Discurso durante a 17ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento - PAC.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIAL. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento - PAC.
Publicação
Publicação no DSF de 03/03/2007 - Página 3726
Assunto
Outros > POLITICA SOCIAL. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • DENUNCIA, DESRESPEITO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, AUMENTO, DESIGUALDADE SOCIAL, BRASIL, CONCLAMAÇÃO, ESTUDO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CONHECIMENTO, SITUAÇÃO, DESIGUALDADE REGIONAL, CRESCIMENTO, CONCENTRAÇÃO DE RENDA, REGISTRO, DADOS.
  • CRITICA, PROGRAMA, ACELERAÇÃO, CRESCIMENTO, TENTATIVA, MANIPULAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA, ESPECIFICAÇÃO, FALTA, CONCLUSÃO, OBRA PUBLICA, PORTO DE LUIS CORREA, PROTESTO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DESCUMPRIMENTO, PROMESSA, ESTADO DO PIAUI (PI), DETALHAMENTO, ABANDONO, SAUDE, IRRIGAÇÃO, PECUARIA, REDUÇÃO, EXPORTAÇÃO, CARNAUBA.
  • SOLICITAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO, ESTADO DO PIAUI (PI), REFINARIA, PETROLEO, PROJETO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), FAVORECIMENTO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Efraim Morais, que preside a sessão desta sexta-feira, 2 de março de 2007, Senadoras e Senadores presentes na Casa, brasileiras e brasileiros presentes e que a nós assistem pelo sistema de comunicação do Senado, Cícero, o maior orador romano, nos ensinou a nunca falar depois de um grande orador. Não é fácil falar depois do Senador Pedro Simon.

Estudando psicologia, ouvi, em um congresso, a passagem sobre uma médica nova que tinha um ponto de vista diferente do de Freud, o pai da psicanálise. Perguntaram-lhe como ela ousava contestá-lo. Ela, então, disse que era porque estava trepada na cacunda dele. Eu não vou trepar na cacunda de V. Exª. Mas V. Exª tem sido nosso ícone, tem nos dado coragem.

Falava-se nas referências do PMDB, que eram os mortos; V. Exª é essa referência viva, não só do PMDB, mas da democracia, da Pátria, de todos nós.

Tenho minhas crenças, Senador Pedro Simon, Senador Cristovam, olhando para V. Exª quero dizer que acredito antes em Deus, mas acredito também no estudo. O estudo nos leva à sabedoria. Diz o Livro de Deus que ela vale mais do que ouro. Eu acredito no trabalho, que faz as riquezas, que vem antes.

Estamos ansiosos para ler o livro que o Professor Cristovam Buarque está escrevendo, que será lançado em março. Outro dia eu folheava um livro de Adam Smith. Pedro Simon o pegou e disse que era o livro da sua formação técnica. Mas um livro me impressionou muito: História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman. Então isso me preocupa muito, essa riqueza.

Senador Efraim Morais, acho que nosso erro está aí: não se obedece à Constituição. 

Há uns que se orgulham de ter fraudado a Constituição e ainda se atrevem a querer participar da democracia, quando deveriam estar no Bangu, nos presídios que existem por aí.

A Constituição, o símbolo maior desta Pátria, é desrespeitada. Desobedece-se à Constituição que vi Ulysses Guimarães beijar chamando-a de “cidadã”, rasgando-se a Bandeira. Disse Ulysses Guimarães: “O País que não tem Constituição...” Ele viu isso: as mazelas, os crimes e as injustiças. Nela está escrito, Cristovam Buarque, que é um dever combater as desigualdades de riquezas.

Presidente Lula da Silva, quero lhe dar essa contribuição lembrando a frase de um general mexicano que eu e o Senador Efraim Morais lemos: “prefiro um adversário que me leve a verdade a um bajulador puxa-saco que me leve à mentira e à ilusão.”

Vou dizer, Senador Cristovam Buarque: Presidente Lula da Silva, não adianta mentir. Nunca vi um ditado, um provérbio errar. Na minha infância, aprendi com o caboclo do Piauí que é mais fácil tapar o sol com uma peneira do que esconder a verdade.

A desigualdade aumentou, Presidente Lula da Silva. Eu estou aqui e falo como Cristo: “Em verdade, em verdade, eu vos digo...”

Senador Cristovam Buarque, símbolo da inteligência, da cultura e do saber deste País, lá no Maranhão nasceu Humberto de Campos. Ele viveu a sua infância na minha cidade. Plantou Cajueiro. Saiu de lá, do pequenino Cajueiro, e entrou na Academia Brasileira de Letras. Ele olhou para os seus pares como agora eu olho... Oh, Zezinho - que tem ser enaltecido, porque é o povo, simboliza o povo, o povo que trabalha e que é decente - Humberto de Campos, então, disse: “Tem gente aqui que tem mais saber do que eu mas nenhum que teve o caminho mais longo e sinuoso.”

Eu sei, Presidente Lula, que o seu caminho foi longo e sinuoso, mas aprenda o que agora não é meu, não, mas o que o meu estudo leva a Vossa Excelência. Ralph Waldo Emerson, o maior filósofo norte-americano disse: “Todo homem que eu vejo é superior a mim em determinado assunto e eu procuro aprender com ele”. Foi nisto que V. Exª errou, Cristovam Buarque: Lula da Silva era muito superior a V. Exª na educação, que será a salvação deste País.

Mas vou dar um exemplo, porque um quadro vale por 10 mil palavras. V. Exª não vai ver o Haiti pedir o “fora, Lula”, o impeachment do Lula. Reconheço.

Quando governei o Piauí, dizia: o povo é o poder, o povo me elegeu. Mas V. Exª vai ver a verdade.

A desigualdade aumentou, Lula da Silva. Lula da Silva, não vá fazer o que disse Goebbels, que uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade.Vou falar de um quadro que vale por 10 mil palavras.

Oh, Presidente, era eu Deputado Estadual entre 1979, 1980, 1981 e 1982. Professor Cristovam, vi um dos homens mais inteligentes, que foi Senador da República; saiu de Deputado para o Senado. Ele era Deputado. Votei nele na época. Cristovam, ele dizia, em seu discurso, lá, na Assembléia do Piauí, que havia dois brasis - atentai, bem, Efraim, é importante para nós do Nordeste. O Lula da Silva é do Nordeste? Há dois brasis: o do Sul e o do Nordeste.

Amigo, não interrompa o professor Cristovam, senão estará prestando um desserviço à Pátria. O Cristovam está ouvindo, e Cristovam tem a capacidade de transmitir à mocidade estudiosa.

Olha, João Lobo fez o raciocínio - eu era Deputado novo e ouvia, atento como está Cristovam Buarque. Atentai, Efraim Morais.

João Lobo dizia que havia dois brasis. O Sul ganha o dobro do Norte e do Nordeste. No Nordeste, Efraim, havia dois nordestes. Naquela época, Efraim, os ricos só eram Bahia e Pernambuco; Piauí, Maranhão e Paraíba eram pobres.

Matematicamente, Presidente Lula da Silva - a aritmética do Trajano explica isso, aquela primeira, elementar, professor Cristovam. A diferença entre o maior e o menor era quatro vezes em 1980.

Pedro Simon, João Lobo, V. Exª sabe, foi Senador, Senador do Piauí. João Lobo dizia que a diferença era quatro vezes entre o maior e o menor. Hoje, Efraim, o IBGE, do Governo, Presidente Lula, afirma que a diferença entre o maior e o menor, Pedro Simon, é 8,6, quase nove vezes. Aumentou a desigualdade, o resto é fantasia.

O maior salário está aqui em Brasília, a ilha da fantasia, do poder dos funcionários. E o menor, Efraim - nos salvamos - era o Piauí. Deus me permitiu tirar aqueles índices, levando a educação, a universidade. O último passou a ser o Piauí. Em muitos índices, somos hoje melhores que Paraíba, que Alagoas. Conseguimos. Mas a diferença entre o maior e o menor é nove vezes. Então, é esse o fato.

Presidente Lula da Silva, nove é mais que o dobro de quatro. Piorou. Desobedeceu-se, Efraim, a Constituição.

Presidente Sarney, o Maranhão é o lanterninha. Esse negócio de lanterninha é outro quadro.

Senador Pedro Simon, V. Exª é torcedor do Grêmio ou do Internacional? É Internacional.

Efraim, eu torcia para o Fluminense nos anos 50, e V. Exª estava nascendo, não é verdade? Em 1951, o Fluminense foi campeão carioca com a seguinte escalação: Castilho, Píndaro e Pinheiro, Jair, Edson, Bigode, Telê, Didi, Carlayle, Edson e Quincas. O Veludo era reserva do Castilho. No mesmo ano, satisfação com o Fluminense. Olha como é a vida: o Brasil perdeu o Campeonato Mundial para o Uruguai, de Gigghia. Que desgraça!

Naquele tempo, Efraim Morais, havia um tal de Canto do Rio, um time de Niterói. Ninguém sabia quem ia ganhar. O Chico Buarque e eu torcíamos pelo Fluminense. Só havia dois. Acredito que hoje já existem 10 torcedores. Ninguém sabia quem ia tirar o primeiro lugar: se era o Flamengo, o Fluminense, o Vasco ou o Botafogo. O último, já se sabia: era o Canto do Rio. Havia 12 times.

A Cláudia Lyra não se lembra do Canto do Rio porque ela ainda não tinha nascido. Ela é da geração da Garota de Ipanema.

Senador Cristovam Buarque, eu era Fluminense. E o campeonato da riqueza, Senador Pedro Simon? História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman.

O campeonato das riquezas. O Brasil não é o Canto do Rio, porque, graças a Deus, há o Haiti. Todos os anos, o Haiti fica em último lugar. Não ficamos em último lugar, porque, no campeonato da riqueza, o “Canto do Rio” é o Haiti, que está em guerra. Essa é a verdade, Presidente Lula da Silva.

Esse negócio de PAC é um jogo. Pedro Simon, quem disse na Bíblia que fé sem obras já nasce morta? Tiago. São Paulo disse que quem não trabalha não merece ganhar para comer. Estou combatendo o bom combate. Quero dizer que esta é a verdade: PAC é “Propaganda Aumentada e Criminosa”. Não há essas publicidades enganosas? Essa é a “Propaganda de Aumento dos Crimes”.

Fé sem obras já nasce morta. Efraim, catalogue. Cristovam. Pedro Simon, por que eu o admiro? V. Exª tem obras. V. Exª foi o primeiro Governador que fez a primeira secretaria de ciências e tecnologia do País. Bastava isso. V. Exª é o profeta do Mercosul.

V. Exª tem obras. O exemplo arrasta. Palavras sem exemplo são como tiro sem bala - Padre Antonio Vieira.

Mas há o PAC. Obras, cada um faça no seu Estado e na sua cidade. Cristovam, veja como é demagogia. Há obras inacabadas, Pedro Simon. Eu não quero saber do PAC. É uma propaganda aumentada e criminosa, enganando o povo. Obras inacabadas - é o que eu quero, no Piauí -, vamos acabar as que temos.

Efraim, catalogue, neste fim de semana, e traga as da Paraíba. Cristovam, Pedro Simon, me traga as obras inacabadas do Rio Grande do Sul. Vamos acabar as que temos.

Presidente Lula da Silva, o Governo tem que continuar. É uma continuação. Os governos passam, a Pátria fica, e o povo.

Professor Cristovam Buarque, lá no meu Piauí, por exemplo, cataloguei 10 obras inacabadas. E me vêm com demagogia de PAC. Vamos acabar o que está lá, o que está visto.

Primeiro - está ali o jornalista Ferro Costa -, há o Porto de Luís Correia. Eram US$100 milhões, e há US$90 milhões enterrados. Faltam US$10 milhões. Ele dá cheque para a Bolívia, dá cheque para o Equador, dá por aí, faz propaganda, a Petrobras, e não acaba o Porto de Luís Correia.

José Burlamaqui Auto de Abreu, Senador Cristovam Buarque, foi o Deputado autor da proposição que elegeu o dia 19 de outubro como Dia do Piauí, o dia em que a Câmara Municipal de Portugal tornou o Piauí independente. E ele disse uma coisa da qual não me esqueço, Senador Pedro Simon, poético como V. Exª: que queria morrer lá, mas aí ele fazia um esforço e vinha à tona ver as luzes do Porto de Luiz Correia, parado. Tomou banho, prometeu, prometeu, e está lá. Caíram as eleições no Piauí.

Estrada de ferro. Alberto Silva, homem bom, idealista. Foi lá. E respeita, tem 88 anos. Michel Temer comemorou seus 87 anos. Foi lá, e enganou o nosso Alberto Silva, Senador Pedro Simon, pois disse que, em 60 dias, construiria a estrada de ferro Parnaíba, Piripiri, Teresina e Luiz Correia. Aí, naquele negócio de eleição, foi lá. E Alberto Silva, bem intencionado, foi e apoiou. E Temer o abandonou. Mas eu compreendo, pelo Piauí.

Não mudou um dormente. Está lá, povo da Parnaíba. Está ali um jornalista, quis Deus, que conhece. Foi lá, e todo o Piauí viu. Foi lá! Alberto Silva é engenheiro ferroviário, acreditou. E abandonou, mas por amor à cidade. Está ali um jornalista que conhece. Deus o colocou ali, Ferro Costa. Não trocou um dormente. Mas estamos aqui.

V. Exª viu! Está lá!

Que PAC. Ô Lula da Silva, vá cumprir sua palavra. Coloque os trens de novo. Teresina, Piripiri, Parnaíba e Luís Correia. Implementou, Alberto Silva, prometeram um aumentozinho. Ele fez, colocou uns trens lá. Um trem para ir ao centro da cidade. Não dá, não dá três quilômetros, quatro quilômetros. Está lá, prometeu tudo.

Pior, Senador Pedro Simon. Ô Presidente Lula, eu acredito na verdade, eu acredito que o bem vence o mal, que a verdade vence a mentira. Ponte de cento cinqüenta anos de Teresina a Rio Poty. Foi lá. Comemorativa ao sesquicentenário. São cento e cinqüenta anos, vamos falar o português.

Senador Pedro Simon, Teresina está fazendo cento e cinqüenta e quatro anos. Eu governei o Piauí com o dinheiro do povo do Piauí, com o engenheiro do Piauí, Lourival Parente, os operários do Piauí, e realizei, no mesmo rio, uma ponte em oitenta e sete dias.

Heráclito Fortes, Prefeito de Teresina, fez no mesmo rio uma ponte em cem dias. Lula é o homem do PAC, Senador Efraim Morais. Teresina está fazendo cento e cinqüenta e quatro anos. Como é que ia acreditar? E está com as obras inacabadas. Existe um tabuleiro litorâneo em Guadalupe abandonado, e não há nem energia elétrica para os produtores. Ô Lula, nós, Governadores, subsidiávamos o hospital universitário. Bradei aqui abrir um ambulatório.

Senador Cristovam Buarque, hospital universitário, que serve aos pobres, aos estudantes, do Governo. Nada. Conosco lutava uma Deputada, Francisca Trindade, do PT, que morreu de derrame, desgostosa, de reivindicar isto. Está lá o hospital universitário. Um pronto-socorro, começado por Heráclito Fortes, Senador Pedro Simon, quando ele era Prefeito de Teresina e eu Prefeito de Parnaíba. Isso foi quando assinaram a Constituinte. Eu fui Prefeito com Sarney, depois com Collor, depois com Itamar, e depois governei com Fernando Henrique Cardoso. E o pronto-socorro municipal, o ex-Prefeito Firmino Filho ajeitou tudo. Faltam uns conveniozinhos com o Governo Federal. E, na eleição, ele esteve lá e prometeu. Prometeu e não cumpriu. E está lá. O pronto-socorro que existe em Teresina fomos nós que fizemos, ampliando o anterior, o Hospital Getúlio Vargas. Então, é isso.

Todos nós sabemos que o Piauí, Senador Pedro Simon, é a última fronteira agrícola. Senador Cristovam Buarque, nós temos onze milhões em área de cerrado. Atentai bem, Efraim! Três milhões ao lado do rio Parnaíba. V. Exª, que é engenheiro, conhece irrigação. Mas não há estrada, só há cerrado. Foi lá e deixou uma promessa. E o pior, Senador Cristovam Buarque, é a sanidade animal. O Piauí, Senador Pedro Simon, chegou no passado a dizer que a bandeira era feita de couro de bode, porque lá há muito caprino, ovino e gado. Mas acontece que o Governo Federal não vacina, e nós estamos bloqueados. Então, um bode, uma ovelha, uma cabra, que valia R$400,00, só tem o mercado interno, porque não há vacinação, e o gado, que valia R$600,00, é vendido a R$200,00.

Senador Pedro Simon, no Rio Grande do Sul, nos pampas gaúchos, há chá e fumo. Senador Cristovam Buarque, quando deixei o Governo do Piauí, igualava-se à carnaúba a nossa riqueza. A pauta de exportação, que era de US$20 milhões, baixou para US$3 milhões, de vinte para três. É um desastre este Governo.

Agora Lula, quero lhe ensinar. Estamos aqui em Brasília. Senador Efraim Morais, Juscelino, médico como eu, cirurgião como eu, colocou Brasília aqui para que houvesse integração. Deixou de ser só Rio e São Paulo. Aproximou-nos do Piauí.

Eu citei dez projetos inacabados. Mas o Piauí merecia um projeto que tem na Petrobras: a refinaria de Paulistana. Por que, Senador Efraim Morais? Lá não há petróleo, mas poderia ter uma refinaria, porque é onde existe o maior déficit, Senador Cristovam Buarque.

Ô Presidente Lula da Silva, olhai o mapa: Paulistana, no sul do Piauí, é eqüidistante de Boa Vista, de Manaus, de Belém, de São Luiz, de Fortaleza, de João Pessoa, lá na Paraíba do nosso Tambaú, daquele peixinho-agulha com chope, que é uma coisa boa; de Recife e de Aracaju. E o déficit! Então, por via férrea, a região se abasteceria. Há um projeto da Petrobras. É caro sim. Brasília foi cara, mas não está aí, não foi necessária? É para quem tem visão de futuro.

Estas são as nossas palavras. Ô Presidente Lula da Silva, lembre-se: Piauí, terra querida, filha do sol do Equador, pertence-te nossos sonhos, nossos amores e nossas vidas. Na luta, o teu filho é o primeiro que chega. Nós fomos, na Independência. E chego aqui, Presidente Lula, para lhe trazer a verdade e o clamor, V. Exª, que deve ser agradecido ao Estado do Piauí, em que foi sempre eleito.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/03/2007 - Página 3726