Discurso durante a 103ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Considerações sobre a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, aprovada pelo Senado em dezembro, dando impulso definitivo num dos setores mais importantes da economia.

Autor
Renan Calheiros (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AL)
Nome completo: José Renan Vasconcelos Calheiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA.:
  • Considerações sobre a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, aprovada pelo Senado em dezembro, dando impulso definitivo num dos setores mais importantes da economia.
Publicação
Publicação no DSF de 03/07/2007 - Página 21989
Assunto
Outros > MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA.
Indexação
  • IMPORTANCIA, IMPLEMENTAÇÃO, LEI GERAL, MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA, APROVAÇÃO, SENADO, INCENTIVO, SETOR, RELEVANCIA, ECONOMIA NACIONAL, EXPECTATIVA, AUMENTO, FORMALIZAÇÃO, EMPRESA, CRIAÇÃO, EMPREGO, RENDA, VIABILIDADE, DESENVOLVIMENTO, INTERIOR, PAIS, REDUÇÃO, DESIGUALDADE REGIONAL, PRIORIDADE, COMBATE, ECONOMIA INFORMAL, RESULTADO, BUROCRACIA, EXCESSO, CARGA, TRIBUTOS, PENALIDADE, EMPRESARIO.

O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, comemoramos, hoje, um dia especial. Depois de anos de discussão, a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, aprovada em dezembro passado pelo Senado, finalmente sai do papel.

E não é apenas a vida dos micro e pequenos empresários que a nova lei promete melhora - e melhorar de forma significativa, substancial. É a vida de boa parte dos brasileiros. É a economia do país inteiro que deve ser impulsionada de agora em diante.

Para milhares e milhares de micro e pequenas empresas, o novo sistema de tributação criado pela Lei Geral pode significar a diferença entre falir e se manter no mercado. Melhor ainda: pode ser a chave do crescimento para pequenos negócios atolados em dificuldades financeiras e dívidas tributárias.

A opção pelo Simples Nacional está aberta até o final de julho. Pelas contas do Sebrae - o Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas - sobram vantagens para quem aderir ao novo regime.

A economia com a unificação dos impostos federais, estaduais e municipais será em torno de 20 por cento para as empresas que já optam pelo Simples Federal e pode chegar a 50 por cento, dependendo do Estado em que a empresa estiver instalada.

A economia pode ser maior ainda - de até 80 por cento - no caso de empresas que não haviam aderido ao Simples Federal.

A Lei Geral ataca de frente um dos problemas mais sérios de nosso país, a informalidade, alimentada pela burocracia e pela carga tributária elevada, que penaliza, de forma brutal, nossas pequenas e micro empresas.

Nunca é demais lembrar que os micro e pequenos negócios representam nada mais nada menos que 99 por cento das empresas brasileiras. Geram 67 por cento de nosso Produto Interno Bruto.

Mais do que alívio financeiro, a redução de tributos vai permitir que os pequenos empresários façam caixa para investir no crescimento do próprio negócio.

As oportunidades também vão se multiplicar com a redução da burocracia.

Afinal, haverá uma enorme simplificação em todo o processo de declaração e pagamento de tributos, com um formulário único, que englobará impostos federais, estaduais e municipais.

Mais: com as novas regras, o tempo necessário para abertura de uma empresa deverá cair de 150 para 15 dias. E, no caso de licitações públicas, micro e pequenas empresas terão garantia de tratamento preferencial.

Isso quer dizer, Srªs e Srs. Senadores, que, ao aprovar a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, o Senado deu um impulso definitivo num dos setores mais importantes da economia.

Micro e pequenas empresas, antes empurradas para a informalidade, ganharam novo fôlego para competir no mercado.

A expectativa é que mais de um milhão de empresas sejam formalizadas com a Lei Geral. Isso significa mais emprego e mais renda no bolso dos brasileiros. Pelos cálculos do Sebrae, a nova lei vai permitir a criação de até três milhões de empregos.

Também não podemos esquecer o papel da micro e pequenas empresas no desenvolvimento do interior do país e na redução das desigualdades regionais.

Ao apostarmos nas micro e pequenas empresas, portanto, o Senado apostou no Brasil. Apostou no desenvolvimento econômico e na inclusão social.

Esse é o papel primeiro do Senado Federal. Esse é o papel que, tenho certeza, todos nós continuaremos a cumprir com total dedicação e responsabilidade.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/07/2007 - Página 21989