O SR. CÉSAR BORGES (PFL - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Senador Romeu Tuma, também sou signatário do requerimento do Senador Antonio Carlos, que, melhor do que qualquer um de nós, poderia apresentá-lo, porque foi amigo pessoal de longas datas desse baiano ilustre. Mas gostaria de ler rapidamente um requerimento que fiz, apesar de ter preferido assinar, dando o meu apoio, o requerimento do Senador Antonio Carlos, que tem efetivamente toda a precedência de encaminhá-lo:

O artista Calasans Neto, conhecido como Mestre Calá [era conhecido assim, Sr. Presidente, carinhosamente, pelos baianos], ilustrou vários livros de Jorge Amado, tornou-se um dos grande ícones da arte baiana e fez parte da segunda geração do Modernismo deste Estado ao lado de nomes como Carybé, Jenner Augusto, Mirabeau Sampaio e Floriano Teixeira.

Trabalhou com óleos, gravura em metal, monotipia, xilogravura e, nos anos 80, retomou a pintura. Também fez obras para espaços públicos como Ode a Jorge Amado, instalada na Ladeira do Abaeté; Tereza e Tieta, para a Fundação Casa de Jorge Amado; Sedes Sapientiae, para uma universidade belga. Tornou-se conhecido nacional e internacionalmente - âmbito no qual é reconhecido principalmente por suas gravuras -, levando suas obras para vários Estados brasileiros, salões de Nova York, Londres, Paris, Lisboa e países africanos como Moçambique, Angola e Senegal.

Pelos grandes serviços prestados ao País e à Bahia em especial é que, nos termos do art. 218 do Regimento Interno, eu apresentaria esse requerimento, mas agora me associo ao requerimento do Senador Antonio Carlos Magalhães, com os votos transmitidos à viúva e à família.