Discurso durante a 125ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Tributo à atuação do Banco da Amazônia.

Autor
Sibá Machado (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Sebastião Machado Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS.:
  • Tributo à atuação do Banco da Amazônia.
Publicação
Publicação no DSF de 04/08/2006 - Página 26087
Assunto
Outros > BANCOS.
Indexação
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, BANCO DA AMAZONIA S/A (BASA), COMENTARIO, DADOS, BALANÇO, ATIVIDADE, ATENDIMENTO, MAIORIA, MUNICIPIOS, CREDITOS, REGIÃO AMAZONICA, DETALHAMENTO, APLICAÇÃO DE RECURSOS, PRODUÇÃO, RESPONSABILIDADE, NATUREZA SOCIAL, PROTEÇÃO, MEIO AMBIENTE, CONGRATULAÇÕES, DIRETORIA.

O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero fazer justiça aqui também a uma das instituições financeiras estatais do nosso País que, durante quase 15 anos da minha atividade pública, foi abordada em alguns debates, muitos deles veementes, para que se pudesse democratizar o crédito, especialmente para aquelas pessoas de baixo poder aquisitivo e de baixa representação política. Trata-se, Sr. Presidente, de um tributo que faço agora ao Banco da Amazônia.

Pedi ao Presidente Mâncio Lima Cordeiro e à direção daquele banco que nos pudesse passar as informações com o balanço das atividades desse período. E digo a V. Exª que fiquei bastante honrado de ver os números. Passo, neste momento, a comentá-los, Sr. Presidente.

O Banco da Amazônia conta hoje com 129 pontos de atendimento, representa 78,7% do crédito de fomento da Região Amazônica, tem 11% de todas as agências da região e atende a 94% dos Municípios.

O desempenho financeiro do Banco ficou da seguinte maneira: o patrimônio líquido foi de R$1,221 bilhão de reais, em 2002; passa para R$1,382 bilhão, em 2003; R$1,426 bilhão, em 2004; e R$1,630 bilhão, em 2005, o que mostra um crescimento de 34% do patrimônio líquido do Banco.

No seu projeto estratégico, um dos pontos é excelência, excelência por natureza. As linhas de crédito do projeto estratégico do Banco se assentam em três pilares: o primeiro, a excelência em tecnologia; o segundo, em seus processos administrativos; e o terceiro, a excelência humana.

Traz implícitos alguns conceitos como a ousadia, a inovação, a novidade, a eficiência, a efetividade, o norte de atuação e a sua participação no desenvolvimento local. As linhas do projeto estratégico transformarão o Banco da Amazônia em banco múltiplo, em harmonia com a sua função de desenvolvimento, e darão corpo à nova área internacional.

No redirecionamento do foco de atuação, os resultados da nova política, as linhas e programas de financiamento são definidos em função das necessidades de cada Estado da Amazônia. Como era antes, era um modelo tradicional: os negócios se adequavam às linhas e aos programas do Banco.

Como está hoje, o foco é a sustentabilidade; e as linhas de financiamento estão adequadas aos negócios, aos investimentos da região.

Houve uma brutal mudança, Sr. Presidente. Eu até faço um comentário aqui. Em 2003, uma cooperativa do Pará me liga pedindo para interceder para que o presidente do Banco pudesse receber a diretoria dessa cooperativa. Conversei com o Sr. Mâncio Lima. Ele não só recebe, como, pelo contrário, ele vai até a sede da cooperativa, leva todo o conjunto da diretoria do Banco, e acontece ali uma reunião em um dia de feriado, que era um 1º de maio, feriado nacional, e atende a cooperativa. Pela primeira vez aquela cooperativa recebe um atendimento daquela natureza.

Dos resultados dessa nova política. Dos R$7,6 bilhões já injetados na Região Amazônica pelo Banco da Amazônia, via FNO, desde 1989, cerca de 44% foram aplicados no triênio 2003/2005. Considerado o índice de Basiléia, o Banco ainda tem condições de alavancar mais de R$10 bilhões em seus ativos. Para o ano de 2006, a disponibilidade de recursos é da ordem de R$6,2 bilhões, de diversas fontes: FNO, FDA, FAT, OGU, BNDES, FMM e outros recursos, como também os recursos próprios.

O redirecionamento ainda no seu foco de atuação levou aos resultados da nova política os seguintes indicadores: forte participação do crédito de fomento regional, com elevação do volume dos recursos: em 2002, R$636 milhões; em 2003, R$1,176 bilhão; em 2004, R$1,508 bilhão; em 2005, R$1,132 bilhão; e em 2006, até o mês de maio, R$781 milhões. E pode chegar, até o final do ano, a R$6,2 bilhões.

Ainda nos resultados da nova política, há uma elevação substancial do volume de crédito na região. A carteira de crédito do Banco tem o seguinte saldo: em 2002, R$4,139 bilhões; em 2003, R$5,240 bilhões; em 2004, R$6,868 bilhões; em 2005, R$7,926 bilhões.

As aplicações nos setores produtivos da região: em 2002, R$392 milhões foram para o setor rural; R$204 milhões para a indústria e R$39 milhões para comércio e serviço; em 2005, o setor rural recebeu R$797 milhões; o setor de indústrias, R$266 milhões e o setor de comércio e serviços, R$69 milhões.

Da performance na aplicação dos recursos, Sr. Presidente: de 1995 a 2002, R$779 milhões; de 2003 a maio de 2006, R$1,068 bilhão. Isso só na agricultura familiar, ligados ao programa do Plano Safra.

Com relação à responsabilidade social e ambiental do Banco, a atuação de responsabilidade social do Banco da Amazônia é vista tanto nas suas operações de crédito como, por exemplo, nos programas de incentivo ao projeto de manejo florestal comunitário como também ao projeto de manejo florestal empresarial, apoiando projetos nas áreas social, ambiental, cultural, recebendo inúmeras premiações por sua atuação. Alguns dos projetos premiados: arte Indígena no Amazonas e manipulação de plantas medicinais, em um programa ligado aos presidiários.

No Prêmio de Empreendedorismo Consciente, o Banco incentivou as soluções radicais e inovadoras para o desenvolvimento econômico e social na Amazônia, sem a destruição de seus ecossistemas naturais. Esse foi um prêmio que o Banco criou.

Então, Sr. Presidente, resta-me parabenizar nosso companheiro, militante de causas sociais, Mâncio Lima, e toda a diretoria do Banco pelo brilhante trabalho. Realmente, esse balanço é merecedor de nossos aplausos, de nossos agradecimentos. E espero, é claro, que, ao final dessa gestão, o Banco da Amazônia esteja colocado como um dos bancos de excelência, de referência no trato da coisa pública e como uma mola propulsora do desenvolvimento sustentado da nossa região.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/08/2006 - Página 26087