Discurso durante a 105ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração dos 70 anos de criação da União Nacional dos Estudantes - UNE, e homenagem ao Centro Popular de Cultura - CPC.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. MOVIMENTO ESTUDANTIL.:
  • Comemoração dos 70 anos de criação da União Nacional dos Estudantes - UNE, e homenagem ao Centro Popular de Cultura - CPC.
Publicação
Publicação no DSF de 05/07/2007 - Página 22264
Assunto
Outros > HOMENAGEM. MOVIMENTO ESTUDANTIL.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES (UNE), IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, DEFESA, INTERESSE NACIONAL, LIBERDADE, COMBATE, NAZISMO, DITADURA, ESTADO NOVO, REGIME MILITAR, APOIO, ELEIÇÃO DIRETA, CONTRIBUIÇÃO, REDEMOCRATIZAÇÃO, PAIS, INCENTIVO, VALORIZAÇÃO, ATIVIDADE CULTURAL.

O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente da Mesa, Senador Pedro Simon, Sr. Presidente da UNE, jovem Gustavo Petta, demais autoridades que compõem a Mesa, Srªs e Srs. Senadores, estudantes aqui presentes, estudantes de todo o Brasil aqui presentes, minhas senhoras e meus senhores, uma das mais importantes e combativas entidades civis de nosso País está comemorando setenta anos de sua criação. Trata-se da União Nacional dos Estudantes, esse celeiro de jovens lideranças que tanto contribuiu para a consolidação da democracia no Brasil.

Incansável e atuante desde o seu nascimento, nos anos de chumbo do Estado Novo getulista, a UNE sempre esteve à frente dos principais movimentos de defesa dos interesses nacionais e das liberdades individuais. Sempre lutou o bom combate, nunca se rendendo à opressão e ao obscurantismo dos ideais segregadores. Sempre teve na resistência pacífica e nas palavras de ordem a sua infantaria. Nunca se aliou ao arbítrio da ditadura, ao império da censura sobre a liberdade de resistir.

Esta, Sr. Presidente, talvez tenha sido a grande marca da UNE em sua luta histórica: a resistência. Resistência contra aqueles que viam nos estudantes um bando de subversivos, perigosos inimigos que tinham de ser desmobilizados. Resistência contra aqueles que, implacavelmente, tentavam minar a sua combatividade e calar a sua voz.

Assim foi no Estado Novo, na luta contra o nazi-fascismo, na campanha “O petróleo é nosso”, na defesa das reformas de base, na luta contra a ditadura, no apoio às diretas e na redemocratização do País.

Como é bonito e inspirador, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ver os jovens mobilizados, articulados e defendendo os ideais de liberdade, ver o colorido contagiante dos caras-pintadas, o viço brilhante de suas faces refletindo a vibração e a inquietação tão peculiares à juventude.

Não podemos esquecer também da imensa contribuição que a UNE deu à cultura brasileira por meio do Centro de Cultura Popular, de que já falou aqui o Senador Inácio Arruda. O Centro deu, na década de 60, um novo ânimo à cena artística nacional e forjou vários movimentos e tendências que vieram a moldar e gerar uma nova e incipiente cultura popular brasileira.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, demais presentes, o País é devedor da UNE e da sua luta constante pela democracia. Graças aos estudantes e sua permanente trincheira firmada contra o jugo da opressão, as liberdades individuais nunca deixaram de ser exigidas e reivindicadas, e finalmente se sagraram como direitos inalienáveis de todos os brasileiros.

Por tudo isso, Sr. Presidente, é com muita alegria que saúdo a União Nacional dos Estudantes pela celebração dos seus setenta anos, desejando-lhe uma vida longa e a plena continuação de seu vigor e de sua luta perene pelos ideais democráticos do nosso País.

Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/07/2007 - Página 22264