Discurso durante a 40ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comemoração em razão dos dados positivos da economia, apresentados em pesquisa do PNAD.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIO ECONOMICA.:
  • Comemoração em razão dos dados positivos da economia, apresentados em pesquisa do PNAD.
Publicação
Publicação no DSF de 01/04/2008 - Página 7404
Assunto
Outros > POLITICA SOCIO ECONOMICA.
Indexação
  • COMENTARIO, ESTUDO, EMPRESA DE CONSULTORIA E PLANEJAMENTO, FONTE, DADOS, PESQUISA, AMBITO NACIONAL, AMOSTRAGEM, DOMICILIO, AUMENTO, TOTAL, RENDA, FAMILIA, EXPECTATIVA, MANUTENÇÃO, CRESCIMENTO.
  • REGISTRO, RESULTADO, PESQUISA, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, BANCO ESTRANGEIRO, PAIS ESTRANGEIRO, FRANÇA, INSTITUIÇÃO DE PESQUISA, BRASIL, AMPLIAÇÃO, PODER AQUISITIVO, CLASSE MEDIA, VIABILIDADE, CRESCIMENTO, CONSUMO, REFORÇO, MERCADO INTERNO.
  • IMPORTANCIA, MELHORIA, POSIÇÃO, BRASIL, RELAÇÃO, AMBITO INTERNACIONAL, CONSUMO.
  • COMENTARIO, OPINIÃO, ESPECIALISTA, MANUTENÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, BRASIL, MOTIVO, ESTABILIDADE, AMPLIAÇÃO, ABERTURA DE CREDITO, REAJUSTE, SALARIO MINIMO.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, NATUREZA ECONOMICA, NATUREZA SOCIAL, GOVERNO FEDERAL, VIABILIDADE, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO, BAIXA RENDA, ESTABILIDADE, SEGURANÇA, CRESCIMENTO ECONOMICO.
  • COMENTARIO, INTEGRAÇÃO, BOLSA DE VALORES, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), BOLSA DE FUTURO, AUMENTO, IMPORTANCIA, ECONOMIA, BRASIL, AMBITO INTERNACIONAL.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estudo realizado pela empresa de consultoria MB Associados, baseado em dados de 2006 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o montante da renda das famílias brasileiras encerrou o ano de 2007 com 1 trilhão 168 bilhões de reais, já considerada a inflação do período.

De acordo com os dados apresentados, entre 2005 e 2007, o total dessa renda sofreu um acréscimo de quase 20%. Vale ressaltar que, em 2005, o conjunto das famílias detinha 975 bilhões de reais. Portanto, como podemos verificar, nos dois anos seguintes, o aumento correspondeu a 193 bilhões de reais. Até o final de 2008, estima-se um crescimento de cerca de 7,9%, o que poderá elevar o valor da renda para algo em torno de 1 trilhão 260 bilhões de reais.

Segundo os analistas econômicos, com o dinamismo desses indicadores, com a estabilidade sob controle, com o crédito em alta, com o reajuste do salário mínimo de 380 reais para 415 reais e com os acordos que foram estabelecidos entre o Governo e os sindicatos para a sua atualização nos próximos anos, a economia brasileira certamente manterá a vitalidade que vem registrando.

Neste momento especial que o País está vivendo, o Governo já tem motivos de sobra para comemorar os resultados positivos alcançados na área econômica e social. O alargamento do mercado interno é um dos mais importantes e se deu com a entrada de milhões de novos consumidores, sobretudo os que se situavam nas classes D e E que ascenderam para a classe C.

Antes, esse novo contingente, que agora faz parte da classe média e que representa cerca de 20 milhões de pessoas, não dispunha de dinheiro suficiente para diversificar as suas compras nos supermercados, viajar de férias, adquirir roupas novas nas lojas, mobiliário, eletrodomésticos, telefone celular, filmadoras, câmeras fotográficas, aparelhos de DVD, computador e outros bens que estavam fora de sua possibilidade até três anos atrás.

Pesquisa divulgada no dia 26 de março passado pela Cetelem, que é uma financeira do banco francês BNP Paribas, estimou que a renda familiar dos que passaram para a classe C nos últimos dois anos é de cerca de 1 mil e 100 reais.

Outro dado sugestivo é que as pessoas que passaram de D/E para C tiveram um aumento médio de renda mensal de 580 reais para 1 mil e 100 reais. Por sua vez, entre 2005 e 2007, a classe C passou de 62 milhões e 700 mil pessoas para 86 milhões e 200 mil pessoas. Ao mesmo tempo, as classes D e E encolheram de 93 milhões de pessoas para 73 milhões. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep), a classe C é hoje a que mais cresce na pirâmide social e já detém 43% da renda disponível para consumo no País.

Sem dúvida alguma, ninguém pode deixar de reconhecer que as diversas ações colocadas em prática pela equipe econômica estão mudando para melhor a vida dos brasileiros, sobretudo a dos mais pobres que nunca tiveram oportunidades. O resultado também é visível no crescimento saudável e sustentável da economia; na abertura de novos postos de trabalho nas empresas comerciais, industriais e de serviços; no aumento dos lucros dos negócios; nos ganhos de produtividade; na qualidade dos produtos que são oferecidos à sociedade e, enfim, no combate contra a pobreza, contra a miséria e contra a injusta concentração de renda.

Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, inúmeros analistas econômicos e mesmo aqueles que não simpatizam com o Governo admitem que o Brasil já se tornou um dos maiores mercados de consumo do mundo.

No ranking mundial de vendas de automóveis o nosso País ocupa a oitava posição. Em 2007 estávamos em quinto lugar em número de computadores domésticos e foram vendidas 1 milhão 380 mil máquinas no ano passado. Segundo a empresa Positivo, líder do comércio de computadores no País, os membros da classe C foram os responsáveis por essa grande onda de consumo. O universo de pessoas ligadas à Internet no Brasil já chega a mais de 22 milhões e 37% pertencem à classe C. As lojas já venderam mais de 124 milhões de aparelhos celulares. As viagens aéreas internas e internacionais apresentam crescimento significativo, a venda de automóveis bate todos os recordes e o mercado financeiro nacional dá um grande salto para o futuro.

No final da semana passada, a integração das atividades da Bovespa Holding e da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF) abriu espaços importantes para o Brasil nas principais mídias financeiras internacionais. Vale dizer que, com o fechamento desse negócio, a Nova Bolsa brasileira será a terceira maior do mundo e a segunda das Américas em valor de mercado, atrás apenas da Bolsa de Chicago. Com a celebração da documentação definitiva, aprovação dos acionistas e dos órgãos reguladores, que deverá acontecer nos próximos dias, haverá grande ganho para os usuários, investidores, empresas e intermediários. Mais importante ainda é que o Brasil deixará de ser visto apenas como uma potência agrícola para ocupar um lugar de alto relevo como referência no mercado mundial de capitais.

Nobres Senadoras e Senadores, ao terminar este pronunciamento gostaria de lembrar que, se os tempos são de esperança em nosso País com os dados brilhantes da economia que acabei de mostrar, é porque, em larga medida, milhões de brasileiros estão podendo fazer as escolhas que antes não podiam.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/04/2008 - Página 7404