Discurso durante a 149ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem pelo transcurso dos 24 anos do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - DIAP. Criação, no último dia 27 de agosto, no Sindicato dos Jornalistas de Brasília, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial. Registro da participação de S. Exa. na 30ª edição da Expointer, em Esteio, RGS.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. DISCRIMINAÇÃO RACIAL. PECUARIA.:
  • Homenagem pelo transcurso dos 24 anos do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - DIAP. Criação, no último dia 27 de agosto, no Sindicato dos Jornalistas de Brasília, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial. Registro da participação de S. Exa. na 30ª edição da Expointer, em Esteio, RGS.
Publicação
Publicação no DSF de 05/09/2007 - Página 30027
Assunto
Outros > HOMENAGEM. DISCRIMINAÇÃO RACIAL. PECUARIA.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, DEPARTAMENTO, ENTIDADES SINDICAIS, ASSESSORIA LEGISLATIVA, IMPORTANCIA, TRABALHO, DISPONIBILIDADE, BANCO DE DADOS, PROJETO, LEIS, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, ESCOLHA, CONGRESSISTA, EFICACIA, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, REGISTRO, RECEBIMENTO, ORADOR, INDICAÇÃO, PREMIO, RECONHECIMENTO, CONDUTA, ASSEMBLEIA CONSTITUINTE.
  • ELOGIO, CRIAÇÃO, COMISSÃO, JORNALISTA, DEFESA, IGUALDADE, RAÇA, INICIATIVA, SINDICATO, CLASSE PROFISSIONAL, DISTRITO FEDERAL (DF), MOTIVO, DADOS, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), DEMONSTRAÇÃO, INFERIORIDADE, NEGRO, ATUAÇÃO, JORNALISMO, POSSIBILIDADE, UTILIZAÇÃO, IMPRENSA, REDUÇÃO, DISCRIMINAÇÃO RACIAL.
  • COMENTARIO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, FEIRA AGROPECUARIA, MUNICIPIO, ESTEIO (RS), ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), OBSERVAÇÃO, MELHORIA, RETOMADA, CRESCIMENTO, AGROPECUARIA, REGIÃO.

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero, em primeiro lugar, fazer uma homenagem ao Diap, que completa vinte e quatro anos de fundação este ano.

            Nesses vinte e quatro anos, quase duas décadas e meia, o Diap fez um excelente trabalho aqui, principalmente durante a Assembléia Nacional Constituinte - eu estava lá - e, depois, acompanhando, passo a passo, as matérias de interesse dos trabalhadores e da sociedade brasileira.

            O Diap foi idealizado pelo advogado Ulisses Riedel de Resende e atualmente conta com mais de mil entidades filiadas distribuídas por todo o País. Os filiados do Diap têm acesso a todas as informações de seu banco de dados, ficam sabendo quem são os parlamentares e como atuam no Senado e na Câmara; tomam conhecimento do perfil político de cada homem público deste País.

            Sr. Presidente, como faço uma síntese do assunto, gostaria que fosse considerado lido na íntegra este meu pronunciamento em homenagem aos vinte e quatro anos do Diap.

            Eu, que recebi a última produção do Diap, Sr. Presidente, fiquei feliz, porque juntamente com Luiz Carlos Hauly, Inocêncio de Oliveira, Eduardo Suplicy, Pedro Simon e José Sarney, estou entre os únicos seis que participaram de todo esse período e receberam todos os prêmios do Diap - talvez por estar aqui há muito tempo. Eu tive a felicidade, porque fui Constituinte, de ter recebido não só quatorze prêmios nesse período: recebi o décimo quinto, que foi a nota 10 na época da Constituinte.

            Essa produção do Diap coloca-me como o Parlamentar que recebeu, além de figurar catorze vezes entre “os Cabeças” do Congresso escolhidos pelo Diap, a nota 10 pelo trabalho na Constituinte. É claro que isso fica no meu currículo com muito orgulho.

            Meus cumprimentos a Ulisses Riedel, ao atual Presidente do Diap, Sr. Celso Napolitano, e ao Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho do Diap, é o Diretor de Documentação do Departamento.

            Quero também destacar, Sr. Presidente, que o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal criou a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira).

            Conforme o censo de 2000 do IBGE, o jornalismo está entre as profissões com a menor proporção de negros no País, e essa comissão, formada pelos jornalistas de Brasília, visa a inclusão, a participação, para permitir que, efetivamente, tenhamos no País uma política de igualdade.

            Meus cumprimentos aos jornalistas de todas as etnias, de todas as raças, de todas as procedências. Independentemente de serem brancos ou negros, estão trabalhando numa política de igualdade para que efetivamente todos tenham direitos iguais, naquela concepção de que a raça é só uma, é a raça humana. Não pode haver diferença que vá na linha de dizer que alguém tem mais ou menos capacidade ou qualidade em função da cor da pele.

            Quero também, Sr. Presidente, que V. Exª considere lido na íntegra esse meu pronunciamento que faz elogios ao Sindicato dos Jornalistas de Brasília.

            Por último, Sr. Presidente, queria dizer que, nesse fim de semana, eu estive em Esteio, lá no Rio Grande do Sul, no Parque de Exposições Assis Brasil, participando da 30ª edição da Expointer.

            Segundo balanço ainda parcial, a comercialização total neste ano somou R$131,5 milhões, registrando uma alta de 37,3% em relação ao ano passado. O desempenho daquela feira superou a projeção inicial dos organizadores do evento, que apostavam que o crescimento seria de algo em torno de 30%, mas efetivamente ultrapassou, e muito, essa perspectiva.

            Os resultados geram otimismo ao setor produtivo, o que constatei por tudo o que ouvi e vi em minha visita à feira. O setor está otimista com a recuperação do agronegócio gaúcho e brasileiro, tanto na produção de grãos quanto na pecuária.

            Com o aumento da produção de grãos - eu, que vim da área metalúrgica mais de 25 anos atrás, percebi -, as empresas que produzem máquinas agrícolas estão empregando em massa.

            Recebi a direção da Kepler Weber, de Panambi, e tive a alegria de constatar que interferi de forma positiva em sua recuperação. Quando muitos entendiam que a Kepler Weber não se recuperaria, eu apostei nisso e participei do processo de mediação junto ao BNDES, aos fundos de pensão e ao Banco do Brasil, e a Kepler Weber já anuncia que, até o fim do ano, recontrata mais quatrocentos trabalhadores, ultrapassando, assim, o universo de mais de mil funcionários.

            Sr. Presidente, ao falar da Expointer lá do Rio Grande do Sul, quero dizer que fiquei feliz ao perceber o grande otimismo entre aqueles que atuam no agronegócio.

            Também é esse o caso da agroindústria familiar - e estavam lá os pequenos agricultores -, que negociou R$585 mil, ultrapassando em muito a barreira dos negócios feitos na última feira. O saldo foi 30,1% maior do que o registrado na jornada passada. Já o artesanato gerou R$1,3 milhão, um crescimento de 26,8% em relação a 2006.

            Em relação ao número de visitantes, Sr. Presidente, houve também um crescimento de 8,6%: se da última feira participaram 640 mil pessoas, dessa participaram 695 mil. O número de expositores passou de algo em torno de três mil para 3,2 mil.

            Aqui tenho outros dados, Sr. Presidente, mas não quero abusar da tolerância de V. Exª. Quero apenas dizer que fiquei animado com a retomada do agronegócio. Tenho certeza de que isso vai ser muito bom para todo o Brasil, tanto no que diz respeito à produção de alimentos como no que diz respeito às exportações, com o conseqüente aumento de nossas divisas.

            Cumprimento aqui o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa pela forma como investiram nos financiamentos que lá proporcionaram aos empreendedores.

            Era isso, Sr. Presidente, que tinha a dizer, pedindo a V. Exª que considere, na íntegra, os três registros que aqui fiz com breves comentários.

            Muito obrigado, Presidente.

 

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SEGUEM, NA ÍNTEGRA, DISCURSOS DO SR. SENADOR PAULO PAIM.

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            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no último final de semana se encerrou no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio no Rio Grande do Sul a 30ª edição da Expointer.

            Segundo balanço parcial a comercialização total neste ano somou R$131,5 milhões, uma alta de 37,3% em relação ao ano passado.

            O desempenho da feira superou a projeção inicial dos organizadores do evento, que apostam em acréscimo da ordem de 30%.

            Os resultados dão otimismo ao setor produtivo em relação à recuperação do agronegócio gaúcho e brasileiro, sentido tanto nos preços dos grãos, quanto na pecuária.

            No balanço dos R$131,5 milhões divulgados estão incluídas as negociações do setor de máquinas agrícolas - que foi de R$120,1 milhões.

            Outros R$35,9 milhões foram comercializados em Esteio pelo setor automotivo (carros, caminhonetes etc) e não fazem parte do montante apresentado.

            Em animais, a venda chegou a R$9,4 milhões, contra os R$7,3 milhões de 2006, representando alta de 27,9%.

            A agroindústria familiar negociou R$585 mil, contra R$449,5 mil da edição anterior, saldo 30,1% maior. Já o artesanato gerou R$1,3 milhão, um crescimento de 26,8% em relação a 2006.

            Em relação ao número de visitantes, a feira contou com um incremento de 8,6%: foram 695 mil pessoas, contra os 640 mil do ano passado. O número de expositores passou de 2.895 em 2006, para 3.160 neste ano, aumento de 8,4%.

            O governo investiu R$325 mil em melhorias no Parque Assis Brasil, sendo R$280 mil na colocação de piso e construção das 13 cozinhas do Pavilhão da Agricultura Familiar, R$15 mil na construção de baias para os pôneis e os R$30 mil restantes, foram aplicados, por meio da Secretaria de Agricultura, no Centro de Manejo e Pesagem.

            O movimento nas instituições financeiras também foi muito bom. No Banrisul, o crescimento foi de 53,4%, totalizando R$16,5 milhões em financiamentos, contra os R$10,7 milhões do ano passado.

            O Banco do Brasil movimentou R$49,5 milhões, 40,1% mais se comparado aos R$35,3 milhões de 2006.

            Já a Caixa/RS apresentou 400% de crescimento, passando de R$20 milhões em 2006, para R$80 milhões neste ano, o Sicredi passou dos R$9 milhões em 2006 para R$17 milhões, aumento de 88,9%.

            O BRDE movimentou R$ 123 milhões, uma alta de 130,7% se comparado aos R$53,3 milhões do ano passado.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

 

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, rapidamente falarei sobre o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) que há mais de 20 anos vem desenvolvendo importante trabalho voltado para assessorar a classe trabalhadora junto ao Congresso Nacional.

            O Diap foi idealizado pelo advogado trabalhista Ulisses Riedel de Resende. Esta entidade é composta atualmente por mais de mil entidades de trabalhadores, distribuídas em todos os estados do País.

            Os filiados do DIAP têm acesso à banco de dados com informações sobre a legislação de interesse do mundo do trabalho (leis e MPs em vigor), os projetos de interesse do movimento sindical, perfil político...

            ...e participação dos deputados e senadores em bancadas e frentes parlamentares, bases eleitorais e eventual acompanhamento de projetos de interesse específico de categoria profissional filiada ao Departamento.

            Dentre as diversas publicações que esta entidade possui, gostaria de citar “Os cabeças” do Congresso Nacional que este ano encontra-se em sua 14ª edição. É aí, através de pesquisa que são escolhidos os 100 parlamentares mais influentes do Congresso.

            Apenas seis parlamentares figuram em todas as edições dos “Cabeças”: Luis Carlos Hauly, Inocêncio Oliveira, Eduardo Suplicy, Pedro Simon, José Sarney e, este Senador que fala.

            Além disso, sou o único parlamentar em atividade aqui no Congresso, que além das 14 indicações dos “Cabeças” do Diap, recebeu também o 15º prêmio que foi o Nota 10 pelo trabalho desenvolvido na Assembléia Nacional Constituinte.

            O atual presidente do Diap é o senhor Celso Napolitano. Já o jornalista, Antônio Augusto de Queiroz, o nosso conhecido Toninho do Diap, é o Diretor de Documentação.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

 

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, gostaria de fazer o registro de que foi criada no dia 27 de agosto, no Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira).

                   Conforme o censo de 2000 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o jornalismo está entre as profissões com a menor proporção de negros no país: 15,7%.

            A Cojira tem como finalidade defender mais espaço no mercado além de capacitar profissionais tanto para assessorias de imprensa quanto para reportagem.

            As técnicas jornalísticas serão utilizadas aliadas à questão política para colocar o tema da igualdade racial na pauta dos veículos de comunicação.

            A Comissão servirá, ainda, para fazer um contra-ponto à imprensa. As políticas afirmativas cresceram muito nos últimos anos. Em razão disso, acabam criando resistência e adversários.

            Na opinião do professor Nelson Olokafá Inocêncio, da Universidade de Brasília, a Comissão poderá contribuir para melhorar a cobertura de temas ligados à igualdade racial,...

            ...além de propor uma discussão sobre a diversidade cultural do país e sobre a dimensão do racismo na sociedade.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/09/2007 - Página 30027