Discurso durante a 105ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração dos 70 anos de criação da União Nacional dos Estudantes - UNE, e homenagem ao Centro Popular de Cultura - CPC.

Autor
Inácio Arruda (PC DO B - Partido Comunista do Brasil/CE)
Nome completo: Inácio Francisco de Assis Nunes Arruda
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. MOVIMENTO ESTUDANTIL.:
  • Comemoração dos 70 anos de criação da União Nacional dos Estudantes - UNE, e homenagem ao Centro Popular de Cultura - CPC.
Publicação
Publicação no DSF de 05/07/2007 - Página 22252
Assunto
Outros > HOMENAGEM. MOVIMENTO ESTUDANTIL.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, DIRIGENTE, UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES (UNE), PRESIDENTE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC DO B), AUTORIDADE, ESTUDANTE, PRESENÇA, SESSÃO SOLENE, HOMENAGEM, ANIVERSARIO, MOVIMENTO ESTUDANTIL.
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES (UNE), OPORTUNIDADE, REGISTRO, HISTORIA, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, POLITICA NACIONAL, COMBATE, NAZISMO, FACISMO, DITADURA, ESTADO NOVO, REGIME MILITAR, DEFESA, SOBERANIA NACIONAL, CRIAÇÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), CONSOLIDAÇÃO, CENTRO DE ARTES, DIVULGAÇÃO, INCENTIVO, ATIVIDADE CULTURAL, FORMA, ENGAJAMENTO, SOCIEDADE, VALORIZAÇÃO, CULTURA, PAIS, REFORMA UNIVERSITARIA.
  • LEITURA, NOME, SAUDAÇÃO, PRESIDENTE, EX PRESIDENTE, UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES (UNE).

O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Srªs e Srs. Deputados, quero cumprimentar a nossa Mesa - e o faço em nome do Presidente da União Nacional dos Estudantes, Gustavo Petta - e nosso Ministro do Esporte.

Quero cumprimentar também o Presidente do PCdoB, presente à sessão, Renato Rabelo, que foi também dirigente da União Nacional dos Estudantes; senhoras e senhores; jovens universitários; estudantes secundaristas; lutadores do povo brasileiro que aqui estão; nossos ex-presidentes da União Nacional dos Estudantes que também participam deste ato, Aldo Arantes, Luciano Coberlini, Sepúlveda Pertence, figuras exemplares da luta do povo brasileiro;...

O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT - AC) - Senador Inácio Arruda, interrompo V. Exª para registrar, com muita honra, a presença do Ministro Sepúlveda Pertence, do Supremo Tribunal Federal. Estamos muito honrados com sua presença. (Palmas.)

O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE) - Ministro Sepúlveda, que ocupou a vice-presidência dessa valorosa organização democrática e popular do povo brasileiro; nosso companheiro Langone, que dirigiu essa nossa gloriosa União Nacional dos Estudantes, ex-presidente da UNE, Castro Alves, um dos maiores nomes da literatura brasileira, o poeta dos escravos, do povo e da liberdade, ao se dirigir à juventude em seu poema “O Século”, escrito em 1865, assegura:

“Toda noite - tem auroras,

Raios - toda a escuridão.

Moços, creiamos, não tarda

A aurora da redenção.”

Este mesmo espírito libertário estava presente quando, em 11 de agosto de 1937, foi fundada a gloriosa União Nacional dos Estudantes, a UNE, que congrega os estudantes universitários do nosso País, mas é o símbolo maior de todos os estudantes da nossa Pátria. É a gloriosa União Nacional dos Estudantes!

Hoje, 70 anos depois de sua fundação, a UNE recebe esta justa homenagem do Senado Federal, com a realização desta sessão solene, que se reveste de um grande significado para o povo brasileiro.

A UNE é uma das organizações mais antigas da história de nosso País. Nasceu na Segunda República, após várias experiências e tentativas de organizar os estudantes em uma entidade nacional. A história da UNE sempre esteve ligada à história de lutas do povo brasileiro, deixando sua marca em todos os grandes episódios sociais e políticos no Brasil.

A União Nacional dos Estudantes esteve presente em todas as lutas pela liberdade, pela democracia e pela defesa intransigente, mas conseqüente e responsável, dos interesses do País e de nosso povo. Não houve uma só luta por um Brasil livre e soberano em que a voz dos estudantes não tenha ecoado nas ruas, junto aos trabalhadores, intelectuais, artistas, homens e mulheres do campo e da cidade.

Relembro aqui parte de sua história. Em 1939, ainda recém-criada, com somente dois anos de existência, a determinação e a combatividade da UNE foram testadas pela primeira vez: o mundo era abalado pela Segunda Grande Guerra Mundial e o nazifascismo avançava. A União Nacional dos Estudantes foi uma das primeiras entidades no Brasil a se colocar na trincheira de lutas, organizando grandes atos contra o nazifascismo, realizando inúmeras passeatas que contribuíram significativamente para que o Governo de Getúlio Vargas se posicionasse contra os Países do Eixo durante o conflito. Foi no contexto dessa luta que a UNE realizou sua primeira grande façanha: os estudantes fecharam e ocuparam o clube Germânia, conhecido ponto de encontro de simpatizantes do nazismo, localizado na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. Foram protagonistas desse episódio histórico, além da UNE, o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU). Foi diante da repercussão desse fato que o então Ministro da Educação Gustavo Capanema formalizou a entrega do prédio que passou a sediar a UNE, prédio esse que anos mais tarde seria incendiado pela ditadura militar instaurada em 1964.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o posicionamento em defesa dos interesses do povo sempre colocou a UNE na mira das forças retrógradas. Em 1945, no apagar das luzes do Estado Novo, a UNE sofreu uma dura perseguição, mas isso não impediu que, já em 1947, empunhasse novamente a bandeira da defesa da soberania nacional e de nossas riquezas, levantando a juventude com a campanha pela criação da Petróleo Brasileiro S/A, Petrobras. Daí por diante, “Petróleo é nosso” foi a palavra de ordem que contagiou os estudantes, depois toda a sociedade brasileira.

Dyneas Aguiar, que em 1953 era presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES, assegura que “foi uma batalha muito difícil dentro do Congresso, porque lá”, dizia ele, “as forças reacionárias e entreguistas não aceitavam, de jeito nenhum, o monopólio estatal do petróleo”. Até que, finalmente, em 3 de outubro de 1953, Getúlio Vargas, promulgou a Lei da Criação da Petrobras. Venceram os nacionalistas e a gloriosa campanha “Petróleo é nosso”, de mobilização da opinião pública.

Cabe ressaltar, senhoras e senhores, que não podemos nos reportar à campanha “Petróleo é nosso” sem nos referirmos à tenacidade e ao espírito nacionalista do escritor Monteiro Lobato.

Os anos 60 começaram com grande turbulência política, devido à renúncia do Presidente Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961. A UNE solidarizou-se com as forças progressistas, que se posicionaram contra a tentativa de impedir a posse de João Goulart. Foi nesse cenário, quando as forças do atraso mais uma vez tentaram interferir, que a articulação entre o movimento operário, as lideranças trabalhistas e a União Nacional dos Estudantes se mostrou imprescindível para conter os atos golpistas.

Nesse período, entre 1961 e 1962, a UNE foi presidida por Aldo Arantes, presente aqui nesta sessão. Era a época da consolidação do Centro Popular de Cultura, CPC, e da primeira UNE Volante, uma verdadeira caravana que unia eventos culturais à bandeira da Reforma Universitária. Foi por intermédio da UNE Volante que o recém-criado Centro Popular de Cultura levou sua mensagem cultural a todas as capitais do País. O principal objetivo era atingir as massas com arte genuinamente brasileira e engajada.

Cabe ressaltar, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, senhores convidados, que o CPC foi criado num momento em que as diversas manifestações artísticas brasileiras pareciam alimentar-se mais das chamadas vanguardas européias do que da chamada realidade brasileira. O CPC tornou-se um pólo de valorização da cultura nacional, popular e democrática do País. Os jovens que dela participavam aliavam com perfeita maestria a política e a arte, a literatura, a poesia, a música, o cinema e o teatro. Lá estavam Ferreira Gullar, Paulo Pontes, Leon Hirzmann, Oduvaldo Vianna Filho, Carlos Lyra, Cacá Diegues, Arnaldo Jabor e tantos outros.

O CPC contou ainda com a presença de grandes compositores do samba, como Cartola, Nelson Cavaquinho e Zé Ketti. No bar “Zicartola”, de Dona Zica e Cartola, era comum encontrar Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, que, inspirados pelo momento extraordinário de vigor e liberdade protagonizado pela juventude, compuseram o consagrado Hino da União Nacional dos Estudantes. Nas palavras de Carlos Lyra, “o CPC foi muito mais do que aparentou. Ali foram feitos filmes, gravados discos, e construído o Teatro da UNE. Ali a cultura estava viva; as coisas eram feitas de forma apaixonada”.

O CPC ajudou a UNE a chegar mais perto dos estudantes e do povo em todo o País, atuando em perfeita sintonia. Um dos seus grandes momentos foi a realização de um espetáculo com Nelson Cavaquinho, Cartola, Dalva de Oliveira, Carlos Cachaça, Vinícius de Moraes, Tom Jobim e o jovem Chico Buarque, numa memorável noite no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Outro momento importante, que demonstra o alcance do CPC da UNE, foi lançamento do disco intitulado “O Povo Canta”, um trabalho musical composto por Carlos Lyra, Billy Blanco, Geni Marcondes e Augusto Boal. Foi a venda desse compacto que arrecadou fundos para a construção do Teatro do CPC da UNE. Mas, com a instauração da ditadura militar, o teatro, recém-construído e que demandou tanto esforço para ser concretizado, foi metralhado pelo movimento anticomunista. Na mesma época, o disco “O Povo Canta” foi tirado de circulação pela censura e, por um longo período, considerado “subversivo”.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a ditadura militar inaugurou um período de perseguição implacável às lideranças estudantis. O Governo Castello Branco declarou o fechamento da UNE e, em julho de 1966, o 28º Congresso da entidade foi realizado clandestinamente, em Belo Horizonte, durante os intervalos das missas no Convento dos Dominicanos. Nesse Congresso, é eleito para presidente o mineiro José Luís Guedes.

(Interrupção do som.)

O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE) - Em 1967, já em uma situação extraordinariamente difícil, a UNE conseguiu realizar o seu 29º Congresso, que elege Luís Travassos como presidente da entidade. Nesse mesmo ano, foi assassinado o secundarista Edson Luís. Seu assassinato gerou mobilizações puxadas pela União Nacional dos Estudantes, pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, manifestações que reuniram mais de 100 mil pessoas, mobilizando a juventude e todo o povo brasileiro.

Tais manifestações se multiplicaram por todo o País.

Eram manifestações de 10 mil, 15 mil, 20 mil estudantes, às vezes em Municípios e Estados pequenos, de população pequena, mas o ardor da luta do povo brasileiro conduzida pela UNE mobilizava massas gigantescas pelo País afora.

Em outubro de 1968, articulava-se a realização do 30º Congresso, na cidade de Ibiúna, interior do Estado de São Paulo. Em um prenúncio do Ato Institucional nº 5, que seria baixado em dezembro daquele mesmo ano, foram presos 920 estudantes, entre os quais estavam Vladimir Palmeira, José Dirceu, Luís Travassos, Jean Marc Von der Weid e Franklin Martins.

Quinze dias após as prisões em Ibiúna, 71 estudantes de todo o País foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Destes, senhoras e senhores, dez - abro parêntese para ressaltá-las - eram ali do meu Estado, o Ceará, daquele torrão que é o meu campo natal. Entre eles, diz o médico Mariano de Freitas, em seu livro Nós os Estudantes, estava José Genoíno Neto, Bérgson Gurjão Farias - morto na guerrilha do Araguaia -, João de Paula Monteiro Ferreira, José Arlindo Soares, Inocêncio Uchoa, Pedro Albuquerque, Ruth Cavalcante, Marco Penaforte, Assis Aderaldo e Inácio de Almeida.

Além desses, que foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, foram presos em Ibiúna outros estudantes, dezenas deles, que passaram a responder pelo crime de tentar subverter a ordem para garantir a liberdade e a democracia em nosso País.

Sr. Presidente, no começo da década de 70, Honestino Guimarães assumiu a Presidência da UNE, época em que o movimento estudantil sofria uma repressão brutal com prisões, torturas e assassinatos.

Honestino Guimarães e Alexandre Vannucchi Leme foram presos, torturados e assassinados em 1973. Honestino, cujo corpo jamais foi encontrado, tornou-se um símbolo da luta em defesa da liberdade e da democracia, e, se estivesse vivo, teria completado 60 anos no último dia 28 de março. Líder desde os tempos de colégio, no interior de Goiás, Honestino sonhava em ser Presidente da República. Em suas brincadeiras de rua, conta-se que chegou a nomear os dois irmãos Ministros, um da Aeronáutica e outro da Marinha. Gostava de bolar estratégias, de coordenar reuniões. Sua paixão era o movimento estudantil, e ele foi e sempre será lembrado como um grande jovem brasileiro.

Em 1979, dez mil jovens de todo o País se reuniram em Salvador para o Congresso de Reconstrução da UNE. Ali foi o coroamento de uma trajetória marcada por grandes dificuldades, mas que evidenciou a ousadia, a coragem e a combatividade de jovens, homens e mulheres que carregavam no peito a esperança de um Brasil livre e democrático. Nessa ocasião, o cantor e compositor Carlos Lyra regeu um coro de cinco mil estudantes, que, entusiasmados, cantaram o “Hino da UNE”, de sua parceria com Vinícius de Moraes.

É com alegria também, Sr. Presidente Pedro Simon, que comanda os trabalhos neste momento, que destaco a campanha da UNE de volta para casa. No mês de fevereiro deste ano, os estudantes retomaram o seu terreno na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, onde era a antiga sede da UNE, aquela mesma incendiada em 64 pela Ditadura. Estive neste ano lá no chamado Aterro do Flamengo, apoiando a campanha vitoriosa da UNE de volta para casa.

Senhoras e senhores, nestes 70 anos de fundação da UNE, 45 anos da primeira UNE Volante e 28 anos de sua reconstrução, podemos afirmar, com toda a certeza, que as lutas travadas pelos estudantes, desde a luta contra o nazifascismo, passando pela campanha do “Petróleo é nosso”, pelo movimento de renovação da arte e da cultura brasileira no Centro Popular de Cultura, pela resistência à ditadura militar, a luta pela anistia, pelas eleições diretas, pelo impeachment, pela defesa do ensino público de qualidade e pela reforma universitária foram de fundamental importância para que hoje pudéssemos colher os frutos da liberdade e da democracia.

O jornalista Arthur José Poerner, em sua obra “O Poder Jovem - História da Participação Política dos Estudantes Brasileiros”, destaca que a UNE se constituiu na principal escola de formação de lideranças políticas do Brasil. São vários altos dirigentes da República formados nos quadros da UNE, uma prova inquestionável da força do movimento estudantil. Registro aqui apenas alguns deles, entre tantas personalidades: Aldo Arantes, Haroldo Lima, José Serra, Renato Rabelo, José Gregori, José Frejat, Marco Maciel, Marcelo Cerqueira, Aldo Rebelo, Orlando Silva, José Dirceu, Juca Ferreira e Franklin Martins, entre tantas lideranças que ocuparam posições na Direção da União Nacional dos Estudantes e que se destacaram na vida pública e também nas suas atividades profissionais.

Durante esta semana, Brasília é a sede do 50º Congresso da UNE e, mais uma vez, a voz vibrante dos estudantes brasileiros, vindos de todos os cantos deste nosso imenso País, vem se juntar à daqueles que desejam a efetivação de um projeto de desenvolvimento nacional para fazer avançar as grandes transformações sociais que desejamos.

Nesta Sessão Solene rememoro os nomes dos 48 presidentes da União Nacional dos Estudantes durante estes 70 anos: Ana Amélia, Valdir Ramos Borges, Trajano Pupo Neto, Luís Pinheiro Pais Leme, Hélio de Almeida, Tarnier Teixeira, José Bonifácio Coutinho Nogueira, Roberto Gusmão, Rogê Ferreira, José Frejat, Olavo Jardim Campos, Luis Carlos Goelver, João Pessoa de Albuquerque, Augusto Cunha Neto, Carlos Veloso de Oliveira, José Batista de Oliveira, Marcos Heusi, Raimundo Eirado Silva, João Manuel Conrado Ribeiro, Oliveiros Guanais, Aldo Arantes, Marcos Vinícius Caldeira Brant, José Serra, Antônio Xavier, Altino Dantas, José Luis Guedes, Luís Travassos, Jean Marc Von der Weid, Honestino Guimarães, Rui César Costa e Silva, Aldo Rebelo, Javier Alfaya, Clara Araújo, Acildon Paes Leme, Renildo Calheiros, Gisela Mendonça, Valmir Santos, Juliano Goberllini, Cláudio Langone (aqui presente), Patrícia de Angelis, Lindberg Farias, Fernando Gusmão, Orlando Silva Júnior, Ricardo Cappelli, Wadson Ribeiro, Felipe Maia, Gustavo Lemos Petta.

Rendo aqui, Sr. Presidente, em meu nome, em nome do meu Partido e em nome do Senado Federal, minhas homenagens a todas as Marias, Heleniras, Honestinos, enfim, a todos os jovens, essas meninas e meninos do Brasil, que, esperamos, estarão, um dia, junto com o povo no poder.

Para finalizar meu pronunciamento nesta tarde de tão justa homenagem, recorro à poesia, aqui entoada pelo nosso coral, de Milton Nascimento e Fernando Brant:

Quero a utopia, quero tudo e mais

Quero a felicidade nos olhos de um pai

Quero a alegria, muita gente feliz

Quero que a justiça reine em meu País

Quero a liberdade, quero o vinho e o pão

Quero ser amizade, quero amor, prazer

Quero a nossa cidade sempre ensolarada

Os meninos e o povo no poder eu quero ver.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

Viva o povo brasileiro! Viva a União Nacional dos Estudantes! (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/07/2007 - Página 22252