Discurso durante a 218ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do transcurso do Dia da Independência do Líbano, celebrada em 22 de novembro.

Autor
Marconi Perillo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Marconi Ferreira Perillo Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Registro do transcurso do Dia da Independência do Líbano, celebrada em 22 de novembro.
Publicação
Publicação no DSF de 28/11/2007 - Página 42116
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DATA NACIONAL, INDEPENDENCIA, PAIS ESTRANGEIRO, LIBANO, SAUDAÇÃO, OCORRENCIA, ELEIÇÕES, ELOGIO, POVO, VITORIA, DIFICULDADE, RECONSTRUÇÃO, PAIS, GUERRA, CONTRIBUIÇÃO, IMIGRANTE, CULTURA, IDENTIDADE, BRASIL, APRESENTAÇÃO, SOLIDARIEDADE, CONCLAMAÇÃO, DEBATE, POSSIBILIDADE, AUXILIO, POLITICA EXTERNA.

O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ao assomar a esta tribuna, gostaríamos de registrar a data comemorativa do Dia da Independência do Líbano, celebrada em 22 de novembro e as eleições que ocorrem na véspera.

O povo desse maravilhoso país jamais se abala ou se aquieta, mesmo diante das agruras da guerra, que já lhes destruiu - mais de uma vez - os lares, as ruas, as praças, as escolas, os hospitais; que já lhes bombardeou os campos e as cidades.

Esse poder de superação será necessário para a reconstrução do país, impiedosamente destruído no conflito entre Israel e o Hezbollah, no que parece ser uma guerra infinda, alimentada pelo ódio cego.

O caminho para superar os conflitos pode estar na cultura milenar libanesa, Srªs e Srs. Senadores, que, entre tantas contribuições à civilização, oferece-nos homens do calibre de Kahlil Gibran, poeta de inigualável traço e sabedoria.

É da obra desse insigne poeta que nos permitimos reproduzir pequeno trecho a título de reflexão sobre a guerra:

O pecado não existe, exceto na medida em que o criamos.

Somos nós, portanto, que devemos destruí-lo.

Se escolhermos fazer o mal, ele existirá até que o destruamos.

O bem não podemos fazê-lo, pois ele é o próprio alento do Universo;

Mas podemos escolher respirar e viver nele e com ele.

            Desnecessário dizer, Sr. Presidente, da contribuição da cultura libanesa na formação da identidade brasileira e o amor que os libaneses sempre revelaram pelo Brasil. O Brasil é, para muitos de nossos irmãos, a segunda terra natal, que os acolheu e deles se orgulha por tê-los como participantes efetivos da vida cotidiana do país.

            Exatamente por essa ligação fraterna, temos o dever moral de contribuir para a árdua tarefa de reconstrução do Líbano, quer seja, por um esforço diplomático na edificação da paz duradoura, quer seja, por uma participação efetiva in lócus, com o fito de prestar ajuda humanitária à população.

            É fundamental observar que parte significativa dos 50bilhões de dólares investidos para a reconstrução daquele país após a guerra civil foi praticamente perdida no último conflito.

            Os aeroportos, os hospitais, as escolas e o sistema de infra-estrutura foram muito danificados e, num primeiro momento, são necessários 2,5bilhões para criar as condições mínimas de infra-estrutura.

            Sr. Presidente, gostaríamos de poder comemorar a data Nacional de Líbano dizendo apenas do zelo e do amor do povo libanês na reconstrução do país depois da guerra civil, em 1989.

            Mas neste momento de dor, temos o dever de externar nossa solidariedade e concitar esta Casa a discutir o problema, para levar sugestões ao Poder Executivo e, ao mesmo tempo, solicitar informações sobre as medidas diplomáticas tomadas até agora.

            Muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/11/2007 - Página 42116