Discurso durante a 180ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração ao Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional.

Autor
Marconi Perillo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Marconi Ferreira Perillo Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SAUDE.:
  • Comemoração ao Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional.
Publicação
Publicação no DSF de 17/10/2007 - Página 35276
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SAUDE.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, FISIOTERAPEUTA, TERAPEUTA OCUPACIONAL, SAUDAÇÃO, MEMBROS, CLASSE PROFISSIONAL, PRESENÇA, SESSÃO ESPECIAL, REGISTRO, HISTORIA, ATIVIDADE, BRASIL, ELOGIO, PROFESSOR UNIVERSITARIO, PIONEIRO, FISIOTERAPIA, IMPORTANCIA, RECONHECIMENTO, HOSPITAL, REABILITAÇÃO, APTIDÃO FISICA, SUPERIORIDADE, QUALIDADE, ATENDIMENTO, PACIENTE, INCAPACIDADE FISICA, COMENTARIO, EMPENHO, CATEGORIA PROFISSIONAL, APERFEIÇOAMENTO, TRATAMENTO, PRIORIDADE, RESTITUIÇÃO, SAUDE, CORPO HUMANO, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO.

O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Exmº Sr. Presidente desta sessão e autor do requerimento de homenagem, Senador Geraldo Mesquita Júnior; Ilmº Sr. Ricardo Lotif Araújo, Presidente do Conselho Regional do Piauí e Ceará; Ilmª Srª Ana Cristhina de Oliveira Brasil, Vice-Presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que neste ato representa o Presidente do Conselho; Ilmª Srª Marta Rosa Gonçalves Pereira, Vice-Presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10ª Região; demais autoridades que compõem a Mesa; Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores convidados, na semana passada, tivemos a honra de homenagear, neste Plenário, os ortopedistas, a quem denominamos naquela oportunidade verdadeiros ourives do esqueleto humano. Hoje homenageamos duas categorias que caminham de mãos entrelaçadas com essa especialidade médica. Homenageamos os fisioterapeutas e os terapeutas ocupacionais, que podem ser considerados artífices das articulações do corpo e da mente.

Profissionais de paciência inesgotável, os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são, hoje, responsáveis pelo retorno de inúmeras pessoas às atividades físicas, mentais, laborais e à vida cotidiana. Isso ocorre por meio das diversas rotinas terapêuticas que, gradativamente, restituem mobilidade às articulações, restituem elasticidade aos músculos, nervos e tendões, muitas vezes duramente lesionados.

A Fisioterapia, Sr. Presidente - e é claro que também temos de falar da Terapia Ocupacional -, é uma ciência aplicada cujo objeto principal de estudo é o movimento humano. A Fisioterapia utiliza conhecimentos e recursos próprios com os quais, considerando as condições sociais, psíquicas, físicas e mentais, busca promover, tratar e recuperar a saúde do paciente, em particular no que concerne à capacidade de movimento.

As primeiras escolas de ensino nessa área destacam-se como grandiosa obra dos portugueses no País, em particular os avanços obtidos na cidade do Rio de Janeiro.

No século XIX, os recursos fisioterápicos faziam parte da terapêutica médica, e há registros da criação, no final do século XIX, do serviço de eletricidade médica e também do serviço de hidroterapia no Rio de Janeiro, existente até os dias de hoje sob denominação de “Casa das Duchas”.

É o médico Arthur Silva, em 1884, que participa intensamente da criação do primeiro serviço de Fisioterapia da América do Sul, no Hospital de Misericórdia do Rio de Janeiro. Mas São Paulo, Srªs e Srs. Senadores, também se destacava à época.

Por isso é que, nesta homenagem prestada aos fisioterapeutas e aos terapeutas ocupacionais, não poderíamos deixar de referir a figura emblemática do Professor Raphael de Barros, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que, no ano de 1919, fundou o Departamento de Eletricidade Médica.

Não poderíamos deixar de referir tampouco a personalidade do Dr. Waldo Rolim de Moraes, que, em conjunto com o Centro de Estudos Raphael de Barros, criou o primeiro curso de Fisioterapia no Brasil no ano de 1951. Com duração de um ano, o curso tinha por objetivo formar técnicos nessa especialidade.

Essa matéria, é importante notar, toma maior expressividade no Brasil a partir de 1958, quando a Lei nº 5.029 cria, anexo à Cadeira de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o Instituto Nacional de Reabilitação (INR). Esse era um projeto da Organização Mundial de Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde e da Confederação Mundial de Terapia Física.

Daí em diante, sucedem-se os efeitos que vão dando à Fisioterapia a devida expressão e reconhecimento como instrumento de reabilitação do aparelho motor. As décadas de 30 e 40 veriam importantes avanços na área, em particular depois da Segunda Guerra Mundial, quando a Fisioterapia se destaca como ferramenta indispensável para a reabilitação de ex-combatentes.

Neste dia de homenagem à Fisioterapia e à Terapia Ocupacional, gostaríamos de reconhecer aqui, também, o valoroso trabalho prestado pela equipe de profissionais, da mais alta qualificação, do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), criado durante nossa gestão à frente do Governo de Goiás, na cidade de Goiânia, que hoje atende a mais de mil pacientes/dia, desafogando extraordinariamente a Rede Sarah de Hospitais, sobretudo aqui da cidade de Brasília, atendendo uma demanda muito expressiva não só do nosso Estado, mas de toda a Região Centro-Oeste e Centro-Norte do Estado.

O CRER é hoje, certamente, uma das maiores referências na área de reabilitação e readaptação no Brasil, um hospital que tem todos os equipamentos mais modernos do mundo, um instituto que efetivamente tem um conceito de gestão também muito moderno, com a associação de reintegração. Enfim, uma instituição que, nessa área específica, atende, com muita competência, com muito profissionalismo, todas as demandas que para lá são levadas em função desse tipo de trauma.

O CRER, Sr. Presidente, num processo de intercâmbio com o Canadá, mas que também contou com a parceria da ABDR, da Associação de São Paulo e com a experiência do próprio Sarah Kubitschek, desenvolveu diversas metodologias de recuperação para pessoas portadoras de necessidades especiais, vítimas de traumas etc., o que envolve não só trabalho de neurologistas e ortopedistas, mas também o empenho permanente dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Meus queridos homenageados, meus queridos representantes de entidades de classe, desejamos que todos os senhores e senhoras continuem ardentemente nessa valorosa luta pela recuperação dos pacientes no sentido integral da palavra, pois sem a dedicação, o amor e o carinho de vocês, milhares de pessoas estariam hoje muito longe das atividades laborais; distantes do prazer de viver e interagir neste maravilhoso mundo da pós-modernidade.

Encerrando, Sr. Presidente, cumprimentando-o mais uma vez pela iniciativa, gostaria de dizer que tive oportunidade de acompanhar de perto a construção do CRER desde a sua concepção. Fui ao Canadá, visitei outras instituições, mas mais importante do que a construção, do que a obra em si, é, principalmente, constatar a importância do trabalho de fisioterapia nessa área. É muito bom ver o trabalho inicial e o resultado desse trabalho ao final de todo o tratamento. Isso, por si só, demonstra claramente a importância dessa profissão e desse profissional para todos nós.

A todos, meus parabéns!

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/10/2007 - Página 35276