Discurso durante a 46ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Manifestação com relação ao pronunciamento da Senadora Fátima Cleide.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL.:
  • Manifestação com relação ao pronunciamento da Senadora Fátima Cleide.
Publicação
Publicação no DSF de 09/04/2008 - Página 8314
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL.
Indexação
  • JUSTIFICAÇÃO, AUSENCIA, DESRESPEITO, DISCURSO, ORADOR, ANALISE, HISTORIA, POLITICA, REGISTRO, ENTREGA, CORREGEDOR, SENADO, DOCUMENTO, COMPROVAÇÃO, ANALOGIA.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Parlamentares, brasileiras e brasileiros. Não fui nem pretendi ser desrespeitoso. O que eu fiz foi uma análise histórica, política, dizendo que a história pôde se repetir: fatos que existiram, fatos conhecidos por todos e fatos que, estamos apreensivos, não se repitam no Brasil.

Não tive intenção nenhuma de ofender quem quer que seja. Agora, o que está-se passando é uma tentativa de desviar o foco: o foco do Governo, que criou - criaram - um dossiê para intimidar adversários. Quanto ao quisemos dizer em relação a essa analogia, o Senador foi professor de biologia, professor de fisiologia, nós descrevemos um fato histórico da política. Está escrito. E competia a nós o que fizemos. Buscamos a Taquigrafia, e fiquei até... Eu nunca pensei que, ao longo dos 65 anos que estudei, e estudei muito, eu tivesse competência de fazer uma análise da história política do mundo com tanta realidade. E peguei e entreguei ao Corregedor, com alguns e-mails da opinião pública do Brasil e o livro. Aliás, há um outro que vou trazer, de que tenho conhecimento, Mein Kampf, em que ele fazia uma analogia da política daquele tempo com a de hoje. Foi descrita, estão nos Anais, e entreguei ao Corregedor Romeu Tuma.

Quero ler algo que me caiu em mão agorinha. O Presidente Luiz Inácio, numa entrevista que deu a Playboy, ao ser perguntado: “Diga mais quem você admira”, disse: “Por exemplo, o Hitler tinha aquilo que eu admiro no homem: o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer”. Luiz Inácio, sim, é admirador do Hitler. Apenas eu descrevi um fato histórico, baseado no livro Mein Kampf, escrito por Hitler, e no livro Mistificação das Massas pela Propaganda Política, escrito por Serge Tchakhotine, traduzido Miguel Arraes. Foi isso. E foi, Tião Viana, encaminhado ao Corregedor.

O Sr. Tião Viana (Bloco/PT - AC. Fora do microfone.) - Dizer que o Presidente Lula falou isso é molecagem!

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - É molecagem!. Então, está certo. Está aqui. Ele está dizendo, e eu não tenho nada a ver com isso aqui, não! Me chegou agora, como chega... É a interpretação.

Então, eu apenas queria dizer que aprendi cirurgia, e o meu professor dizia que a ignorância é audaciosa. Eu diria o que está no livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, que disse que “a linguagem é uma fonte de entendimento”. Diria mais: Shakespeare disse que não há bem nem mal, o que há é a interpretação. Fiz uma interpretação histórica, política e filosófica. E não tiro um... Que me julguem o Corregedor, a Mesa, o povo e as amadas mulheres do Brasil, as quem beijarei hoje, abraçando e beijando Adalgisa.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/04/2008 - Página 8314