Discurso durante a 65ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem póstuma aos três piauienses falecidos no fim de semana.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem póstuma aos três piauienses falecidos no fim de semana.
Publicação
Publicação no DSF de 09/05/2007 - Página 13706
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, SACERDOTE, RADIALISTA, EX GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI), ELOGIO, VIDA PUBLICA.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Papaléo Paes, eu estava inscrito, mas o Senador Heráclito Fortes, com muita eficiência, já apresentou as mesmas intenções.

            Assim como fez S. Exª, quero novamente registrar o falecimento do jornalista de Picos; do Monsenhor Chaves, que, para nós, é uma figura extraordinária, um santo que o Piauí apresenta, tendo feito a melhor obra sobre a história do Piauí, visto que era um historiador; e do ex-Governador Djalma Veloso, que, vamos dizer, foi o mais leal aliado de Petrônio Portella.

            Foi vice-governador do Senador Dirceu Mendes Arcoverde, que tombou nesta tribuna no primeiro discurso defendendo a saúde brasileira. Djalma Veloso, então, como seu vice-governador, assumiu, sendo uma figura muito importante. Ele foi, depois, Secretário de Estado, membro do Tribunal de Contas e um político extraordinário, daqueles que muito nos ensinaram.

            O Senador Heráclito Fortes está aí, e eu lembraria um ensinamento de Djalma Veloso para todos nós que somos políticos. Lembro-me de que, quando ele exercia o cargo de governador, eu estava em Parnaíba, no litoral do Piauí, Senador Papaléo Paes, na Capitania dos Portos, havia uma festividade militar à qual compareceram autoridades da Marinha, da Aeronáutica e do Exército. Ele era governador, e eu estava naquela recepção, no banquete. De repente, quando eu vi, ele estava ao meu lado. Djalma era aquela sabedoria política. Ele era o mais leal amigo de Petrônio Portella. Então, eu até titubeei, porque me encontrava diante de tantas autoridades militares de Belém e de Recife, no período revolucionário. Eu perguntei: “Mas o teu lugar não é ali?” Ele disse: “Não...”. Ele falou brincando, com aquele jeito jocoso que nós, que somos políticos, Senador Gilvam Borges, conhecemos: “Não. Aqueles são autoridades, mas os títulos deles estão em Recife e em Belém. Eu quero estar é a seu lado; eu preciso mais dos seus votos“. Ele, assim, mostrou que a base é fundamental. Portanto, ele foi desses políticos.

            E estamos também aqui pranteando - eu e o Senador Heráclito Fortes - o jornalista extraordinário de Picos e o Padre, que teve uma expressiva longevidade. A esse respeito, Senador Gilvam Borges, está no Livro de Deus: “Deus permite àqueles seus escolhidos uma longa vida e que, por todos os dias de sua vida, vivam a sua profissão”.

            Ele foi um líder religioso e um homem culto.

            Então, o Piauí, hoje, se empobrece com essas perdas. E associo-me, como sempre, ao Senador Heráclito Fortes na iniciativa de apresentar esse requerimento de inserção em Ata de voto de pesar. É dia de tristeza para o Piauí.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/05/2007 - Página 13706