Discurso durante a 55ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reitera denúncias feitas à administração do ex-Prefeito Marcelo Déda de Aracaju, Sergipe.

Autor
Almeida Lima (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SE)
Nome completo: José Almeida Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DE SERGIPE (SE), GOVERNO MUNICIPAL.:
  • Reitera denúncias feitas à administração do ex-Prefeito Marcelo Déda de Aracaju, Sergipe.
Publicação
Publicação no DSF de 11/05/2006 - Página 15896
Assunto
Outros > ESTADO DE SERGIPE (SE), GOVERNO MUNICIPAL.
Indexação
  • RESPOSTA, DISCURSO, ANTONIO CARLOS VALADARES, REITERAÇÃO, DENUNCIA, SUPERFATURAMENTO, FESTA, PREFEITO DE CAPITAL, ESTADO DE SERGIPE (SE).

O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Agradeço a V. Exª.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, para mim a questão não é gostar de música clássica ou popular. Devo dizer que gosto de todas as músicas de qualidade. No entanto, a questão a que me referi com muita clareza é como se justifica uma despesa, como se busca legitimidade para uma despesa que decorre da realização de mais de10 shows nacionais em 15 dias, quando o Prefeito renuncia ao mandato para se candidatar ao governo do Estado, participando de todos eles de forma efusiva e festiva, junto com a população. Mais de R$1,5 milhão foram torrados, inclusive recursos do SUS.

Em segundo lugar, além dessa legitimidade, eu me reporto ao superfaturamento. A revista Veja, de forma muito clara - e tenho documentação aqui - diz claramente que “a contabilidade municipal indica, por exemplo, que Daniel recebeu R$271,5 mil por fazer um show no qual Deda celebrou a pavimentação de uma rua. O cantor afirma que o seu cachê não chegou à metade desse valor, foi só de R$103 mil. De acordo com os empenhos do Município, o cantor Luiz Caldas teria recebido R$42,6 mil para cantar axé em outra rua recém-asfaltada. Mas ele afirma ter cobrado apenas R$20 mil pelo espetáculo. A Prefeitura também informa que pagou R$31,3 mil para que Agnaldo Timóteo abrilhantasse a inauguração da canalização de um córrego. “Só recebi R$15 mil”, refuta Timóteo

Concluo, Sr. Presidente, dizendo que nada tem a ver ser a favor ou contra. Fui prefeito de Aracaju, realizei memoráveis festas, mas tenho a satisfação de dizer: sem torrar o dinheiro do povo, com o pagamento de cachês pela iniciativa privada. Aliás, na nossa gestão, quando inauguramos o Forró Caju, que é conhecido em todo o País, foi com a participação da iniciativa privada.

Agora, realizar obras que não foram concluídas, outras concluídas e deterioradas, os postos de saúde sem medicamentos e sem médicos, e gastar mais de R$1,5 milhão, inclusive superfaturado, Sr. Presidente, não se justifica.

É por essa razão que nossa Aracaju, o nosso Sergipe, o nosso Nordeste e o nosso Brasil vivem nas condições em que se encontram.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/05/2006 - Página 15896