Discurso durante a 65ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre projeto de lei da Câmara dos Deputados de 2003 que determina a reforma tributária.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL. REFORMA TRIBUTARIA.:
  • Considerações sobre projeto de lei da Câmara dos Deputados de 2003 que determina a reforma tributária.
Publicação
Publicação no DSF de 09/05/2007 - Página 13734
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL. REFORMA TRIBUTARIA.
Indexação
  • REGISTRO, ANTERIORIDADE, ORADOR, QUALIDADE, RELATOR, PROJETO DE LEI, REFORMA TRIBUTARIA, APROVAÇÃO, EMENDA, AUMENTO, RECURSOS, FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICIPIOS (FPM), TRANSFORMAÇÃO, FUNDO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL, FUNDOS, FINANCIAMENTO, INFRAESTRUTURA, REGIÃO, POBREZA, CRITICA, CAMARA DOS DEPUTADOS, DEMORA, APRECIAÇÃO, PROJETO.
  • NECESSIDADE, LEGISLATIVO, ELABORAÇÃO, RENOVAÇÃO, REFORMA TRIBUTARIA, JUSTIÇA, DISTRIBUIÇÃO, RECURSOS, ESTADOS, MUNICIPIOS.

            O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, primeiro quero corroborar as palavras do Senador César Borges quando diz ser necessária uma reforma tributária - nós a fizemos aqui em parte, no final de 2003, quando, inclusive, fui relator da reforma tributária.

            Com aquela reforma tributária, que foi encaminhada à Câmara, conseguimos alguns ganhos importantes. Um deles foi a emenda que eu fiz destinando mais 1% do IPI para as prefeituras. Isso foi negociado, inclusive, com o Ministro Antonio Palocci. Além disso, transformamos o Fundo de Desenvolvimento Regional de empréstimos em recursos a fundo perdido, para infra-estrutura nas regiões mais pobres. São duas questões importantes que empacaram na Câmara dos Deputados infelizmente. Isso já faz quatro anos.

            A posição do Governo - e conversei esta semana com o Presidente Lula sobre isso - é a de que se vote efetivamente o 1%. O Ministério da Fazenda tinha levantado a questão do impacto orçamentário, a questão da falta de previsão no Orçamento deste ano. Essa decisão, a cada mês, representa R$150 milhões de despesas para o Governo Federal, mas o Presidente Lula determinou que se procurassem formas de resolver essa questão. O Presidente Lula quer atender os prefeitos, comprometeu-se com eles. É importante que se fortaleçam esses recursos para os prefeitos.

            Isso, porém, não vai resolver o problema da falta de recursos para as prefeituras. O que temos de fazer, na verdade, é uma nova reforma tributária e partilhar todas as receitas. Não foi o atual o Governo nem o Governo passado que criou as contribuições. Ao contrário: isso vem do sistema tributário, que foi descobrindo que não precisava partilhar contribuições com estados e municípios, foi uma sabedoria da área de arrecadação federal. Na nova reforma tributária, sem dúvida alguma, esse problema tem de ser sanado.

            Os prefeitos e os governadores não podem ficar à mercê da oscilação tributária do Imposto de Renda por exemplo, da sazonalidade do Imposto de Renda. Tem de haver a partilha de todos os recursos, e nós defendemos a mesma idéia.

            Portanto, quero comunicar à Casa que nós estamos trabalhando para que seja votado o 1%. O Líder José Múcio ficou de votar essa matéria na Câmara dos Deputados em dez dias, o Governo está procurando fórmulas para resolver as dificuldades, e tenho certeza de que vai encontrar formas para que as prefeituras possas ser atendidas rapidamente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/05/2007 - Página 13734