Discurso durante a 58ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Esclarecimentos sobre dados divulgados pela mídia televisiva a respeito de pontos de dúvida no projeto das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. Homenagem pelo transcurso dos 34 anos da Embrapa, hoje, 26 de abril.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IMPRENSA. POLITICA ENERGETICA. HOMENAGEM.:
  • Esclarecimentos sobre dados divulgados pela mídia televisiva a respeito de pontos de dúvida no projeto das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. Homenagem pelo transcurso dos 34 anos da Embrapa, hoje, 26 de abril.
Publicação
Publicação no DSF de 27/04/2007 - Página 11837
Assunto
Outros > IMPRENSA. POLITICA ENERGETICA. HOMENAGEM.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, NOTICIA FALSA, PROGRAMA, EMISSORA, TELEVISÃO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), CRITICA, IRREGULARIDADE, PROJETO, CONSTRUÇÃO, USINA HIDROELETRICA, ESTADO DE RONDONIA (RO).
  • REGISTRO, ANTERIORIDADE, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, VEJA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), COMENTARIO, CUMPRIMENTO, GOVERNO, ORIENTAÇÃO, DIRETRIZ, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), IMPLEMENTAÇÃO, USINA.
  • ESCLARECIMENTOS, TECNOLOGIA, CONSTRUÇÃO, USINA HIDROELETRICA, ECLUSA, ESTADO DE RONDONIA (RO), CONTENÇÃO, IMPACTO AMBIENTAL, POSSIBILIDADE, ORIGEM, HIDROVIA.
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), IMPORTANCIA, PRODUÇÃO, TECNOLOGIA, SERVIÇO, GARANTIA, LUCRO, PRESERVAÇÃO, RECURSOS NATURAIS, REDUÇÃO, DESIGUALDADE REGIONAL.

            O SR. VALDIR RAUPP (PSDB - RO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho à esta tribuna para esclarecer alguns dados apresentados pela comentarista Mirian Leitão no programa Bom Dia Brasil, da TV Globo.

A jornalista disse, entre outras coisas, que técnicos do Ibama afirmam que “encontraram vários pontos de dúvida no projeto das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia”.

A jornalista citou ainda que “há ameaça de inundação de uma área muito maior do que a que tinha sido prevista no estudo de impacto ambiental feita pela Odebrecht e Furnas”.

Eu gostaria de ressaltar, também, que as usinas do Madeira não causam riscos para a Amazônia e nem para a população. E não é um projeto caro, como a experiente comentarista avaliou.

Há pouco tempo, daqui mesmo desta tribuna, eu destaquei que todos nós conhecemos o rigor e a competência de nosso órgão de licenciamento ambiental, o Ibama, que tem acompanhado de perto todo o projeto de construção das hidrelétricas.

Em outro discurso nesta tribuna, eu citei reportagem da Veja do dia 4 deste mês, em que a mais importante revista semanal do país afirma: “A construção das três hidrelétricas mencionadas obedece a diretrizes ambientais muita mais rígidas e muito mais abrangentes do que as diretrizes adotadas no passado”.

Reafirmo ainda Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que as novas tecnologias que serão empregadas na construção das hidrelétricas do Rio Madeira garantem que o impacto no meio ambiente será mínimo, especialmente se comparando aos estragos causados no passado por usinas como Balbina e Tucuruí.

Vale lembrar ainda que as três hidrelétricas, juntas, produzirão mais de 17 mil megawatts de energia que, somada à produção atual, será suficiente para apoiar taxas de crescimento superiores a 5% ao ano.

Conforme já disse aqui, nas usinas do Rio Madeira a diferença de nível acima e abaixo das represas será de apenas 15 metros, e as margens do rio, no período da cheia, avançarão apenas 500 metros além do nível das águas.

Repito: além da reduzida área inundada, eventuais danos causados à flora e à fauna serão minimizados ainda mais com diversas medidas previstas no projeto, como a criação de canais laterais para viabilizar a migração dos peixes rio acima e a retirada progressiva das árvores localizadas na área que será alagada, evitando a formação de gases de efeito estufa e permitindo que os animais que habitam o local se retirem a tempo para uma área segura.

Além da geração de energia, emprego e renda, o complexo do Rio Madeira prevê, ainda, a construção de eclusas nos pontos de desnível lançando as bases para o surgimento de uma hidrovia que, no futuro, pode chegar a ter mais de 4 mil quilômetros de águas navegáveis.

Portanto, Sr. Presidente, as hidrelétricas do Rio Madeira não são tão caras assim como diz a imprensa e nem prejudicial ao meio ambiente como prevê algumas pessoas.

Elas são na verdade, fundamentais, incontestáveis e importantes para Rondônia e para o Brasil.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o segundo assunto é para dizer que hoje, dia 26 de abril, a EMBRAPA está completando 34 anos de excelentes serviços prestados ao Brasil.

Em apenas uma década as tecnologias, produtos e serviços gerados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) geraram um lucro social nominal acumulado de R$88 bilhões à sociedade brasileira. Esta é uma das boas notícias que pode ser conferida na edição comemorativa aos 10 anos do Balanço Social, publicação que chega a 2007 cumprindo o papel de informar a administradores, legisladores e sociedade a contribuição que os mais de 8 mil empregados da Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) têm dado ao desenvolvimento socioeconômico brasileiro e ao agronegócio do Brasil.

Nesta 10ª edição, o documento traz também o lucro social do ano passado, estimado em R$14.094.280.837,53 - em 2005, o valor registrado foi de R$12.955.643.778,07.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em pronunciamento com a presença do Vice-Presidente da República e muitas outras autoridades, o Dr. Sílvio Crestana, Diretor Presidente da Embrapa enfatizou que a Agricultura Tropical vive hoje uma fase de consolidação, de refinamento de seus processos, de seus mecanismos e de suas políticas, em busca de ganhos qualitativos que resultem em maior sustentabilidade ambiental, sintetizada na meta de conservar os recursos naturais que nos foram doados, e de eqüidade social, expressa em distribuição mais justa de suas riquezas e na mitigação das grandes diferenças regionais ainda existentes, e assim ajudar o Brasil a exercer papel cada vez mais decisivo nos grandes desafios mundiais. De novo, há um chamamento histórico para os profissionais da inovação do negócio agrícola.

Um Brasil de futuro. Esse é o nosso negócio. O epíteto que nos inspira a partir desse ano, na verdade, traduz com justiça toda a história de vida da Embrapa, que celebramos nessa noite. Sonhar e construir o futuro do Brasil sempre foi o nosso negócio. Tudo o que acontece hoje foi sonhado há muito tempo atrás, desejado e construído, passo a passo, não apenas nesses 34 anos da Embrapa, mas ao longo de toda a história dos institutos de pesquisa estaduais e federais que nos antecederam.

Quero, portanto, parabenizar a Embrapa pelos seus 34 anos, reconhecendo estar falando de uma das organizações mais comprometidas com o Desenvolvimento do Agronegócio Brasileiro.

Muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/04/2007 - Página 11837