Discurso durante a 175ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Questionamentos sobre as notícias veiculadas sobre a eleição presidencial.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Questionamentos sobre as notícias veiculadas sobre a eleição presidencial.
Publicação
Publicação no DSF de 28/10/2006 - Página 32944
Assunto
Outros > ELEIÇÕES. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • ANALISE, SITUAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, RESULTADO, PESQUISA, VITORIA, REELEIÇÃO, COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O GLOBO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), DENUNCIA, LANÇAMENTO, GOVERNO FEDERAL, PROGRAMA, PRIVATIZAÇÃO, CONSTRUÇÃO, RODOVIA, CONTRADIÇÃO, CAMPANHA ELEITORAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), DEFESA, DANOS, DESESTATIZAÇÃO, ECONOMIA NACIONAL, REPUDIO, FALSIDADE, PROMESSA, CANDIDATO.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DENUNCIA, PARTICIPAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, FRAUDE, DOCUMENTO, PRAZO, CANDIDATO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), IRREGULARIDADE, UTILIZAÇÃO, MOEDA ESTRANGEIRA, CORRUPÇÃO.
  • REGISTRO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, VALOR ECONOMICO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), JORNAL DO BRASIL, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), ESTADO DE MINAS, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), ANALISE, RESULTADO, PESQUISA, ELEIÇÕES, FAVORECIMENTO, REELEIÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ACUSAÇÃO, EMPRESARIO, FINANCIAMENTO, ILEGALIDADE, AQUISIÇÃO, DOCUMENTO, PREJUIZO, CANDIDATO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB).
  • LEITURA, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, DENUNCIA, DESVIO, RECURSOS, SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDENCIA DA REPUBLICA (SECOM), CONFECÇÃO, MATERIAL DE PROPAGANDA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ACOLHIMENTO, JUIZ FEDERAL, AÇÃO POPULAR, CITAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, SUSPEITO, PARTICIPAÇÃO, CORRUPÇÃO, DETALHAMENTO, NOME, PARTICIPANTE, ROUBO, DINHEIRO.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, EPOCA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), TENTATIVA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), AQUISIÇÃO, DOCUMENTO, PREJUIZO, ANTERO PAES DE BARROS, SENADOR, ACUSAÇÃO, ORADOR, GOVERNO FEDERAL, MA-FE, ADMINISTRAÇÃO, BANCO OFICIAL, EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT), PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).
  • EXPECTATIVA, CONSCIENTIZAÇÃO, POPULAÇÃO, VOTO, SEGUNDO TURNO, MELHORIA, FUTURO, BRASIL.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, passa-se fato estranho no País, porque os jornais noticiam o que seria uma ampla vantagem do Presidente Lula na sua luta pela reeleição contra o candidato da coligação PSDB/PFL, Geraldo Alckmin, que é dado pelos proprietários dos institutos de pesquisa Vox Populi e Ibope como inviabilizado neste segundo turno da eleição.

            Ao mesmo tempo, um rápido lançar de olhos sobre o noticiário exibe o que, a meu ver, é uma clara demonstração de fragilidade do Governo que aí está.

            O jornal O Globo começa estampando o que tem sido a tônica deste Governo, a mistura da corrupção com a mentira: “Lula lança programa para estradas, com privatização”. Concordo com isso, é correto, é uma medida administrativa justa, mas ele passou a campanha inteira, o segundo turno inteiro tentando criminalizar a figura das privatizações, como se elas fossem danosas para a economia nacional - está privatizando estradas.

            Logo embaixo diz: “Laranja diz que deu R$250 mil a Lacerda”. O Sr. Hamilton Lacerda recebe R$250 mil de um “laranja” para comprar o tal dossiê, que, forjado e falso, visava a incriminar o candidato do PSDB que venceu a eleição no primeiro turno em São Paulo, José Serra.

            Mas, ainda no O Globo, tem: “Plano do PT prevê privatização. Programa de Lula para transportes diz que fará concessão de rodovias à iniciativa privada”. Aí o jornal mostra o que ele disse sobre privatizações e as suas contradições. É uma contradição ambulante, sobretudo no campo da ética.

            Há uma declaração do Presidente Fernando Henrique: “Lula privatiza, mas mente”. E diz o ex-Presidente: “Agora mesmo, na Amazônia, o que fizeram? Concessão de terras”.

            Embaixo tem um primor de declaração de cinismo, que é o Sr. Marco Aurélio Garcia, coordenador da campanha de Lula, dizendo o seguinte: No 2º turno, “decidimos fazer uma campanha de esquerda”.

            Alguém é de direita ou de esquerda, se quisermos ficar nessa definição que, para mim, está velha, mas que um dos meus autores preferidos, que é Norberto Bobbio, insistia em dizer que não havia falecido essa definição entre esquerda e direita. Digamos que Bobbio esteja certo e que exista ainda a figura da esquerda e da direita ou do centro ou do que mais seja: ou se é de direita ou se é de esquerda. Não se faz uma campanha de direita no primeiro turno e uma campanha de esquerda no segundo turno, a não ser quando se é cínico, a não ser quando não se tem apego nenhum a verdade, à coerência, à limpeza política.

            Então, diz Marco Aurélio Garcia que, no segundo turno, resolveram fazer uma campanha de esquerda. Se tivesse um terceiro turno, talvez fizessem uma campanha de costas; se houvesse um quarto turno, fariam uma de centro; num quinto turno, fariam uma de rebola; num sexto turno, uma de carambola; num sétimo turno, fariam uma de bola. E aí eles iriam, de incoerência em incoerência, procurando engodar, embair a opinião pública.

            Vejo aqui o jornal Folha de S.Paulo de hoje, Sr. Presidente. Veja bem: se é verdade, se os institutos têm razão, e Lula vence as eleições, espero que isso seja confirmado ou não na pesquisa verdadeira, que é a das urnas, que se estarão abrindo aos olhos da Nação a partir das cinco da tarde do próximo domingo. Mas aqui temos o Presidente com uma cara assim aparvalhada, rindo não sei de quê, enfim, e a manchete “Casa de câmbio admite o uso de laranja”, ou seja, o cerco está se fechando contra esse Governo que está cada dia mais encalacrado nessa fraude do dossiê.

            Não adianta, desculpe-me o nosso criminalista preferido lá do Governo, Márcio Thomaz Bastos: “Casa de Câmbio admite uso de “laranja”; “Polícia Federal indicia donos da Vicatur por irregularidades na venda de dólares que podem ter sido usados no caso do dossiê”. Lá vem de novo a figura do Sr. Hamilton Lacerda e de toda aquela quadrilha petista que fez isso, essa compra do dossiê, fajuta, enfim.

            Ainda na Folha, Sr. Presidente: “Polícia Federal investiga em Minas padeiro que disse ter levado R$250 mil a petista”. A padaria mais rentável do mundo é essa padaria do PT. “Casa de câmbio de Santa Catarina entrega à Polícia Federal operações”; “Polícia Federal indicia donos de casa de câmbio por uso de ‘laranja’”.

            Aí nós temos o jornal O Estado de S. Paulo. Vamos seguir aqui. A manchete diz: “Lula teria 23 milhões de votos de vantagem” e traz uma declaração de Geraldo Alckmin dizendo que “Lula foi tolerante com a corrupção” - uma declaração muito boazinha do meu candidato, porque ele foi mais do que tolerante com a corrupção. Ele foi praticamente o mentor de toda ela.

            Embaixo dessa suposta vantagem de Lula, se diz: “PF indicia donos de casa de câmbio”, ou seja, supostamente - se isso é verdade -, estaria sendo reeleito um Presidente que, no dia seguinte, tem que prestar contas à Justiça, conforme ainda vou demonstrar ao longo deste discurso.

            Vamos agora para o Jornal do Brasil. A manchete do Jornal do Brasil está antológica, Sr. Presidente Heráclito Fortes, porque diz assim: “Pesquisas: Lula aumenta favoritismo sobre Alckmin”. A manchete está antológica. Quero parabenizar o Jornal do Brasil por esta manchete: “Céu de brigadeiro em semana de laranjas” Ou seja, pesquisas favorabilíssimas ao Presidente. E o cerco se apertando contra o Governo a partir do desmascaramento dos laranjas que eles utilizaram. Estamos vendo que ou as pesquisas serão desmentidas pelas urnas ou estamos vendo o sintoma da crise, com muita clareza, a explodir logo a seguir. Aí vem Lula tentando rachar o Partido Verde, com o Deputado José Sarney Filho muito grato pelo apoio que o Lula presta à sua irmã, Senadora Roseana, e o Gabeira dizendo que de jeito algum, que levar o Partido Verde para apoiar Lula seria uma punhalada nos eleitores desse Partido.

            O jornal Correio Braziliense tem também matéria extremamente relevante na primeira página. O jornal dá uma notícia menor, de que “Lula mantém dianteira” nas pesquisas; tem o Osvaldo Bargas, que é outro petista desses enrolados - o que mais tem por lá -, nova suspeita, e a manchete é: “O ‘laranja’ de R$250 mil”. É o cidadão que levou o dinheiro para o Sr. Hamilton Lacerda para comprar o dossiê falso. Depois, ele reconheceu quem era Hamilton Lacerda quando o viu exposto no horário nobre das televisões.

            Nas páginas de dentro do Correio Braziliense tem: “R$250 mil do dossiê saíram de Minas”. E olhe que lá tem gente especializada, que já foi denunciada por nós desta tribuna, em forjar dossiês. Ali tem um cidadão... Como é o nome daquela figura, meu Deus? Eu tenho o condão de esquecer coisa ruim; é uma coisa boa, que me faz feliz; por isso é que eu cheguei a esta idade sem ter úlceras, sem ter nada. Mas há um sujeito que é especializado em fabricar dossiês; fabrica em série, fabrica ao gosto dos fregueses; não sei se ele está envolvido nisso ou não.

            Então, passemos para o Valor Econômico. O jornal fala apenas nas eleições nos Estados, e, na sua capa, não se trata de escândalos. Fala nas vantagens de Lula nas pesquisas e se esqueceu da corrupção. Está aqui uma lembrança de que Delúbio vive em regime de reclusão voluntária. Claro, ele não foi punido por nada, também não foi preso, ninguém se lembrou de ir à sua casa. O Senador Flexa Ribeiro sofreu um constrangimento brutal outro dia, quando a Polícia Federal foi lá por ordem sei lá de quem; expuseram o Senador a um constrangimento como se ele fosse responsável por uma publicação apócrifa que estaria rolando lá na eleição do Pará. Mas, o Delúbio, ninguém se lembrou de mandar vistoriar a casa dele, ver o computador dele, nada disso. Então, ele está em regime de reclusão voluntária. É claro! Não tem quem o puna. É impune. Está lá porque quer. Se ganhar a eleição, daqui a pouco volta. Não duvido nem que volte a ser tesoureiro do PT.

            Então, vamos lá, à Gazeta Mercantil. Também é um jornal específico para economia.

            Agora vamos ver o Estado de Minas: “Empresário mineiro bancou parte da compra do dossiê”. Aqui está o Estado de Minas. Exibe o mesmo cidadão, o laranja que passou o dinheiro para o Sr. Hamilton Lacerda, e esse dinheiro foi parte do total usado para se comprar o tal dossiê falso.

            Chamo atenção, Sr. Presidente, para este fato: estamos às vésperas de um pleito, as pesquisas apontam o favoritismo para o Presidente Lula. V. Exª há pouco me dizia da fé inquebrantável que tem na vitória de Geraldo Alckmin. Eu não quero mais fazer prognóstico qualquer, quero esperar o dia da eleição. Para mim, eleição é um fato normal. Anormal é o Lula, mas eleição é um fato normal. O resultado que vier eu respeitarei, porque o povo, quando erra, arranja um jeito de dar dois passos adiante na próxima etapa, e o povo tem o direito de escrever o seu próprio processo histórico. Ninguém pode escrever a história do povo por ele. Ele pode escrever a sua própria história e só ele. Então, ele vai decidir como achar melhor. O que o povo decidir, a isso eu me curvarei.

            Mas volto a dizer: o cerco está se fechando. Não tem nada que se diga assim: agora vamos passar uma esponja. Não tem esponja nenhuma. No dia seguinte tem crise, se acontecer mesmo essa vitória do Presidente Lula. Se Lula perde, fica respondendo aos milhares de processos dele na Justiça e - nesses problemas públicos que ele criou - ele terá problemas pessoais. Se ele se mantiver Presidente, esses problemas públicos que ele criou que poderiam virar problemas pessoais serão problemas da Nação inteira, porque ele é o nome da crise. Lula é o nome da crise: Luiz Inácio Lula “Crise” da Silva.

            “Empresário mineiro bancou parte da compra do dossiê”, aqui está essa imoralidade.

            Jornal do Commercio de Pernambuco, deixe-me ver do que trata. Na primeira página, ainda está muito local.

            Sr. Presidente, eu gostaria de dizer que já fiz a minha advertência. Vou pedir que se insiram nos Anais só esses títulos e subtítulos. Fiz questão de estar aqui hoje sem dormir, peguei um avião antes de ir ao Rio, porque, junto com V. Exª, acompanharei o Geraldo Alckmin no debate. Fiz questão de passar por aqui, porque para mim é simbólico marcar, hoje, às vésperas de uma decisão, de novo, esta advertência para o povo brasileiro.

            Há uma notícia, Sr. Presidente, com a qual precisamente quero encerrar este pronunciamento. Eu destaco matéria publicada na coluna de hoje do jornalista Cláudio Humberto sobre as cartilhas pagas pela Secom, cartilhas que, todos nós sabemos, não foram confeccionadas.

            Simplesmente alguém embolsou R$12,5 milhões. Este é o fato: ninguém confeccionou cartilha nenhuma. Eis aí mais um escândalo no Governo Lula, esse triste personagem que sempre insiste em dizer que não viu nada e que de nada sabe. Como sempre, no final, acabam achando mais um boi de piranha qualquer para assumir a autoria de mais um crime, de mais outro crime contra a Administração Pública. Nesse caso, o bode expiatório da vez é o PT, ou seja, o Partido do Presidente Lula foi escolhido para ser o bode expiatório, porque teriam sido entregues as cartilhas na sede do PT, de onde sumiram.

            O TCU, porém, não concordou com essa argumentação e, portanto, não concordou com as justificativas inconsistentes apresentadas pelo Governo. Assim, o assunto vai rendendo, a verdade sobre a corrupção na Secom vai aparecendo, e, mais uma vez, a verdade sobre a corrupção se aproxima do Presidente Lula e do seu gabinete no Palácio do Planalto.

            Dessa vez, por meio de uma ação popular protocolada na Justiça Federal por um cidadão brasileiro, o advogado Vinícius Rodrigues Bijos, fica demonstrada que a Justiça brasileira não faltou com a sua responsabilidade, porque o juiz Marcos Augusto de Sousa determinou a citação do Presidente Lula e de mais outras pessoas e empresas, entre elas Duda Mendonça, pelo desvio de mais de R$12 milhões.

            Leio nas pesquisas que o Presidente Lula estaria obtendo uma eleição. Isso é o que dizem os jornais. Ao mesmo tempo, o cerco se fecha contra o chantagista do dossiê. Ao mesmo tempo, ele é citado como réu em uma ação popular que investiga sumiço no dinheiro das cartilhas. Deve ser daí - estou agora me dando ao direito de especular -, dessa avalanche de dinheiro desviado, que estão surgindo os laranjas que hoje povoam, lamentavelmente, as manchetes dos jornais brasileiros.

            Mas, na verdade, Sr. Presidente, para acomodar todo esse dinheiro desviado, creio que não bastam laranjas. O Governo teria de realizar uma obra de cunho eminentemente prático, que seria construir um pomar, um laranjal, algo assim. Não é, com um laranja aqui e outro acolá, que eles vão conseguir dar conta de tanta corrupção e de tanto desmando. Um pomar, talvez, e com o cuidado de não exportar esses laranjas, porque teremos problemas diplomáticos se começarmos a exportar gente desse tipo para países amigos, que são nossos tradicionais clientes, compradores das laranjas produzidas no Brasil.

            Leio, então, a nota do jornalista Cláudio Humberto, cujo título é “Cartilhas: Lula é réu em ação popular”:

O juiz Marcos Augusto de Sousa, da 2ª Vara Federal, de Brasília, determinou nesta quinta-feira a citação do presidente Lula e de mais 20 pessoas e empresas acusadas, em ação popular, pelo desvio de R$ 12,5 milhões das cartilhas da Secretaria de Comunicação que nem sequer teriam sido impressas. A citação será feita por Oficial de Justiça ou por cartas precatórias, dependendo do caso. O autor é Vinícius Rodrigues Bijos e o advogado é seu pai, Jairo Rodrigues Bijos, residentes em Taguatinga (DF). A ação popular pede também a “declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio”, revogação e anulação de ato administrativo e a nulidade dos contratos referentes às tais cartilhas.

Além de Lula, são processados na Justiça Federal os ex-Ministros Luiz Gushiken (Secom), e mais 12 funcionários do Governo Lula, as agências de propaganda Matisse e Duda Mendonça, as empresas Web Editora Ltda., a Editora Gráficos Burti Ltda., Pancrom Indústria Gráfica Ltda, Kriativa [e essa criativa é criativa mesmo, porque é com “k”; não é com “c”, é com “k”; é uma coisa impressionante; é uma laranjada com “k”, acabou] Gráfica e Editora Ltda., Takano Editora Gráfica Ltda., além de Cid Marques Faria.

            É aquela máxima do Governo Lula, Sr. Presidente: um escândalo novo aparecendo para abafar o anterior. Tem sido essa a tônica lamentável. Não se esgota a figura do escândalo. Os escândalos ficam sempre pendentes e insolúveis. Vem um novo e, aí, a opinião pública, que termina anestesiada, levada de roldão por esse caudal de corrupção, começa a se concentrar no escândalo novo.

            Eu quero chamar a atenção da Nação para um fato: a maioria dos mensaleiros candidatos, Sr. Presidente, se elegeu. Quem não se elegeu? Os que protagonizaram o escândalo dos sanguessugas. Os dos sanguessugas não se elegeram, por uma razão simples: foi o escândalo mais recente, o escândalo que, ainda, está na lembrança das pessoas. Os envolvidos nos escândalos mais velhos - no Governo Lula, escândalo velho é escândalo ocorrido há seis meses - passaram tranqüilamente. Isso dá a todos a impressão de que, de fato, isto aqui seria uma cloaca, que ninguém prestaria. Não tenho dúvida nenhuma de que isso tenha facilitado os passos do Presidente. Muita gente diz assim: “Ninguém presta, ninguém presta”, e vota em quem esta aí, como se isto aqui fosse uma cloaca, como se não houvesse a separação entre as pessoas corretas e as pessoas incorretas, que existem e convivem em qualquer ambiente de trabalho.

            Sr. Presidente, eu gostaria de pedir que os Anais da Casa acolhessem o resumo que vem da Seção Judiciária do Distrito Federal, com a consulta processual. Consta o número do processo, a classe, a Vara, o nome do juiz, que é o Dr. Marcos Augusto de Sousa, que parabenizo pela firmeza com que age, a data da autuação, a distribuição e o objeto da petição, que é a “declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio” - Lei 4.717/65 -, revogação e anulação de ato administrativo, atos administrativos e por aí afora.

            Observação: ele decreta a nulidade dos Contratos nº 551. Enfim, em outras palavras, condena o Governo Lula por ter embolsado o dinheiro das cartilhas, para sermos bem claros e sermos curtos e grossos. Aqui vem todo o histórico do processo.

            O que me constrange, Sr. Presidente, é que sou de uma época em que, na minha casa, com respeito, diziam: “ O Ministro Fulano passou por aqui hoje”. O Ministro era uma pessoa de uma seriedade enorme. Havia certa majestade, não é? Eram pessoas ilustres realmente. Ocorre-me o nome de Santiago Dantas, de Evandro Lins e Silva, de Gustavo Capanema. Esses nomes povoaram a minha infância. Hoje, se alguém perguntar ao Presidente Lula o nome dos Ministros dele, eu duvido que ele saiba. São tantos que nem ele os conhece.

            Vou ler os nomes dos citados como réus nessa ação popular, e V. Exª, Sr. Presidente, clarividente como é e dotado de inteligência privilegiada, vai entender. Na lista de nomes citados nessa ação popular, consta o de Luiz Gushiken, que já foi Ministro, deixou de ser, já voltou a ser e deixou de ser, já foi marechal, foi soldado. Parece que agora está como cabo no Palácio do Planalto. O autor da ação é Vinícius Rodrigues de Bijos.

            Sr. Presidente Heráclito Fortes, veja o que me choca: vem o nome de Luiz Gushiken, o do autor da ação... Os nomes vão sendo citados. O terceiro nome é de um cidadão chamado Luiz Inácio Lula da Silva, réu, misturado com Marcus Vinícius Di Flora. Depois vêm Jafete Abrahão; depois vem Luiz Antonio Moreti; depois, Expedito Carlos Barsotti; depois vem Sílvia Sardinha Ferro; depois vem Gabriela Santoro de Castro; depois, Elizabete Pereira da Rosa; depois, Maria Elisa Cesarino Mendes Coelho; depois, Lúcia Maria Mendes; depois, Alexandre Antunes Vieira; depois vem uma empresa, Matisse Comunicação de Marketing Ltda.; depois, Web Editora; depois, Editora Gráficos Burti Ltda.; depois, a Pancrom Indústria Gráfica Ltda; Kriativa Gráfica e Editora Ltda; Takano Editora Gráfica Ltda.; depois, Duda Mendonça & Associados Propaganda Ltda.; depois, Cid Marques Faria e, depois, o advogado Dr. Jairo Rodrigues Bijos, pai e advogado do Sr. Vinícius Rodrigues Bijos.

            Quero chamar a atenção para o fato de que se banalizou de tal forma o poder neste País, banalizou-se de tal forma a corrupção, o desmando, o desrespeito à coisa pública que o nome do Presidente da República vem citado aqui como três de uma lista que tem uns vinte: Luiz Gushiken, Luiz Inácio Lula da Silva, Marcus Vinicius di Flora, Jafete não sei de quê, Luiz Antônio Moreti, Carlos Barsotti, Silvia Sardinha.

            Prefiro aguardar o dia da eleição, Sr. Presidente, e reiterar que o povo brasileiro é dono do seu destino. Há uma expressão muito usada - e usada de maneira autoritária - que eu não aceito, eu a repudio. E todos nós que, em algum momento, já lançamos mão dessa expressão, devemos meditar sobre ela e recuar dela, até pelo conteúdo autoritário de que ele se reveste. É quando alguém que se julga melhor do que o povo, se julga fora do povo, diz assim: cada povo tem o governo que merece. Essa expressão, para mim, é quase fascista, autoritária. Não é assim. O povo tem o governo que merece, sim, mas não é pejorativo, ou seja: eu, iluminado, sei votar, e o povo, coitado, não sabe votar. Não é assim. O povo sabe votar muito bem e faz parte do seu aprendizado histórico acertar e errar em eleições. Então, o povo tem o direito de escolher quem ele queira, porque as conseqüências são arcadas por ele mesmo.

            Esse processo é de um profundo conteúdo dialético, cria antítese aos próprios erros que possa estar cometendo. Em seguida, ele acerta. O povo vai vivendo as suas epopéias, vai vivendo seus desafios. Então, quando o povo acerta, ele consegue determinado avanço; quando ele erra, num primeiro momento pode ter um retrocesso, mas pode ser que, em seguida, ele recomponha isso de modo a obter avanços até mais rápidos no seu passo histórico seguinte. 

            Então, eu repudio esta expressão “o povo não sabe votar” e, mais ainda, esta outra expressão, aquela coisa soberba, arrogante de quem supostamente se acha dono de todos os títulos, de toda a cultura do mundo: cada povo tem o governo que merece. Eu não encho a boca para dizer essas coisas. Eu, pura e simplesmente, respeito a decisão popular. Respeito e respeitarei sempre a manifestação do povo.

            Evidentemente que meu dever de Parlamentar é o tempo inteiro denunciar irregularidades. Neste momento, antevéspera de uma eleição que vai decidir por quatro anos os rumos do País, quero dizer que não me ocorre outro momento da história republicana brasileira que tenha sido coberto de tanto opróbrio, de tanta ignomínia, de tanta desonestidade, de tanta falsidade, de tanto desrespeito à coisa pública, de tanta bandalheira, de tanta vulgarização do poder, a ponto de ter aqui o próprio Presidente da República citado como se fosse um qualquer. Onde está a majestade do cargo? O cidadão - vejam como a democracia brasileira é bonita e como ela amadureceu! -, Sr. Vinícius Rodrigues Bijos, contrata seu filho como advogado, Jairo Rodrigues Bijos, fazem uma ação popular contra o Presidente, essa ação encontra provimento na decisão corajosa do Juiz Marcos Augusto de Sousa. Aqui há um monte de gente citada: empresas, pessoas, algumas são figurinhas já conhecidas - o Gushiken eu conheço, conheço o Marcus di Flora de nome, outros são desconhecidos. E lá está o nome de quem no meio dessa confusão toda? O nome de Sua Excelência o Senhor Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, envolvido como um qualquer, sob uma acusação de desvio de R$12.500,00 de cartilhas que não foram confeccionadas e que, quem sabe, não seja daí, também, o dinheiro abastecedor desses “laranjas”que foram lá comprar o tal dossiê.

            Eu tenho uma notícia, e com isso encerro, de que na revista Época, que circulará, há uma matéria referente a que também teriam comprado o dossiê fraudado para tentar incriminar o Senador Antero de Barros, homem de bem, como o País reconhece. Portanto, essas mentiras de pernas curtas - todas elas têm pernas curtas - vão caindo por terra, umas após as outras.

            Eu estou ansioso por ter mais detalhes desse caso - e o Senador Heráclito Fortes certamente falará sobre isso -, mas, por ora, encerro dizendo que aguardo com muita reverência, com muito respeito o pronunciamento popular. Porém, ressalto a dicotomia publicada na imprensa entre o que seria um momento bom para o Presidente, vantagem nas pesquisas - se as pesquisas estiverem certas, ele seria, provavelmente, vencedor da eleição - e, ao mesmo tempo, junto da notícia de que ele tem vantagem nas pesquisas, mais escândalos, mais corrupção, a ponto de eu repetir: o nome dele era Luiz Inácio da Silva, aí ele acabou acrescentando Lula. Ficou Luiz Inácio Lula da Silva. Eu queria agora fazer outra sugestão: Luiz Inácio Lula “Crise” da Silva, porque ele é uma fonte permanente de crise. Está aqui com seu nome arrolado no meio de alguns desconhecidos, não ilustres, como réu de uma ação de desvio de dinheiro público referente às tais cartilhas que não foram confeccionadas.

            Muito bem. Então, no site da revista Época está o seguinte:

            Na avaliação do Planalto, Berzoini sabia. O título é :

Vedoins foram indicados por políticos de Mato Grosso

Na avaliação do Planalto, Berzoini sabia que seus assessores Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti (...)

            Fico impressionado. Osvaldo Bargas! De repente, eu tive de conviver com esse tipo de gente aqui, sou obrigado a ler o nome de Osvaldo Bargas e Jorge Lorenzetti, Turcão. Tudo isto entrou na nossa vida, Senador Heráclito: o Turcão, o Barcelona - eu pensei que Barcelona era só o time de futebol, mas não -, tem aquele doleiro, tudo isso veio como contribuição para a história brasileira deste Governo apodrecido que aí está.

            Mas, muito bem, vamos continuar a leitura:

Na avaliação do Planalto, Berzoini sabia que seus assessores Osvaldo Bargas e Jorge Lorenzetti negociavam o dossiê com a família Vedoim desde o início de agosto. Eles foram aos Vedoim levados por políticos de Mato Grosso, depois que Vedoim acusou o Senador tucano Antero Paes de Barros de envolvimento no esquema de superfaturamento de ambulâncias.

Segundo as informações governistas, o depoimento dos Vedoim contra Antero teria custado R$2,5 milhões.

            Nossa Senhora!

            Desde o início, portanto, o PT sabia que as informações dos Vedoim não sairiam de graça.

            E aqui para nós: com uma quadrilha dessas, eles queriam de graça? Queriam agora virar gigolôs dos Vedoim? Eles tinham de pagar mesmo. Se estão envolvidos nisso até o talo, como diz na minha terra, eles tinham mesmo era que embarcar e aprofundar o pé nessa lama.

            Mas, prossigo na leitura, Sr. Presidente:

Na primeira conversa com o então Diretor do Banco do Brasil, Expedito Veloso (...)

            Significou a privatização do Banco do Brasil para o crime. Olha o Banco do Brasil privatizado no Governo Lula. Isso é privatização, diferentemente da exitosa privatização da telefonia, que deveria ter sido defendida até com muito mais garra na nossa campanha, nesta campanha que está se encerrando.

            Privatizaram a Caixa Econômica Federal, quando violentaram o caseiro Francenildo e lhe quebraram o sigilo para ocultar crimes; privatizaram os Correios e por isso houve uma CPI; privatizaram, no Governo Lula, a Petrobras, haja vista a gorjeta do Land Rover para o Sr. Sílvio Pereira; privatizaram o Banco do Brasil no escândalo Visanet; privatizaram o Banco do Brasil, quando colocaram lá este cidadão Veloso, essa figura de péssimos bofes, envolvendo-se em compras de dossiês.

            Mas, muito bem. Prossigo:

Na primeira conversa com o então diretor do Banco do Brasil, Expedito Veloso, e o ex-Secretário do Ministério do Trabalho, Osvaldo Bargas, os Vedoim pediram R$20 milhões e foram baixando até chegar a R$2 milhões.

            Quer dizer, foi um negócio de bazar mesmo. Começaram com vinte, foram fazendo a conta, e o preço julgado justo pelas duas partes ilustres, pelo PT do Berzoini e pelo Vedoim, ficou em R$2 milhões. O PT deve ter dito a ele: olhe, não quero ser explorado, vamos fazer um negócio de pessoas direitas, não me explore. Ai, o outro: não, mas, em compensação, tenho muito que te dar. Eu posso arruinar a reputação de inimigos de vocês. Vinte, dezoito, dez, dois... bateram o martelo em dois milhões. Devem ter apertado as mãos. Acordo de cavalheiros, apertam as mãos. No fio do bigode, homens de palavra, homens de honra.

            Também prometeram que a família não seria “perseguida” num eventual segundo Governo Lula.

           Quer dizer, não perseguir a família Vedoim significa não metê-la na cadeia. E, a meu ver, ela merece toda ser metida na cadeia, a família Vedoin.

            Então, segundo tradução de dois Ministros ouvidos por Época, tratar-se-ia de uma promessa de interferência nos inquéritos policiais contra a família. A assessoria minha deu uma vacilada aqui, porque não está com “g”, está “família”. Seria melhor “famiglia”, que se pronuncia família do mesmo jeito, mesmo no italiano, mas é muito mais mafioso e se escreve com “g”, famiglia, significando Cosa Nostra.

Quando a negociação chegou aos R$2 milhões, segundo a apuração paralela do Planalto - quer dizer, apuração paralela do Planalto, o negócio está interessante -, Berzoini foi avisado e autorizou o recolhimento do dinheiro, incluindo o que havia sido recebido por fora. Dois Ministros e um coordenador da campanha de Lula que relataram a apuração paralela à Época reclamaram da dificuldade de obter detalhes da transação.

            Incrível! Olha a falta de consideração com os dois Ministros! Dois Ministros e um coordenador da campanha queriam saber notícia dessa transação, mas colocaram-nos de fora. Isso é desprestigiar pessoas ilustres. Não têm consideração. Esse mundo de hoje está assim muito atravessado. Minha avó Luíza da Conceição, coitada, se fosse viva, hoje não toleraria isso; ela diria: “Meu Deus do céu, não respeitam mais as pessoas”.

Dizem que, depois de terem contratado advogados, os principais envolvidos passaram a se preocupar mais em não serem processados do que em ajudar a esclarecer o episódio.

            Há divergências no Planalto sobre qual a participação de figuras relevantes do Governo. O Sr. Hamilton Lacerda foi quem levou as malas de dinheiro para o pagamento aos Vedoim. Os Ministros ouvidos por Época acreditam que haja figuras relevantíssimas com ciência desse episódio todo.

            E fico por aqui. Essa é uma matéria do Thomas Traumann.

            E encerro, Sr. Presidente, chamando a atenção de novo para o fato de que está arranhado o Poder neste País. Uma ação popular por desvio de dinheiro público mistura o nome do Presidente da República a alpinistas, a aproveitadores, a pessoas que estão espreitando neste e em qualquer Governo, se puderem, e levam à parada o nome do Presidente da República misturado ali como um dos possíveis responsáveis pelo desvio de dinheiro público referente a cartilhas não confeccionadas, porém pagas com o dinheiro do povo, Sr. Presidente.

            Que Deus ilumine os brasileiros! Que Deus os leve a tomar a decisão mais sábia que lhes possa ocorrer no próximo domingo! Que Deus ilumine a todos nós!

            Ressalto que, para mim, não há retrocesso no regime democrático brasileiro. Seja qual for o resultado, a democracia brasileira se consolida, porque ela vive de percalços e de avanços; os percalços são contornados por avanços, e quem tem de viver os percalços e fazer os seus próprios avanços é o povo brasileiro.

            Portanto, é com muita fé na capacidade do povo brasileiro de escrever a sua própria história que volto a dizer que tenho certeza de que Deus a todos vai nos iluminar nessa decisão tão relevante que tomaremos no dia 29 próximo, domingo, data decisiva do segundo turno dessa eleição presidencial, Sr. Presidente.

            Era o que tinha a dizer.

            Muito obrigado.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

- Consulta processual;

- “Polícia investiga doleiro em Minas (Correio Braziliense);

- “Lula lança programa para estradas, com privatização (O Globo);

- “PF indicia donos de casa de câmbio por uso de laranja” (Folha de S. Paulo);

- “Casa de câmbio de SC entrega à PF operações” (Folha de S. Paulo);

- “Casa de câmbio admite uso de laranja” (Folha de S. Paulo);

- “CNBB: O país está corroído pelos escândalos” (O Globo);

- “Laranja diz que entregou R$250 mil a Lacerta (O Globo);

- “FH: Lula privatiza, mas mente” (O Globo);

- “Plano do PT prevê privatização” (O Globo);

- “PF investiga em Minas padeiro que diz ter levado R$250 mil a petista” (Folha de S. Paulo);

- “Lula tem 23 milhões de votos de vantagem” (O Estado de S. Paulo);

- “PF indicia donos da Vicatur por dois crimes” (O Estado de S. Paulo);

- “Sócia da corretora é parente de laranjas” (O Estado de S. Paulo);

- “Céu de brigadeiro em semana de laranjas” (Jornal do Brasil);

- “R$250 mil do dossiê saíram de Minas” (Correio Braziliense);

- “O Laranja de R$250 mil” (Correio Braziliense);

- “Foco nos donos da Vicatur” (Correio Braziliense);

- “Paguei propina ao Bargas” (Correio Braziliense);

- “As reclusões de Delúbio e Nagashi” (Valor Econômico);

- “Delúbio vive em regime de reclusão voluntária” (Valor Econômico);

- “Empresário mineiro bancou parte da compra do dossiê (Estado de Minas)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/10/2006 - Página 32944