O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero comunicar à Casa - isso é extremamente grave - a situação que vive o Estado de Alagoas. O Governador Teotonio Vilela pediu ao Ministro Márcio Thomaz Bastos ajuda da Polícia Federal para enfrentar a violência em Alagoas.

     Nos últimos dias, cerca de três dezenas de pessoas foram seqüestradas. Ultimamente, um juiz e o genro do Presidente do Tribunal de Justiça. O juiz permanece em cativeiro e o genro já teria sido liberado pelo crime organizado.

     Na verdade, como Líder do PSDB e em nome de toda a Bancada tucana, hipoteco ao ilustre Governador a mais absoluta solidariedade, do mesmo modo que insto o Ministro da Justiça a ser bastante enérgico e expedito na busca da solução. Isso tem que ser deslindado, até porque - e vou ser bastante franco - há quem suspeite, em Alagoas, de algo parecido com uma tentativa de desestabilizar politicamente o Governador. Um Governador que vem moralizando, que vem enxugando despesas, que vem ferindo interesses, que vem procurando efetivamente consertar as finanças combalidas do Estado que o elegeu - até o elegeu por isso - é a cara da esperança, e ele tem que corresponder a isso. E, por outro lado, esses interesses todos podem estar num conluio que deve ser, sim, motivo de preocupação do Governo Federal, por intermédio do Ministério da Justiça.

     Então, de um lado, a solidariedade do PSDB, pelo seu Líder, ao Governador Teotonio Vilela, que é um dos mais ilustres membros do nosso Partido, ex-Presidente que é inclusive, e, de outro lado, a responsabilização que fazemos também do Governo Federal, para que entre com alma nisso, porque se deve apoiar - e não cruzar os braços diante dele - um Governador que enfrenta todos os interesses antigos, arcaicos e esclerosados, para fazer o melhor - seus quatro anos vão mostrar - pelo povo do Estado que o elegeu.

     Muito obrigado, Sr. Presidente.