Discurso durante a 179ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Esclarecimento sobre o depoimento à Corregedoria do Senado do ex-secretário-geral-adjunto da Mesa, Marcos Santi.

Autor
Romeu Tuma (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO. IMPRENSA.:
  • Esclarecimento sobre o depoimento à Corregedoria do Senado do ex-secretário-geral-adjunto da Mesa, Marcos Santi.
Publicação
Publicação no DSF de 16/10/2007 - Página 35149
Assunto
Outros > SENADO. IMPRENSA.
Indexação
  • RESPOSTA, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), REFERENCIA, DEPOIMENTO, SERVIDOR, SENADO, CORREGEDORIA, COBRANÇA, CONSELHO, ETICA, REMESSA, DOCUMENTAÇÃO, ESCLARECIMENTOS, ANTERIORIDADE, ENCAMINHAMENTO, AUSENCIA, ACUSAÇÃO, FUNCIONARIO PUBLICO, QUALIDADE, TESTEMUNHA, REGISTRO, NOTAS TAQUIGRAFICAS.

O SR. ROMEU TUMA (DEM - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, serei rápido.

Aproveitei a gentileza do Senador Mão Santa e prestei minha homenagem aos professores e S. Exª, com muito carinho, fez referências à minha esposa, durante o depoimento de 2003.

O que me traz a esta tribuna é que, recentemente, uma jornalista do jornal Folha de S. Paulo, pessoa que respeito e por quem tenho toda atenção, fez uma referência que eu gostaria de esclarecer, sobre o depoimento do servidor Marcos Evandro Cardoso Santi, prestado na Corregedoria no dia 29 de agosto de 2007, e cópia da carta e dos documentos apresentados pelo mesmo no dia 4 de setembro de 2007, para serem anexados ao seu depoimento.

Mandei para quem estava presente. Não o ouvi sozinho, o Senador Wellington estava presente. Mandei para o Senador Jefferson Péres e para a Senadora Marisa Serrano - está aqui o recibo dela - toda a documentação. Mandei novamente para o Senador Jefferson, que me solicitou. Além disso, anotei os Senadores que acompanharam o depoimento. São todas notas taquigráficas, tudo foi gravado, tudo que ele falou foi registrado. Nenhuma vírgula foi modificada, Sr. Presidente.

Assim, não tenho de dar nenhuma resposta àqueles que estão dizendo que se deve cobrar de mim.

Cobrar o quê, se eles já têm os documentos em mão? Se já têm os documentos em mão, o que compete aos membros do Conselho de Ética e ao Presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha, é analisar os documentos. E não dizer que tenho de me explicar. Explicar o quê, se os documentos já foram entregues, em cópia, para todos os membros do Conselho? Como eu já havia entregue, fiz uma outra entrega, quando ele juntou mais documentos. Aqui está a assinatura de V. Exª, consignando que recebeu o documento. Está aqui: “Presidente do Conselho de Ética, Senador Leomar Quintanilha, dia 5 de setembro”.

O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB - TO) - Quem está cobrando explicações de V. Exª não é o Conselho.

O SR. ROMEU TUMA (DEM - SP) - Não é o Conselho, são membros do Conselho. Não sei o que fizeram com essa papelada; ela deve estar no gabinete de cada um.

Ainda neste fim de semana, tendo em vista a publicação do jornal, novamente pedi à minha Secretaria que fizesse nova remessa de tudo o que existia a respeito, um bis in idem desnecessário, mas para evitar qualquer tipo de confusão da análise do depoimento que ele fez. Ele continua dando entrevista, e nenhuma vez recusei ouvi-lo quando quisesse falar. Tratei-o com todo respeito e disse-lhe que o defenderia de qualquer forma, porque ele não era acusado. Ele estava trazendo informação de que estaria sofrendo pressão dentro da Secretaria da Mesa. Então, em tese, ele seria vítima e estava colaborando com os membros do Conselho de Ética.

Ele disse que foi ouvido como indiciado, como acusado. Não é verdade. É só ler as notas taquigráficas. Ele foi tratado com todo respeito. Eu disse a ele: “Sou sua testemunha permanente, a seu favor, porque você não deve e não pode ser punido num processo administrativo que possa vir a ser feito pela direção da Casa”.

Dentro do Conselho, todos têm o depoimento, os documentos que ele anexou, as notas taquigráficas. Mais eu não posso fazer, a não ser que dê explicação individual a cada um.

Graças a Deus V. Exª está aqui e pôde me ouvir. Depois, vou mostrar-lhe o recibo que foi assinado e encaminhado a V. Exª, para ver se V. Exª o reconhece. Além disso, o próprio Senador Demóstenes, que admiro muito e que é meu amigo, também recebeu. Então, ele não tem o que cobrar. Está aqui registrado o recebimento dele: dia 4 de setembro, além de 22, outra remessa, quando ele juntou mais documentos.

A Senadora Marisa Serrano, pessoa que respeitamos muito pela lealdade, pela sinceridade e pela competência, também recebeu. Ao Senador Jefferson Péres, que está com uma relatoria, mandei todos os documentos colhidos em Maceió, porque ele precisa ter a base para fazer o relatório, pois V. Exª o designou como Relator do caso em Maceió. E também o Senador Renato Casagrande, que assistiu ao depoimento, esteve presente, foi gentil comigo, foi ao meu gabinete e ouviu o depoimento do consultor Marcos Evandro Cardoso Santi.

Então, não há nenhuma dúvida de que cumpri com minha obrigação: mandei todos os documentos a quem interessava no Conselho de Ética e, principalmente, aos Relatores, que poderiam ou não achar que havia algo grave que deveria ser acrescentado ao relatório que apresentaram ou que vão apresentar.

De forma, Sr. Presidente, que agradeço a V. Exª. Não tenho muito o que falar, porque não vou ler o depoimento dele aqui. O depoimento está à disposição de todos os Senadores; não só os do Conselho, mas de toda a Casa. Ele está inteiramente à disposição de quem precisar.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/10/2007 - Página 35149