O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, falarei a respeito do Senador Magno Malta. S. Exª telefonou para a Senadora Heloísa Helena e para mim, e creio que daí se originou essa correta decisão de oficiar a V. Exª do jeito que fez.

Nosso desejo, primeiramente, é que o Senador se saia bem e que, depois, tudo se esclareça. Isso, aliás, é o mais essencial.

Lembro que S. Exª está ausente por estar em uma missão parlamentar.

Sr. Presidente, de maneira bastante rápida, requeiro à Mesa voto de aplauso à Ordem dos Padres Franciscanos - Legião Franciscana a Serviço de Deus, pelo lançamento, no núcleo do meu Estado, o Amazonas, de CD em homenagem ao centenário da catequese. Estendo esses cumprimentos ao Arcebispo Dom Luís Soares Vieira.

Do mesmo modo, requeiro Voto de Aplauso à Primeira Igreja Batista da Restauração de Manaus, pelo transcurso do seu 14º aniversário de implantação no Amazonas. Estendo essa homenagem ao seu principal líder, o apóstolo Renê Terra Nova.

Em curto pronunciamento, Sr. Presidente, denuncio a evasão alta nas universidades federais - muito alta na Universidade Federal do Amazonas, segundo o Pró-Reitor, Professor Bruce Osborne - atingindo, sobretudo, a área de ciências exatas. Algo de grave está acontecendo e é fundamental que nos alertemos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO

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O SR. ARTHUR VÍRGILIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - A EVASÃO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS É

ELEVADA. ALGUMA COISA PRECISA SER FEITA.

            Anualmente, ingressam na Universidade Federal do Amazonas 2 mil 866 alunos, mas 30 por cento deles não chegam a concluir os cursos, o que, evidentemente, preocupa o Vice-Reitor, Prof. Bruce Osborne, que conduz a área de graduação. E naturalmente também o competente Reitor Hidembergue Frota.

Mesmo situando-se abaixo da média nacional, que é de 40%, a evasão na UFAM preocupa. É que essa média brasileira inclui faculdades públicas e faculdades particulares.

            Nas faculdades particulares, a evasão é maior, decorre da falta de condições para o pagamento das anuidades escolares.

Pró-Reitor da UFAM, o Prof. Osborne, em entrevista ao jornal Diário do Amazonas, revelou que a instituição promove um levantamento para apurar as causas da evasão em Manaus, atingindo sobretudo a área de Ciências Exatas.

E mais, segundo ainda o Pró-Reitor, nos dois últimos anos, nenhum dos seis cursos de Ciências Exatas conseguiu formar 50% dos estudantes que ali ingressam. Mas, há exceções: o Curso de Ciências da Computação foi o de melhor desempenho, com aprovação de 46,4%. Foram 26 formandos em 2005.

Pelas mesmas informações do estudo em andamento, o Curso de Matemática figura como o de maior evasão. No ano passado, nenhum aluno se formou e em 2004 apenas um recebeu o título.

Já no Curso de Licenciatura em Matemática, destinado a formar professores para o ensino médio e superior, logrou formar, no ano passado, três vezes mais alunos do que em 2004: 23 contra 8.

O Curso de Geologia, que recebe 28 alunos por ano, só formou um aluno em 2005 e oito em 2004.

Entende o prof. Osborne que todos os cursos que exigem o domínio das ciências e de Matemática apresentam elevado refluxo de alunos, com o que os seis cursos da Faculdade de Tecnologia registraram elevado índices de desistência.

A UFAM, informa ainda o Pró-Reitor, chegou a criar um curso de fundamentos de Matemática, aberto aos novos alunos, mas mesmo assim os resultados têm-se revelado insatisfatórios. A situação do Amazonas não difere muito do observado em nível nacional.

Por tudo isso e com a mesma preocupação do Pró-Reitor, estou encaminhando requerimento de informações ao Ministro da Educação, para que o MEC adiante as providências que estariam sendo adotadas para reduzir o quadro de evasão nas nossas Universidades.

Por outro lado, aplaudo o trabalho do Pró-Reitor Bruce Osborne e também do Reitor Hidembergue Frota, ambos preocupados com o problema, que de ambos vem merecendo estudos e análises.

O quadro atual é nada lisonjeiro, no Amazonas e no Brasil. E não podemos ficar inertes. Mais do que nunca, é preciso reverter essa situação.

Era o que eu tinha a dizer.