Discurso durante a 79ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Lamento pela turbulência que vem sofrendo a democracia brasileira e apelo no sentido de que o Senado não permita que o País vire uma "cleptocracia".

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DEMOCRATICO.:
  • Lamento pela turbulência que vem sofrendo a democracia brasileira e apelo no sentido de que o Senado não permita que o País vire uma "cleptocracia".
Publicação
Publicação no DSF de 29/05/2007 - Página 16692
Assunto
Outros > ESTADO DEMOCRATICO.
Indexação
  • ANALISE, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, CORRUPÇÃO, BRASIL, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DO PIAUI (PI), REGISTRO, HISTORIA, GARANTIA, DEMOCRACIA, ELOGIO, GESTÃO, GETULIO VARGAS, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • NECESSIDADE, APERFEIÇOAMENTO, DEMOCRACIA, PREVENÇÃO, CORRUPÇÃO, REGISTRO, HISTORIA, DIVISÃO, PODERES CONSTITUCIONAIS.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Gerson Camata, que preside esta sessão de segunda-feira, 28 de maio, Senadoras e Senadores presentes na Casa, brasileiras e brasileiros, que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado Federal, Senador Dornelles, V. Exª simboliza experiência, que é a mestra da sabedoria.

            Vou citar outro como V. Exª, que foi médico como eu, cirurgião de santa casa de misericórdia. Camata, não sei se em Vitória, no Espírito Santo, tem santa casa.

            Pois é! Passagem na vida militar. Sou oficial da reserva, fiz CPOR. Juscelino foi, naquele tempo, oficial da Polícia Militar de seu Estado. Esteve, Senador Camata, em Passa Quatro. Foi daí que cresceu. Cresceu justamente porque Benedito Valadares era interventor de Minas lá em Passa Quatro. Era dentista. Juscelino era sorridente, simpático. E vou dizer por que para todos que estão perplexos com o País. Sempre disse que reconheço a superioridade de Dornelles nos assuntos econômicos. Quero dizer que sou autoridade em Medicina, Psicologia e Neurolingüística. Ô Camata, a Neurolingüística estabelece a existência de um modelo. V. Exª deve buscar um modelo. Não sei qual é o modelo político de V. Exª para ter acertado tanto na sua vida política.

            Juscelino foi o modelo que busquei, pela semelhança. S. Exª foi Prefeito, Governador. Foi até cassado e humilhado aqui. Disse uma frase que procuro viver: “É melhor ser otimista. O otimista pode errar. O pessimista já nasce errado, e continua errando”.

            Então, como há essa turbulência da qual não posso fugir, pois estaria fugindo a minha origem, ao meu estilo de não me omitir, estaria negando, ó Heráclito, o Hino do Piauí: “Piauí, terra querida, filha do sol do Equador, pertencem-te nossa vida, nosso sonho, nosso amor!”. Na luta, o teu filho é o primeiro que chega. Esse é o nosso hino; de Costa e Silva, o poeta. E assim fomos os primeiros, numa batalha sangrenta, a expulsar os portugueses. Batalha de Jenipapo, 13 de março de 1823. Camata, os baianos, ô Papaléo, fizeram, mas foi em julho, a nossa foi antes.

            Papaléo, aprendi com Juscelino e vendo as coisas. Acredito em Deus, acredito no amor, acredito no estudo, acredito no trabalho. Olha, a sabedoria oriental diz que a diversidade é uma benção disfarçada. Nós vivemos um momento, ô Dornelles, em que há diversidade na democracia. O Papaléo está aí. Ele estudou muito. De medicina interna, ele sabe mais do eu. É cardiologista. Ele sabe que existe cleptomania; nós estudamos isso. Há pessoas com essa enfermidade. Outro dia, apareceu um líder judeu, que, sem necessidade, gosta...

            E, quando vejo a democracia, a nossa, feita pelo povo... O povo insatisfeito com a forma de governo. Ô Camata, os reis dominavam, houve outros, mas esses dominavam. Por quê? Porque o rei era um deus na Terra; Deus era um rei no céu. Mas o povo quis mudar essa situação. Foi às ruas e gritou: “Liberdade, igualdade e fraternidade”.

            Abraham Lincoln definiu um modelo neurolingüístico para o povo norte-americano: “Governo do povo, pelo povo e para o povo”. Então, o povo tem que expressar gratidão a ele, que enfrentou a escravatura, não fugindo de nenhuma guerra. Nós também não podemos, Papaléo, fugir a essa turbulência.

            Ô Camata, eu o admiro muito. Sabe por quê? Porque, nessa epidemia, o seu Estado precisa de muita vacina, soro anticleptomania, e V. Exª tem passado imune. O meu Piauí está pior: hoje é o campeão da corrupção, da desmoralização. Nesses relatórios, o Governador aparece 17 vezes. Há um outro que aparece também (HNI), que dizem que é o vice, e ele mete um Senador. Temos que esclarecer que Senador é, porque eu sou do Piauí, o Heráclito é do Piauí... O Sibá também é do Piauí e este outro que chegou agora, o Claudino. Temos que saber quem é que estava com essa empresa, que foi buscar um nome de inspiração budista, que leva o tal caminho das virtudes ao nirvana, à felicidade. Mas temos que saber, porque também vocês estão ali, todos os Senadores - lógico que os mais suspeitos somos nós, do Piauí. E não quero deixar essa herança para os meus filhos.

            Então, Camata, essa democracia pela qual lutamos surgiu 100 anos depois. Aqui, fomos retardatários, porque, 100 anos depois do grito lá, o nosso rei disse: “Filho, ponha a coroa na cabeça antes que um aventureiro a coloque”. O aventureiro era Simon Bolívar que andava por aí libertando, El Libertador, que havia estudado na Europa. A democracia aqui surgiu 100 anos depois. Mas temos que defendê-lo.

            Ô Dornelles e Cafeteira, superamos outros. Na França mesmo, quanta confusão! Rolaram cabeças, até dos que lideraram. Rolaram cabeças.

            Nós, não. Rui Barbosa fez a primeira advertência, Cafeteira! Quando a um militar se seguiu outro - Deodoro e Floriano - e quiseram um terceiro, Rui disse: “Estou fora!” Não é o regime da “militarcracia”. “Vou fazer a campanha cívica!”. Então, foram corromper Rui, Cafeteira! Ô Dornelles! Foi quando ele disse: “Não troco as trouxas de minhas convicções por um ministério”. Aí enfrentou...

            A democracia foi se ajeitando.

            Depois tivemos outro período de exceção. Graças a Deus - e é por isso que dizem que Deus é brasileiro -, o ditador era um homem bom, honesto e honrado.

            Papaléo, depois de 15 anos - PT, aprenda! - Camata, ele saiu do governo e não tinha uma geladeira a querosene! Ele deve ter tido, Camata... E vou citar isto, mas não é por vaidade: o meu avô foi empresário grande mesmo, teve dois navios e, só naquela época, meu avô tinha três dessas geladeiras. E Getúlio, nenhuma! É muita dignidade, muita honradez! Não precisamos buscar modelos, Luiz Inácio Lula da Silva. Está aqui um modelo de honestidade.

            Camata, quando ele saiu, em São Borja, não havia luz. Ô Cafeteira, hoje é a maior imoralidade: se você tem uma fazenda, a primeira coisa que colocam é luz, é estrada, é água, é petróleo.

            Getúlio não tinha energia; não havia energia lá. E ele não quis receber, não. Ele era assim como o Camata, todo constrangido: “Não, não fica bem”. Então, um amigo se aproximou, um Papaléo daquela época, e disse: “Rapaz, não estão dando? Aceite”. Ele aceitou e depois disse: “Sabe que eu gostei? Eu tomo sorvete à noite”. Essa é a pureza do que foi este País. Ele foi muito bom.

            É a história. E nós não escolhemos o momento para viver a história. O Camata tem enfrentado confusão em seu Estado. e é porque o nome é Espírito Santo. Do contrário, o que seria de lá? De Vitória? Viver é viver Vitória.

            Getúlio Vargas enfrentou três guerras. Para entrar, veio essa de São Paulo, que eu entrei - o Juscelino estava lá. Por isto que o Juscelino foi grande: porque era simpático. E depois Getúlio enfrentou a última Guerra Mundial. Então, foi meio conturbado.

            Recordo aquela música que fez sucesso no Carnaval carioca: “Bota um retrato do velhinho. O sorriso do velhinho nos motiva”.

            Então, esse era o Getúlio. Depois, voltou a democracia. Enfrentamos o período militar.

            Camata, vim aqui na sexta-feira. O Wellington Salgado fez uma pergunta ao mais virtuoso de todos os Senadores da história: Pedro Simon.

            Cristo foi imitado por Francisco de Assis, o santo, e Pedro Simon imita São Francisco. Então, o Wellington Salgado, querendo pôr em dificuldade o nosso Senador Pedro Simon, indagou-lhe na sexta-feira se, quando Pedro Simon tinha a idade dele - 49 anos - o Brasil estava pior ou melhor”. Pedro Simon deu a resposta histórica desta Casa ao País. Ele disse que o País era bem pior. É um homem de verdade! Mas é porque, na ditadura, nós trabalhamos. V. Exª estava aqui e eu estava lá, lutando no Piauí, enfrentando-os. Mas ele disse que alguns não quiseram nem colocar o MDB, para caracterizar logo a ditadura. Aí houve alguns que queriam, para fazer guerrilha, subversão. Ele disse “não”, foi ao Rio Grande do Sul e fez as metas, a redemocratização, eleição direta, anistia, liberdade de imprensa. Pedro Simon respondeu: “Olha, de uma coisa eu tenho certeza: a corrupção não era tão grande não. Está muito maior”. Essa é a história do testemunho.

            Nós estamos fazendo, Dorneles, essa história aqui. Mas, como eu disse, sou otimista. A adversidade é uma bênção. Esta Casa passou por essas situações. Rui Barbosa, em 32 anos, enfrentou todas elas. Este Senado recebeu flores quando Rui fez a Lei para a Princesa Isabel assinar, a da libertação dos escravos. Se não fosse aquilo, não estava o Paim cantando a todos nós e representando o povo brasileiro.

            Então, este Senado tem sabido e saberá porque tem orientação divina.

            Camata, o líder maior escolhido por Deus, Moisés, demorou 40 anos para libertar seu povo e recebeu as leis, demonstrando que lei é inspiração de Deus, mas o povo não quis obedecê-las. Está na lei de Deus: “não roubar”.

            Está lá, Camata, começou aí. Eu e o Papaléo damos valor à etiologia, à origem das coisas.

            As primeiras leis foram essas. Moisés quebrou as tábuas porque o povo se corrompia ao adorar os deuses, o dinheiro e os bezerros de ouro. Ele quis desistir, mas ouviu a voz determinando que buscasse os mais velhos e os mais sábios, porque o ajudariam a carregar o fardo do povo. E Moisés foi buscar os mais experientes, nascendo a idéia de Senado, melhorado na Grécia, melhorado na Itália, melhorado na França, onde rolaram as cabeças, melhorado aqui com Rui Barbosa e com extraordinários, bons e maravilhosos Senadores que construíram esta democracia. Quase a metade de todos os Presidentes passou pelo Senado da República. Pedro II dizia que, se ele não fosse Imperador, queria ser Senador.

            Então é isso que vivemos. O País espera, na tradição bíblica, histórica, na tradição dos que nos antecederam. Porque não podemos, Camata... Eu o admiro, porque V. Exª tem austeridade. Admiro tanto V. Exª que foi a primeira eleição de que fugi na minha vida. Nunca abri mão de uma eleição. Já ganhei eleição, já perdi eleição, Cafeteira, mas nunca perdi a dignidade ou a vergonha. Entendeu? Eu queria o seu cargo - posso confessar os meus desejos, que são puros e simples. Quando vi Camata, fui seu eleitor, por dívida e gratidão. Governava o Piauí, mas o governo não era nosso, era do PSDB. Outros Senadores pensavam baixo e queriam impedir o Piauí de receber o Prodetur. Quem defendeu foi S. Exª. Suplicy também, por quem tenho carinho. Eu jamais poderia disputar. Eu tinha de ser seu eleitor e votei bem.

            Uma coisa eu digo, Camata: não vamos permitir, Cafeteira, não vamos!

            Padre Antônio Vieira, que V. Exª representa aqui, porque demorou muito no Maranhão, disse: “Palavras sem exemplo são tiro sem bala”. O exemplo arrasta. Nós precisamos de exemplos. Camata, não podemos, ô Dornelles, não vamos deixar...

            Quis Deus entrar neste plenário um dos mais vocacionados políticos. Permita-me saudá-lo, dizendo que todo o mundo admira o Presidente Luiz Inácio, que foi um operário que saiu do Nordeste e chegou à Presidência da República. Está aqui um homem que foi garçom. Antes de conhecê-lo, fui à cidade dele para buscar uma empresa multinacional para desenvolver a soja no Piauí, a Ceval. Eu estava nos bares e os garçons vinham até mim, perguntando: “O senhor conhece Leonel Pavan? Ele era um dos nossos. Saiu garçom, foi três vezes Prefeito e um dos mais extraordinários Senadores”. Ele está aí. Aliás, V. Exª, para mim, é o melhor nome do Partido do Senador Papaléo Paes. Ele veio adentrando.

            Mas quero apenas dizer, Camata: V. Exª está muito bem aí. É a transformação da democracia. Quanto sacrifício! Quanta luta de 1789, de aperfeiçoamento nas medidas dos Poderes! Transformar, Camata. Ô Papaléo Paes, é uma “cleptocracia”, entendeu? Nós não podemos. Acredito que esse negócio de julgamento seja complicado.

            Ô Camata, o mundo todo vive a influência de um julgamento errado. Sócrates, quase 500 antes de Cristo, perdeu a opinião pública porque foi o primeiro anticristo a dizer que esse negócio de muitos deuses estava errado; que deus devia ser só um. Ele foi acusado por tentar explicar as coisas, por tentar explicar que o sol não era deus, que a lua não era deus, que o bem é indestrutível, que a verdade tem que ser buscada. Antes de Cristo, ele foi acusado pelos invejosos de corromper. E por quê? Simplesmente pelo seguinte: filosofia é o estudo da sabedoria.

            Lá na Grécia, que eu não conheço - mas eu gostaria que o Heráclito me arrumasse uma viagem, ele, que é presidente da Secretaria de Relações Externas - há um oráculo de Delphos. E os apaixonados - como há os apaixonados por Camata - foram lá, rezaram e disseram que o oráculo respondeu à pergunta feita sobre qual o homem mais sábio. Era Socrátes. E Sócrates - não foi ele, pelo contrário - dizia: “sei que nada sei”.

            Então, Camata, ele quis provar que não era esse sábio. Aí, Sócrates - atentai bem, Dornelles - foi conversar com os políticos, que eram os maiorais. Ele viu que os políticos não eram mais sábios que ele - estavam como no Brasil hoje. E ele saiu decepcionado. Humildade de Sócrates. Para tirar esse fato da história, Delphos tinha dito o que ele era. Mas ele se decepcionou com o contato com os políticos. Depois, foi aos poetas para encontrar o mais sábio, mas também se decepcionou. Achava que os poetas escreviam belezas, mas que aquilo era um dom que Deus lhes deu, como os repentistas. Depois foi atrás do maior artesão e viu limitação. E, nesse desenrolar, os políticos invejosos, os artistas, os poderosos e os reis diziam que ele estava a corromper a juventude. Mas ele buscava provar que não era o mais sábio. Morreu dizendo: “sei que nada sei”. E ele perde o julgamento - eram mais de 500. Perde por pouco, um pouco mais de 20 votos. E os amigos dele estavam ouvindo, Platão, Aristóteles. Sócrates nunca escreveu, como Cristo que veio depois. Arrumaram até uma vaquinha para ele pagar uma multa, pois ele não tinha como fazê-lo. Corromper a polícia, deixar o portão aberto, como no Brasil, em que foge preso a três por quatro... É velha essa corrupção! Ele disse que não. Por quê? Atentai bem, Antonio Carlos! Ele disse: “Eu me curvo à lei e à justiça.

            Não posso sair como um bandido, um fugitivo, se aqui, onde vivi e preguei, não estão acreditando. Ninguém me acusa frontalmente. Como vou para outras cidades enfrentar? Então, submeto-me à lei e à Justiça”.

            E Rui Barbosa, encarnando isso tudo, tornando esta Pátria bendita, transmitiu esse sofrimento e julgamento de Sócrates. Antonio Carlos, ele lá diz que só há um caminho e uma salvação: a lei. Fora da lei, não há salvação.

            Neste Senado, nestes 181 anos, a dificuldade foi muita, mas ele tem a sua destinação histórica: aprimorar a democracia.

            Ô Camata, Montesquieu, para descaracterizar o rei, a primeira coisa que fez foi dividir o poder, para não ser absoluto. Não existia aquilo que se dizia, sintetizando em Luiz XIV: L’État c’est moi - sou tudo e todo-poderoso. Ele dividiu. Mas, ao longo desses anos, soubemos, pela sabedoria, pela experiência, pela dignidade, avançar nessa democracia.

            E acho, Dornelles, Senador do Piauí, que estamos muito vaidosos. Deveríamos buscar a humildade de Sócrates, que, sendo chamado de sábio, morreu, dizendo: “sei que nada sei”.

            E o Dornelles pode dizer: “é história velha!”. Mas Peter Drucker, o administrador e economista mais aceito no mundo hoje, diz que o líder do futuro será aquele mais indagador. Indagar é perguntar, e para perguntar é preciso ser humilde.

            Então, quero crer que o Senado da República do Brasil vai oferecer, nessa adversidade, uma democracia aprimorada. E digo, Francisco Dornelles, Montesquieu discorreu sobre a vaidade.

            Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário, Leonel Pavan, tudo isso é vaidade - eu acho. Temos que entender isso como instrumentos da democracia. Poder, a meu ver, Senador da República do Brasil pelo Piauí, é o povo. Poder é o povo que trabalha, é o povo que paga conta, é o povo que temos que respeitar. É o povo! Democracia é o governo do povo pelo povo e para o povo. Nós não podemos deixar a democracia, conquistada com muitas lutas, ser transformada em “cleptocracia”. Nós sabemos o que significa isso, Papaléo, nós estudamos a cleptomania.

                   Quero crer que, com a ajuda de Deus, com exemplos de homens como Rui Barbosa, em respeito ao povo brasileiro, vamos oferecer ao povo do Brasil uma democracia melhor do que a que encontramos.

            Eram essas as minhas palavras; palavras do Piauí, que, no seu hino, disse: “Na luta, seu filho é o primeiro que chega”.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/05/2007 - Página 16692