Discurso durante a 180ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração ao Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional.

Autor
Flávio Arns (PT - Partido dos Trabalhadores/PR)
Nome completo: Flávio José Arns
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SAUDE.:
  • Comemoração ao Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional.
Publicação
Publicação no DSF de 17/10/2007 - Página 35277
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SAUDE.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, FISIOTERAPEUTA, TERAPEUTA OCUPACIONAL, IMPORTANCIA, ATIVIDADE, REABILITAÇÃO, PACIENTE, INCENTIVO, PARTICIPAÇÃO, TRATAMENTO, RECONDUÇÃO, SAUDE, ACIDENTADO, DEFESA, VALORIZAÇÃO, CLASSE PROFISSIONAL, ATUAÇÃO, PROGRAMA, SAUDE PUBLICA, FAMILIA, ACESSO, POPULAÇÃO CARENTE, FISIOTERAPIA, REGISTRO, INICIATIVA, CONSELHO REGIONAL, ESTADO DO PARANA (PR), RECONHECIMENTO, FISCALIZAÇÃO, ESPECIALIDADE, ELOGIO, ENSINO SUPERIOR, EMPENHO, APERFEIÇOAMENTO, CURSO DE FORMAÇÃO, MODERNIZAÇÃO, TECNICAS PROFISSIONAIS.

O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco/PT-- PR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a homenagem que hoje prestamos a estas duas categorias profissionais - Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais - é mais do que merecida. Graças a esses profissionais, milhares de pessoas no Brasil viveram ou estão vivendo experiências bem sucedidas de habilitação e reabilitação. Em ambas as circunstâncias, o trabalho dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais é fundamental para o desenvolvimento da independência de seus pacientes para a vida, para o convívio em família, junto à comunidade, enfim, para uma vida plena e feliz.

No processo de habilitação, esses profissionais atuam no atendimento de pessoas que possuem alguma deficiência congênita, ou seja, presente desde o nascimento. Para essas pessoas, a presença do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional é fundamental para possibilitar que, a partir da identificação de suas potencialidades, adquiram o nível suficiente de desenvolvimento para o ingresso e participação na vida comunitária.

No processo de reabilitação, o trabalho consiste em prestar assistência à pessoa para compensar uma perda ou limitação funcional. É o caso de milhares de pessoas que estão se reabilitando de um trauma decorrente de acidentes no trânsito, quedas, ou de alguma dificuldade adquirida no decorrer da vida.

Dada a importância desses profissionais para a promoção, proteção e recuperação da saúde daqueles que necessitam, é fundamental que busquemos garantir sua participação no atendimento integral à saúde dos cidadãos por meio de iniciativas públicas, como o Sistema Único de Saúde.

Foi sob esse ponto de vista que procuramos, no substitutivo apresentado ao Estatuto da Pessoa com Deficiência, garantir que o atendimento integral à saúde da pessoa com deficiência seja obrigatório.

No texto remetido à Câmara dos Deputados, no capítulo que trata do direito à saúde, incumbiu-se ao Poder Público, em cada esfera de Governo, desenvolver políticas públicas de saúde específicas para as pessoas com deficiência que incluam a garantia destes cidadãos os recursos necessários ao seu tratamento, habilitação e reabilitação.

Esse trabalho, inclusive, já vem sendo desenvolvido de forma extraordinária em todo o Brasil por entidades sociais que atendem pessoas com deficiência, como Apaes, Pestalozzis, Associações de Deficientes Físicos e entidades congêneres. Nessas entidades, os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais têm atuado com competência e dedicação na promoção da habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência, apoiando também o desenvolvimento daqueles que adquiriram, ao decorrer de sua vida, uma deficiência ou necessidade de locomoção, bem como uma dificuldade que demande a realização destas terapias.

No Estado do Paraná, a valorização desses profissionais, bem como a regulamentação das profissões, fica por conta do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8ª Região (CREFITO-8). A entidade tem, com muito êxito, cumprido a missão de normatizar e fiscalizar do exercício das atividades de Fisioterapia e Terapia Ocupacional no Estado.

Ressaltando o trabalho do Crefito - 8, quero parabenizar os demais Conselhos Regionais espalhados pelo Brasil, que, da mesma forma, cumprem seus objetivos institucionais e contribuem para o fortalecimento dessas profissões em nosso País.

Da mesma forma, destaco a importância das instituições de ensino superior que se dedicam à formação desses profissionais, ofertando cursos de graduação e especialização lato sensu e stricto sensu e contribuindo para o desenvolvimento de técnicas, novas abordagens e alternativas para o atendimento dos pacientes.

A aplicação dessas terapias por meio de novas metodologias tem sido objeto de debates em todo o País. Recentemente, em Curitiba, participei de uma Audiência Pública promovida pelas Comissões de Educação e de Saúde da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, onde, juntamente com entidades que atuam na área da habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência, especialistas e profissionais, pudemos discutir a prática da equoterapia como política pública a ser implantada no Paraná.

Na ocasião, ressaltamos que a Equoterapia pode ser oferecida pelo SUS, pois se trata de uma metodologia utilizada no tratamento fisioterapêutico. Para isso, no entanto, é preciso que estados e municípios estruturem a oferta do serviço, o que depende da vontade dos gestores. Destacamos também a tramitação, no Congresso Nacional, do projeto de lei de autoria da Senadora Lúcia Vânia, que torna disponível a Equoterapia no SUS. O projeto, cuja relatoria nos foi designada, já foi aprovado por esta Casa e seguiu para votação na Câmara dos Deputados, onde, certamente, receberá o consentimento dos Deputados.

Ao finalizar este pronunciamento, eu gostaria de enaltecer todos os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do Brasil hoje homenageados por esta Casa, lembrando os inúmeros benefícios que esses profissionais trazem para a vida de pessoas que vêem neles sua esperança de recuperação. Parabéns a todos pela dedicação e pelo extraordinário trabalho que desenvolvem.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/10/2007 - Página 35277