A SRª ROSALBA CIARLINI (DEM - RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Senador Mozarildo, que preside esta sessão da mais alta importância para o Senado e para o Brasil, eu já o tinha no mais alto conceito, mas, agora, ao saber que V. Exª é maçom, o respeito e a admiração crescem; Dr. Laelso Rodrigues, Soberano Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil; demais autoridades maçônicas; meus colegas Senadores e Senadoras; samaritanas; quero também que levem às filhas de Jó, aos DeMolays, à juventude os nossos cumprimentos neste dia de homenagem.

            Quando o Senador Mão Santa aqui dizia, eu já havia lhe contado, que sou fã da Maçonaria, ele estava realmente dizendo a mais pura verdade. Sou admiradora da maçonaria, que também respeito muito. A Maçonaria, pelas suas ações de fraternidade, de solidariedade, de respeito à liberdade, de defesa da democracia. Não é porque sou cunhada, não é porque sou bisneta de maçom - meu esposo também é neto de maçom que, por sinal, são patronos, João da Escócia e Gerônimo Rosado, de maçonarias na minha cidade -, mas porque essa admiração faz parte da minha vida e da cidade onde nasci. Sou de Mossoró, Rio Grande do Norte. A cidade comemora o dia mais importante: a libertação dos escravos.

            Cinco anos antes da Lei Áurea, este movimento, essa ação de solidariedade, de defesa do ser humano, da igualdade, foi patrocinado pela maçonaria. Então, por isto o meu respeito e a minha admiração: fui prefeita três vezes e sei o quanto foi importante a participação dos maçons. Quantas e quantas ações fizemos fazer juntos! Quantas e quantas lições, conselhos, orientações, recebi de homens e de mulheres de boa vontade, que se dedicavam à causa de engrandecer este País e torná-lo justo e solidário.

            Então, quero hoje parabenizar todos os maçons do Brasil, todos que participam desse grande movimento e dizer-lhes que, dando de si, estão contribuindo para o combate das injustiças neste País em que há tanta desigualdade, tantas manchas que nos envergonham, como a corrupção e a falta de ética.

            Estamos hoje, nesta Casa, na Casa de Rui Barbosa, para homenagear aqueles que não perdem a coragem, que não perdem, jamais, a força, orientados pelo grande Arquiteto do Oriente. Sob as suas luzes dele, vão dizer “sim”, somos irmãos, somos iguais, vamos fazer deste um País onde todos tenham confiança, tenham crença de que é possível ter saúde, educação e oportunidades para todos.

            Ficam aqui, maçons, os nossos agradecimentos a todos vocês pela luta, que deve continuar. Que a justiça seja sempre o nosso tema maior! Justiça significa também, mais do que nunca, a realização da prosperidade, do desenvolvimento e da igualdade no País grande, forte e iluminado por Deus.

            Muito obrigada.