Discurso durante a 218ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre a alta carga tributária brasileira.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA FISCAL. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Considerações sobre a alta carga tributária brasileira.
Publicação
Publicação no DSF de 28/11/2007 - Página 41933
Assunto
Outros > POLITICA FISCAL. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • DISCORDANCIA, DISCURSO, ALOIZIO MERCADANTE, SENADOR, OPINIÃO, ORADOR, SUPERIORIDADE, EXPLORAÇÃO, POVO, ESPECIFICAÇÃO, EXCESSO, TRIBUTAÇÃO, COMPARAÇÃO, HISTORIA, BRASIL, PERIODO, COLONIALISMO, PAIS ESTRANGEIRO, PORTUGAL, ATUALIDADE, CRESCIMENTO, NUMERO, TRIBUTOS.
  • LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, DENUNCIA, GOVERNO FEDERAL, GOVERNO ESTADUAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), NEGLIGENCIA, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ESTADO DO PIAUI (PI), PROTESTO, PREJUIZO, MEIO AMBIENTE, PRODUÇÃO, CARVÃO.
  • GRAVIDADE, NOTICIARIO, IMPRENSA, ANUNCIO, EXTINÇÃO, VARA CRIMINAL, MUNICIPIO, PARNAIBA (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), PREJUIZO, JUSTIÇA, ATRASO, JULGAMENTO.
  • COMENTARIO, DADOS, MUNICIPIO, PARNAIBA (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), REDUÇÃO, POPULAÇÃO, MATRICULA, PROTESTO, FALTA, PROVIDENCIA, GOVERNO ESTADUAL.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Camata, que preside esta sessão de 27 de novembro, parlamentares, brasileiras e brasileiros aqui presentes e que nos assistem pela TV Senado.

            Ouvimos, Sr. Presidente Camata, atentamente as palavras desse extraordinário homem público, líder, economista professor Mercadante.

            Lamentamos que nossa visão não seja esta do Brasil. Entendemos que nunca antes, nesses 507 anos, houve uma exploração do povo como agora. É a carga tributária.

            O professor Mercadante tem essa genialidade de mostrar esse lado róseo, que não passa. Em 507 anos, nunca antes um povo foi tão explorado.

            Fomos dependentes dos portugueses. Que saudades!

            Agora, encontrei parlamentares de Petrópolis.

            Eu revia o passado, a História, Camata. Naquele tempo, a carga tributária era de 20%. Recentemente, a Globo presenteou-nos com a minissérie “O Quinto dos Infernos”. Hoje, o jornal O Globo fala a respeito da chegada dos portugueses. Que fato histórico lindo! Era de 20% o imposto. Era de um quinto, por isso a minissérie “O Quinto dos Infernos”. Foi aí que o povo se rebelou contra Portugal. O imposto era de um quinto, de 20%. De cinco quilos de ouro, Camata, um quilo era de Portugal; de cinco bois, um boi era de Portugal; de cinco bodes do meu Piauí, um bode era de D. João VI. Agora, é a metade. São 76 impostos. Eu li e os pesquisei. Uns dez foram criados por esse partido que está aí; outros, aumentados, de tal maneira que nos aproximamos de 40%. Aprendam.

            Muita gente diz: “Não, mas o ano tem doze meses e tem o 13º mês.” O fato é que provei que, dos doze meses que todos trabalhamos - quem não trabalha são os aloprados, que entraram pela porta larga da malandragem e aí estão, muitos ganhando R$10.448,00 -, pagamos cinco meses para o Governo e ninguém está livre de transações bancárias. Não estou falando da CPMF, não, mas de transações bancárias. Trabalha-se para banco, também. Então, são seis meses.

            O Mercadante fala, e fala certo. É a voz do PT, que está bem. O partido cresceu, teve esse crescimento.

            Ô Camata, estou aqui e sou do PMDB autêntico. Louvo todos os Governadores heróicos que estão aí e todos os Prefeitos. E me afasto. As conquistas são deles. Cito um exemplo: o PT governa três Estados. Ô Luiz Inácio, que vergonha.

            Ô Wellington Salgado, você que é de Minas, o Tiradentes se sacrificou e a derrama era de 20%. Está na hora de você botar esse pescoção aí, com Hélio Costa, porque estamos pagando, e cadê os mineiros heróicos? Agora é que tem de rolar cabeça. Mas atentai!

            Mauro Sampaio, ô Camata, é um jornalista daqui, trabalha no Senado, irmão do Presidente da Assembléia do Piauí, do meu PMDB, Presidente do Diretório Municipal. O irmão dele é o Deputado Themístocles Sampaio, Presidente. Ele é funcionário do Senado, onde entrou por concurso, não pela porta larga, não.

            “Enquanto Pernambuco ganha pólo fármaco-químico, o Piauí faz carvão. Fornalhas de carvão na Serra Vermelha”, por Mauro Sampaio.

            O Piauí é vocacionado para esses grandes jornalistas: Carlos Castello Branco; atualmente, Zózimo Tavares; e Carlos Augusto, ex-Deputado.

            Então, o que diz Mauro Sampaio, irmão do ilustre Presidente da Assembléia, grande jornalista independente?

            “Próximo de completar cinco anos da dobradinha petista Governador do Piauí, Wellington Dias, e Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nada de especial foi conquistado. O Piauí continua o mesmo, sofrendo dos mesmos problemas, mendigando da mesma forma em Brasília, contentando-se com tapinhas nas costas e emendas parlamentares que não significam investimentos certos. Pior ainda. o Piauí tem comemorado a chegada do desenvolvimento predatório: a produção de carvão, em detrimento de sua frágil condição ecológica. Enquanto isso, em menos de um ano de governo, outros Estados ...”

            Aí, cita o desenvolvimento de Pernambuco, que é do PSB, e de Goiás Não vou ler todo o artigo desse extraordinário jornalista, mas, em seguida, ele diz:.

            “Até 2015, se a produção de carvão no Piauí continuar em ritmo acelerado, será preciso importar muito remédio para curar os males de tantos governos que não souberam fazer nem mesmo óbvio.“

            A minha cidade, Wellington Salgado e Camata, decantada, é a cidade de Evandro Lins e Silva, de João Paulo dos Reis Velloso e de Alberto Silva, que deve estar traumatizado. Ninguém nunca o viu, porque enganaram o nosso grande Alberto Silva. A nossa cidade, a Parnaíba, é como Sêneca dizia, Wellington Salgado e Camata, ele que não era nem de Atenas, nem de Esparta: “Não é uma pequena cidade, é a minha cidade.”. Assim, eu digo: Parnaíba.

            Parnaíba, outro jornal: “OAB em Campanha Contra a Extinção de Vara Criminal em Parnaíba”. São entrevistas a vários homens, feitas pelo jornalista Francisco Tribuzana. Como tiveram repercussão, mandaram-nas para cá.

            O advogado Diógenes Meirelles, da subseção da OAB em Parnaíba, está mobilizando a comunidade para cobrar dos Parlamentares piauienses o veto na Assembléia Legislativa referente à extinção da Primeira Vara Criminal de Parnaíba.

            Estão extinguindo a Justiça. Enquanto o filho de Deus andava nas montanhas e dizia: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”, lá no Piauí eles estão acabando na maior cidade.

            Então, é isto: há julgamentos marcados para agosto de 2008, mas, fechando-se essa Vara Criminal, segundo o repórter, eles acontecerão em 2010.

            Ô Camata, V. Exª é um homem de cultura.

            Luiz Inácio, Montaigne disse que o pão de que mais a Humanidade necessita é a Justiça.

            Esse Partido tira a Justiça do Piauí, de Parnaíba, minha cidade.

            Mais ainda, Camata, um quadro vale por dez mil palavras.

            Mercadante é culto, é o nosso Adam Smith, acho que é a estrela do PT, mas um quadro, Mercadante, vale por dez mil palavras.

(Interrupção do som.)

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Parnaíba, ô Camata. Quero convidar V. Exª e sua encantadora esposa para terem outra lua-de-mel lá, no Delta. Atentai bem: verdes mares bravios, água caliente, sol que nos tosta o ano inteiro, ventos que nos acariciam, gente maravilhosa. Vai ser o encontro de duas belezas - o Delta e sua esposa Rita - com o amor de V. Exª.

            Quero dizer o seguinte, Camata: a minha cidade.

            Ô Wellington Salgado, se manca PT! Aqui vieram com a palhaçada de dar sinal amarelo para o Mão Santa. Vão se mancar! Eu dou sinal vermelho para o Luiz Inácio, para o nosso Tião e para os Governadores do PT.

            Olha em Parnaíba o que houve, ô Camata, anota aí: na minha cidade, isso é que é a verdade, houve diminuição da população. Em três anos dessas coisas, saíram cinco mil. Foram-se embora

            (Interrupção do som.)

            O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB - ES) - V. Exª dispõe de dois minutos para encerrar o seu pronunciamento.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - É o suficiente. Agora, eu queria diminuir, pelo menos em dois anos, esse Governo desastrado.

            Diminuição da população. A natureza Deus fez, além de gente boa.

            Olha, cinco mil foram-se embora.

            Redução de 10 mil matrículas, Mercadante.

            Ô Luiz Inácio! Esta é a verdade: eu gosto de V. Exª, mas V. Exª é rodeado de aloprados por todos os lados. Reduziram as matrículas! O professor Iweltman é Vereador do nível dos melhores Senadores da República, é professor universitário, tem um trabalho. Lá não tem uma creche mais. Fui Prefeito daquela cidade. A Adalgiza viu um meninozinho e disse: “Vamos fazer”! Ela é minha garantia. O ensino universitário reduziu a um quarto da expansão que fizemos. Está aí um artigo: Riqueza de Picos, pobreza de Parnaíba, pelo agrônomo Joselito. Renda per capita maior. A beleza que estou convidando, que é decantada, tal a praga que se deu lá, nenhuma foi escolhida como uma das maiores belezas do Estado.

            E, agora, a extinção, Camata, está aqui, é um apelo de Diógenes Meirelles, da OAB, dizendo que estão fechando uma Vara Criminal. Agora que os criminosos aumentaram, que estamos saindo da democracia para a cleptocracia - o governo do roubo -, para a plutocracia dos ricos, que aplicaram a cleptocracia; e o outro governo é o do Pará.

            Oh! Deus, Oh! Deus, livrai-me dessa mentira e traga aqui a verdade!

            Camata, V. Exª está na Presidência com a mesma dignidade que sentei aí, e no momento em que vi aquela ignomínia e indignidade, porque aquilo é um fato excepcional, eu traduzi, com grandeza, com amor e com seriedade, o sentimento do Brasil, do Kant, aquela imoralidade em que prenderam a mulher-criança, fato nunca antes observado na história do mundo. E busquem e releiam. Eu saio orgulhoso. Sabem o que o Cristovam disse? “Eu não sei se está no Regimento, mas que foi bonito foi o que o Mão Santa...e que o Brasil gostou, gostou.

            Che Guevara disse - ô Camata! -: “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete um injustiça no mundo, então somos companheiros”. Eu fui esse companheiro.

            E faço novamente o convite ao Luiz Inácio e à sua encantadora esposa - vieram aí porque comparei com a Marta Rocha (fora do microfone) a esposa de V. Exª, com todo o respeito, como uma obra de Deus o mesmo que disse da esposa do Presidente da República.

            O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB - ES) - A Mesa solicita a V. Exª que em um minuto encerre suas palavras.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Pois, não. Para fazer uma oração, o Cristo, em um minuto o Pai-Nosso. Eu digo: Oh, Deus, oh, Deus, oh, Deus, faça com que Luiz Inácio e a sua encantadora Marisa, de quem nos orgulhamos, peguem este Aerolula e vão pedir perdão à mulher-criança, violentada neste Governo! Ou então eu terei que dizer como Cristo disse - “Pai, perdoai-lhes, o PT não sabe governar!”


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/11/2007 - Página 41933