O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, justa a homenagem que a Câmara dos Deputados prestou, no dia 15 de maio, à Rádio Guaíba de Porto Alegre, por ocasião dos cinqüenta anos de existência dessa maravilhosa emissora, que, assim como o rio de nome homônimo, é um símbolo nas paragens verdejantes das serras e dos pampas gaúchos.

Quando se fala sobre a grandeza dessa emissora tradicional na vida do povo rio-grandense, corre-se invariavelmente o risco de cair no lugar comum, porque todos que conhecem um pouco da vida cotidiana de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul sabem do papel fundamental da Rádio Guaíba, não só como difusora de notícias, mas, também, como guardiã da cultura.

Como manda a tradição gaúcha, a Rádio Guaíba seguiu firme, forte e altaneira desde o momento em que foi colocada no ar, pela primeira vez, a programação regular. No dia 20 de abril de 1957, o locutor Aden Rossi anunciou emocionado o início das transmissões da ZYU - 58.

A Rádio Guaíba foi um sonho materializado com carinho e cuidado. O diretor técnico, o engenheiro Carlos Simon, trabalhou na montagem dos transmissores, fabricados no Brasil e preparados para levar com clareza aos ouvintes a nova voz, símbolo do Rio Grande do Sul. Foram quatro anos de labuta incessante desde que foi contratado em 1953 para montar as antenas e os equipamentos.

Naquele final da década de cinqüenta, mais precisamente, em 30 de abril de 1957, data oficial da inauguração, tudo já tinha sido testado para colocar no ar a nova transmissora, de acordo com os planos de Arlindo Pasqualini, Diretor Técnico, e Breno Caldas, proprietário do Correio do Povo, homens voltados para o ideal de criar uma nova rádio, marcada pela qualidade, credibilidade e independência.

Esse foi o tom do discurso solene, proferido no Teatro Guaíba. Nem mesmo o tempo frio foi capaz de impedir o povo de lotar as dependências e sentir que, a partir daquele momento, passava a contar com um veículo de comunicação voltado para o bem comum e a justeza, uma voz a serviço do Rio Grande, como comentou Pasqualini.

Naquela época a maioria das rádios fazia de tudo um pouco, mas a Guaíba tinha um propósito definido pela diretoria: transmitir notícias, esportes, músicas e programas culturais de bom gosto, com qualidade sonora para chegar clara, alta e em bom tom aos ouvidos do povo pampiano. Nascia não uma nova emissora de rádio, mas um novo padrão, o padrão Guaíba.

A Rádio Guaíba surge como uma alternativa de extrema importância para a cultura e a educação rio-grandenses. A Rádio Guaíba surge como uma alternativa para dar vazão aos desejos do povo, ansioso por notícias de qualidade, ávido por ouvir as novas de todo o Brasil e do mundo.

A Guaíba, Srªs e Srs. Senadores, vem para oferecer ao público uma perspectiva de análise mais ampla da vida do Rio Grande e do País. Nasce vigorosa, para fazer história.

A transmissão da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, em que o Brasil alcançou o título de Campeão, marcou em definitivo os primeiros anos de história da transmissora, porque o povo gaúcho se reunia em torno do rádio e de um belo churrasco para ouvir os jogos e a efusiva celebração de gol, a marca registrada dos locutores.

Ao longo desses cinqüenta anos, a emissora acompanhou, par e passo, todos os episódios da história brasileira, com afinco, dedicação e independência de seus locutores e jornalistas. Nem mesmo o fenômeno da televisão foi capaz de retirar o brilho da voz da Guaíba, que continua a chegar aos gaúchos das grandes cidades e aos gaudérios dos rincões rio-grandenses.

Decerto, Sr. Presidente, Porto Alegre, o Rio Grande do Sul e o Brasil não seriam os mesmos, sem a Rádio Guaíba, esse pilar da radiodifusão, referência para a formação profissional de gerações e gerações de locutores e radialistas.

Parabéns a todo corpo técnico e profissional da Rádio Guaíba!

Parabéns ao povo porto-alegrense!

Parabéns ao povo gaúcho!

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o segundo assunto é para registrar a matéria intitulada “Um ano após CPI, governo ignora mensalão”, publicada pelo Jornal Folha de S.Paulo, em sua edição de 4 de abril de 2007.

A matéria destaca que ao concluir as investigações, a CPI dos Correios, que apurou o escândalo da compra de parlamentares da base aliada pelo governo Lula, fez solicitações a 14 autoridades, que ainda não tomaram providências.

Sr. Presidente, solicito que a matéria citada seja considerada parte deste pronunciamento, para que passe a constar dos Anais do Senado Federal.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR MARCONI PERILLO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“Um ano após CPI, governo ignora mensalão.”