntegra da entrevista do General Oswaldo Ferreira, para que, assim, passe a constar dos Anais do Senado Federal.

No sábado, em Manaus, jantei no Comando Militar da Amazônia, na companhia de Parlamentares - um Senador, o Senador Eduardo Azedo, e diversos Deputados, treze Deputados -, que foram a Tabatinga e ao Estirão do Equador, tomando um verdadeiro banho de Brasil, porque ali se toma um banho de Brasil. O jantar foi extremamente agradável. Recebemos informações valiosas sobre a vontade que tem o Exército Brasileiro, desde que aparelhado, de proteger as nossas fronteiras e, por aí, dar um golpe de morte, no nascedouro, no tráfico de armas e de drogas.

Da mesma maneira, Sr. Presidente, registro que a Amazônia, da grande floresta e da imensidão das águas, é hoje também um centro avançado e em ascensão de tecnologia e de pesquisas, a que se dedicam técnicos, professores e diferentes colaboradores. Trago essas considerações ao Plenário para um merecido destaque de meritório trabalho de pesquisa levado a efeito naquela que é a nossa mais estratégica região.

Semana passada, propus - e o Senado Federal aprovou - voto de aplauso à Universidade Federal do Amazonas, UFAM, e ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Inpa, em reconhecimento à pesquisa que resultou no mapeamento parcial do guaraná, a fruta mais importante, a meus olhos, da minha região,da Amazônia. Foi-me grato saber, após, que desse trabalho participaram também outras instituições, segundo me informa o Professor Jorge Ivan Rebelo Porto*, do Inpa, que é o Vice-Coordenador da Rede da Amazônia Legal de Pesquisas Genômicas, a Realgene, uma resposta da Amazônia a ações indutoras do Conselho Nacional de Pesquisa, CNPq, no âmbito dos projetos Genoma Regionais.

Devo dizer, com orgulho, que muito me apraz fazer este registro no Senado da República. Apraz-me duplamente: em primeiro lugar, pela pesquisa já referida sobre o DNA do guaraná; em segundo lugar, como amazonense, portanto amazônida, pela agradável constatação de que, na nossa região, a pesquisa é levada a sério e desenvolvida em equipe, isto é, com a união sempre desejável de diversas instituições.

Estou encaminhando à Mesa novos requerimentos, ressaltando o trabalho de todas as instituições que compõem a Rede da Amazônia Legal de Pesquisas Genômicas, a Realgene.

Agradeço ao Dr. Porto a gentileza de ter me enviado informações por e-mail na manhã da última sexta-feira. Os esclarecimentos que dele recebi elevam o conceito da região amazônica, como sempre digo aqui, que pertence não apenas ao Norte brasileiro, mas leva a questão a ser debatida por toda a Nação.

Aproveito o ensejo para destacar que da Rede da Amazônia Legal de Pesquisas Genômicas fazem parte as seguintes instituições: Embrapa Amazônia Ocidental; Inpa; Ufac, Universidade Federal do Acre; Ufam, Universidade Federal do Amazonas; Ufma, Universidade Federal do Maranhão; Ufpa, Universidade Federal do Pará; UFRR, Universidade Federal de Roraima; Ufto, Universidade Federal de Tocantins; Unifap, Universidade Federal do Amapá; Unir/Cepem, Universidade Federal de Rondônia e Centro de Pesquisa em Medicina Tropical. Há ainda duas instituições que não se localizam na Amazônia: a UnB-Universidade de Brasília, e a Unaerp, Universidade de Ribeirão Preto. A rede de pesquisas da Amazônia Legal, Realgene, é coordenada pelo professor Spartaco Astolfi Filho, cientista de extraordinária capacidade produtiva. Ele é da Ufam e conta com dois coordenadores: o Professor Jorge Ivan Rebelo Porto, do Inpa, pela Amazônia Ocidental; e a Professora Maria Paula Schneider, da Universidade Federal do Pará, pela Amazônia Oriental.

Sr. Presidente, finalmente, registro o falecimento do Sr. Tertulino Araújo Pereira,ocorrido de maneira trágica, num atropelamento, em Manaus. Ele era pai de um dos meus grandes companheiros e amigos no Estado do Amazonas, um advogado de renome, um jurista, na verdade, O Deputado Estadual Lino Chíxaro, que preside o PPS, Partido Popular Socialista, no Estado.

A toda família de Lino Chíxaro os meus sinceros sentimentos pela perda de tão ilustre e honrado cidadão.

Do mesmo modo, Sr. Presidente, peço um voto de aplauso pela indicação do empresário Pauloney Tomaz Avelino, que recebeu o diploma de Industrial do Ano de 2006, outorgado pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas. Ele é Presidente da Unipar Construtora S/A do Amazonas e irmão do meu prezado amigo e companheiro de lutas de Oposição neste Congresso, o Deputado Pauderney Avelino.

Finalmente, Sr. Presidente, peço igualmente que se publique nos Anais um curto pronunciamento em que me refiro ao artigo do Professor Robério Braga, “Amar a vida”, sobre sua mãe, a professora Sebastiana Braga, falecida recentemente. Isso não é uma coisa meramente formal. Não estou cumprindo nada disso por formalidade.

Dª Sebastiana Braga, que morreu aos 98 anos de idade, era uma das maiores amigas que tive em toda a minha vida. Educadora de várias gerações, com a Fundação Lourenço Braga, educando, em bairros da periferia de Manaus, crianças efetivamente carentes. Foi uma vida útil, uma vida que enquanto esteve no serviço público foi honrada, quando passou a atuar na Fundação Lourenço Braga, que jamais recebeu um tostão do dinheiro público, Dona Sebastiana Braga cumpriu um belíssimo trabalho, um belíssimo papel.

Ontem, foi a missa de sétimo dia. Eu me sinto muito saudoso ainda, eu me sinto muito de sua família, e me sinto muito irmão dos seus filhos, muito próximo dos seus familiares todos. Portanto, gostaria de ver o belíssimo artigo que foi publicado pelo jornal A Crítica, de Manaus, e lido na missa pelo ex-deputado Josué Cláudio Souza Filho, com muita emoção, ficando o último parágrafo para o próprio Robério Braga, que, disfarçando o pranto, cumpriu esse dever.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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           SEGUE, NA ÍNTEGRA, DISCURSO DO SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO

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O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, começo com aspas, para acolher frases maravilhosas do escritor e historiador amazonse Robério Braga. São palavras e frases de texto profundamente humano.

Veja o sol;abra os olhos para os céus e descubra a simplicidade da vida e o encanto da paz.

Nada mais adequado e que cabe como luva nos tempos atuais, de violência, de desacertos e incompreensões. Assim é Robério, que, em artigo publicado no jornal amazonense A Crítica, edição de sábado último, fala de amor e vida. De amor à vida, sugerindo:

- Olhe em derredor de você e compreenda bem os que lhe cercam. Baixe o tom de voz. Cale, quando a vontade de ofender se fizer iminente, afinal somos todos humanos. Compreenda. Aceite. Renuncie. Desculpe. Lute pelos seus ideais. Recomponha os sonhos a cada nova manhã. Espere o pôr do sol para conhecer a beleza das estrelas, mas não desanime se elas não surgirem diante dos seus olhos, porque amanhã ou depois elas virão e estarão luminosas, creia.

O historiador inicia com o título Amar a vida e termina com a frase Ame a vida.

Pela oportunidade do tema, como disse, estou anexando a este pronunciamento a íntegra do artigo do historiador Robério Braga, para que passe a constar dos Anais do Senado da República.

É o que tinha a dizer.

Muito obrigado.

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           DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO

           (Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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           Matérias referidas:

           “Denúncia causa comoção em Brasília. Jornal do Brasil. Dia 29/05/06’;

           “O escudo de Lula. Revista Veja. Dia 31/05/06”;