Discurso durante a 27ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração dos oitenta anos de fundação do jornal O Povo. Denuncia o ultraje de que foi vítima D. Arlete Magalhães, viúva do Senador Antônio Carlos Magalhães, que teve sua residência invadida mediante ordem judicial concedida por uma juíza de Salvador, por acaso esposa do Deputado Nelson Pelegrino do PT da Bahia, para inventário de obra de arte.

Autor
José Agripino (DEM - Democratas/RN)
Nome completo: José Agripino Maia
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. JUDICIARIO.:
  • Comemoração dos oitenta anos de fundação do jornal O Povo. Denuncia o ultraje de que foi vítima D. Arlete Magalhães, viúva do Senador Antônio Carlos Magalhães, que teve sua residência invadida mediante ordem judicial concedida por uma juíza de Salvador, por acaso esposa do Deputado Nelson Pelegrino do PT da Bahia, para inventário de obra de arte.
Publicação
Publicação no DSF de 12/03/2008 - Página 5116
Assunto
Outros > HOMENAGEM. JUDICIARIO.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, JORNAL, O POVO, ESTADO DO CEARA (CE), ELOGIO, CONTRIBUIÇÃO, IMPRENSA, REGIÃO NORDESTE, RESISTENCIA, DEMOCRACIA.
  • DENUNCIA, VIOLENCIA, VITIMA, VIUVA, ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, SENADOR, ORDEM JUDICIAL, INVASÃO, RESIDENCIA, OBJETIVO, INVENTARIO, OBRA ARTISTICA.

            O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM - RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, apesar de estar inscrito, não tive oportunidade de manifestar minha palavra de cumprimentos àqueles que fazem o jornal O Povo, do vizinho Estado do Ceará, que exerce grande influência sobre a cidade onde nasci, Mossoró. Durante muito tempo, o jornal O Povo foi para nós, potiguares, uma referência. Para Mossoró, talvez tenha sido, ao lado do jornal O Mossoroense, o balizamento da tribuna livre, da imprensa corajosa, da ação de Paulo Sarasate, amigo de meu pai, que conheci. É padrão de jornalismo e, durante muitos e muitos anos, significou um bastião de resistência democrática e elemento vanguardista na difusão de idéias.

            Desse modo, com essas palavras, na pessoa do jornalista Demócrito, quero também cumprimentar aqueles que fazem o jornal O Povo e dizer que a iniciativa da Senadora Patrícia, do Senador Tasso e do Senador Inácio Arruda é meritória e merecedora do aplauso do meu Partido.

            Mas pedi a palavra pela ordem, Sr. Presidente, para denunciar ao País um fato que me está constrangendo muito.

            V. Exª, Presidente Garibaldi, conhece a esposa do Senador Antonio Carlos Magalhães, D. Arlete Magalhães, mãe do nosso companheiro Antonio Carlos Magalhães Júnior. V. Exª sabe, como sei, quem é D. Arlete, uma figura doce e frágil, mas V. Exª, talvez, não saiba o que aconteceu em Salvador de ontem para hoje.

            Não quero entrar em questões de família, em disputa de espólio, mas não posso deixar de manifestar meu repúdio pessoal à truculência com que o apartamento, a residência, o lar onde mora D. Arlete foi invadido mediante ordem judicial concedida por uma juíza de Salvador, por acaso esposa do Deputado Nelson Pelegrino do PT da Bahia. Não vai aqui nenhuma ilação, mas a juíza que ordenou a entrada de oficiais de justiça no apartamento onde mora D. Arlete é esposa do Deputado Nelson Pelegrino. D. Arlete, se fosse contactada, tranqüilamente, teria aberto a porta do apartamento, para que as pessoas não precisassem usar de tal truculência: com chave-mestra, abriram a porta do apartamento, para fazer inventário de obra de arte.

            Faço essa denúncia com muito constrangimento, mas com muita revolta, por se tratar da invasão do lar do ex-Senador Antonio Carlos Magalhães, onde mora a doce D. Arlete, viúva de Antonio Carlos, mãe de ACM Júnior. Ela, no meu entendimento, foi ultrajada por um gesto de violência que merece a atenção do País e nosso repúdio.

            Quero deixar esse fato registrado, para que os Senadores saibam do que está acontecendo neste momento no Estado da Bahia, produto de truculência inaceitável que denuncio a esta Casa e ao País.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/03/2008 - Página 5116