O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Senador Efraim, creio que um quadro vale por dez mil palavras. Esse negócio de dizer que o Senado e o político estão desgastados, não é bem assim, não.

     Senador Efraim, só lamento V. Exª não ter ido: fiz aniversário no sábado, dia 13. De repente, há uns 20 anos, ficou pequena a casa. Já fui Prefeito, fui Deputado, fui Governador, mas, mesmo agora, sem ter nenhum poder - aliás, eu acho, Efraim, que autoridade é pessoal; não é o cargo - os amigos continuaram e fizeram a festa. Em praça pública, num bairro que Deus me permitiu construir para os pobres, o Bairro Piauí, na Avenida Dr. João Silva Filho - irmão de Alberto Silva -, os amigos fizeram a festa.

     Estou aqui para mostrar que o povo respeita o político, o povo o admira.

     Foram 50 mil pessoas. Nunca vi tanta gente! Já fui muita coisa, inclusive Prefeito da cidade de Parnaíba. Havia uma orquestra espontânea, de Victor Bezerra e Forró Safado, a melhor do Nordeste. Ele é filho do empresário Mazuca, piauiense ilustre, que, espontaneamente, determinou que o filho fosse comemorar nosso aniversário. A melhor cachaça do Piauí, Mangueira, também foi servida. O proprietário mandou distribuir.

Para que se tenha uma noção, um Prefeito viajou 1.000 quilômetros para nos cumprimentar, o ex-Deputado Chico Filho, de Uruçuí, a capital da soja.

     O evento foi realizado em um bairro pobre, que mudou de local, pois foi construído durante minha trajetória política, em uma reforma agrária urbana: o Bairro Piauí, na Avenida Dr. João Silva Filho.

     O empresário Abdon Teixeira e sua esposa ofereceram um almoço para nossos convidados. Ele é proprietário da Litorânea, uma empresa de aviação, e empresário no Rio de Janeiro, no Paraná e em Santa Catarina.

     Feliz o momento em que vivemos, quando um político pode comemorar o aniversário e receber os cumprimentos do povo em uma praça pública, em uma avenida. Traduzindo: o povo do Brasil não quer perder a esperança.

     É como Ernest Hemingway diz: “A maior estupidez é perder a esperança.” Mesmo reconhecendo que a nossa Parnaíba vive momentos difíceis, em que houve evasão da população, queda da matrícula municipal e estadual e da renda per capita, o povo quer continuar a ter esperança numa Parnaíba livre, acreditando que tudo vai melhorar.

     A alegria foi tão grande que eu queria deixar registrada nossa gratidão, expressando, para aqueles que foram nos abraçar, que sei que fiz 65 anos e que vamos ter de morrer, Efraim. Mas, quando eu morrer, que digam por aí que morri como nasci e vivi: orgulhoso de ser parnaibano, parnaibano, parnaibano!