O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Senador Juvêncio é figura pública apta a desempenhar, com competência e com honra, toda e qualquer função pública que a ele seja destinada. Este é o entendimento do PSDB, é o entendimento desta Liderança, é o entendimento do Líder da Minoria, Senador Alvaro Dias, e é o entendimento, sem dúvida alguma, suprapartidário da Casa.

Portanto, minhas congratulações a V. Exª, Senador Juvêncio, e que V. Exª seja mesmo o Líder conseqüente, correto e coerente que a Casa aguarda, como um desdobramento daquele que já presidiu, com tanta eficácia, o Conselho de Ética do Senado Federal.

Sr. Presidente, como o tema que o Senador Magno Malta vai abordar - da segurança pública -, com conhecimento de causa, é realmente relevante e é o mesmo que eu abordaria, transfiro minha fala para amanhã e, sem dúvida alguma, se for possível, passo o meu tempo para S. Exª, até porque V. Exª havia feito um cômputo de que os meus cinco minutos estariam nesse rateio. Eu passo para S. Exª e guardo para amanhã ou para outra ocasião o discurso de fôlego que elaborei, procurando abordar com equilíbrio essa situação.

Mas devo me reportar ao voto de pesar do Senador Eduardo Suplicy, que tive a honra de assinar juntamente com o Senador Romeu Tuma, e a outro voto de pesar, mais simples, mais singelo - o do Senador Eduardo Suplicy foi muito bem elaborado, com dados, e o meu registra mais o sentimento, sem dar esses dados todos -, também assinado por mim e pelos Senadores Eduardo Suplicy e Romeu Tuma e revela o sentimento de efetiva preocupação desta Casa com essa questão.

Não é possível mais que menininhos da periferia morram antes dos 25 anos de idade e que, enquanto não morrem, fiquem servindo ao tráfico, cometendo delitos ainda na idade de brincar. Não é possível mais que tenhamos de pedir licença ao tráfico para andar na rua. Não é possível mais que cada instância de poder neste País e cada segmento da sociedade, a começar pelo conjunto dela, não se conscientize de que há defeitos em todos nós. Este Congresso está devendo legislação nova. É preciso desencastelar o Judiciário.

Sr. Presidente, nós só podemos abordar isso com muita seriedade e tranqüilidade. Deixo para amanhã o meu pronunciamento, mas aqui vai o voto de pesar muito profundo pelos bombeiros, pelos policiais militares e civis, pelos mortos desse evento realmente desgraçado que aconteceu em São Paulo nos últimos três dias.

Muito obrigado, Sr. Presidente.