O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a propósito da fala do nobre Senador Tião Viana, quero dizer exatamente o seguinte: a princípio, parece-me que S. Exª está falando em tese. Se não for em tese, S. Exª está falando de outro Parlamento e não deste, porque fui eu que levei o assunto, na tarde de hoje, à tribuna desta Casa e fiz questão de ressalvar o quadro de funcionários da Casa, mais especificamente da área de Comunicação, sobretudo porque a eles não se declara nenhuma responsabilidade pelo que vem aqui acontecendo. E não aconteceu somente comigo. Os Senadores Tasso Jereissati e Jorge Bornhausen já fizeram pronunciamento nesse sentido; o Senador Papaléo Paes acabou de fazê-lo; e a Senadora Heloísa Helena acabou de tratar do assunto comigo.

No meu pronunciamento do dia de hoje, eu disse que a responsabilidade é muito grande para fazer o que estão fazendo. Logo, ela não é de funcionário desta Casa, que não tem poder de decisão. Isso pôs a salvo todos os jornalistas. Ou seja, aqueles que têm poderes de decisão, sim, precisam preocupar-se em verificar o que, de fato, está acontecendo, para estabelecer uma regularidade.

E eu disse mais da tribuna: no dia 23 de outubro, uma segunda-feira, eu estava em Aracaju e fiz uma ligação para o Secretário de Comunicação Social, mostrando a ele a “coincidência” - entre aspas - do programa Fala Cidadão, a que acabava de assistir, em que, coincidentemente, seis Senadores se pronunciaram, todos os seis da base de sustentação do Governo. Todos! Dirigi-me a ele depois de ter conversado anteriormente com V. Exª, e V. Exª colocou-me em contato com o Secretário para dirimir essas questões.

Tratei também hoje do assunto, sobre um segundo fato que ocorreu no dia de ontem e que lastimo. Trouxe isso apenas como exemplo, mas entendo que a questão não é comigo, não é pessoal, mas é, sobretudo, com a Oposição e com inúmeros Senadores. O pronunciamento do Senador Papaléo Paes, há poucos instantes, denota isso, como também o do Senador Tasso Jereissati e o do Senador Jorge Bornhausen e o que a Senadora Heloísa Helena confessou a mim há poucos instantes.

E frise-se: não atribuí nenhuma responsabilidade ao quadro funcional desta Casa, salvo àqueles que têm poder de decisão. E não sei de onde vêm, nem de quem se trata, mas a Casa tem competência suficiente para estabelecer a verificação.