O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Gilvam Borges, Ralph Waldo Emerson, filósofo norte-americano, diz que toda pessoa que ele vê é superior a ele em determinado assunto. Nesse particular, procuro aprender. E tenho aprendido muito com V. Exª, mas, quanto ao que disse V. Exª, digo-lhe que minha formação de médico e de professor em Biologia e em Fisiologia dá-me o direito de fazê-lo entender o que é uma reflexão de audição. Eu estava, atentamente, ouvindo este tribuno ímpar da nossa história, que é Pedro Simon. Ouvimos com os olhos, com o ouvido, com o coração e com a mente, alternadamente, para refletirmos.

     Já tive o prazer de ouvir os melhores discursos dos 180 anos deste Congresso, que estão publicados em CD. Aliás, está lá o de Pedro Simon, quando homenageia Tancredo Neves; também o de Afonso Arinos; o do Padre Gondim, relembrando a morte de Kennedy; o de Roberto Campos, com seu tratado - ninguém escreveu tão bem sobre a história, sobre o planejamento e o futuro deste País -, e ele reconhece, em seu livro A Lanterna na Popa, que não foi mais longe porque não era bom orador, como o é nosso Pedro Simon, melhor orador da História do Brasil.

     Portanto, Senador Gilvam Borges, peço a V. Exª, que preside a sessão, que junte o pronunciamento feito pelo nosso querido e imortal Darcy Ribeiro que deu origem ao livro Formação do Povo Brasileiro - é nossa história, é nosso passado, é a história contada da época dos índios, dos africanos e dos portugueses até os dias de hoje; é o Brasil de hoje e o do futuro - com o extraordinário pronunciamento de Pedro Simon. Juntando ambos, creio que teremos uma das mais importantes publicações da história do Senado.

     Era essa minha contribuição. Sr. Presidente, de maneira alguma, eu estava cochilando. Pelo contrário, eu ouvia, atentamente, o Senador Pedro Simon. Eu estava, sim, meditando, tentando acompanhar a inteligência de Pedro Simon, oferecendo-nos, de maneira rápida e sintética, a complexa história da globalização e do mundo atual, de incluídos e de excluídos. S. Exª se pautava em um sentido maior, no sentido de levarmos os brasileiros e a humanidade ao que desejamos: à felicidade.