O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Após pronunciamento da Senadora, associamo-nos às homenagens a Cuiabá, pelo seu aniversário.

            Cuiabá representa a grandeza dos mato-grossenses. Cuiabá foi capital-mãe de Mato Grosso do Sul. De sua gente, a História nos obriga a reviver Eurico Gaspar Dutra, Presidente da República.

            Atentai bem, Mozarildo!: vou citar só um exemplo, muito atual, de Eurico Gaspar Dutra para o Presidente Luiz Inácio. Ao terminar o mandato, ele carregara um genro seu, e conseguiu uma casa. Ele era General e foi Marechal do Exército. Passada a solenidade, ao voltar a faixa presidencial a Getúlio Vargas, Dutra sai com os seus familiares e o seu genro e, já à noitinha, ele pára na região sul do Rio de Janeiro, diante de um sobrado, e diz: “Não, não posso. Não tenho dinheiro para pagar por esta casa”. Atentai bem! Vejam esse ensinamento de um mato-grossense honrado, probo, correto. Aí, o genro, disse-lhe: “Não, não. O senhor não mandou? Foi um amigo seu, que tem vários imóveis, e eu, contando-lhe o problema, ele a cedeu.”

            Então, Eurico Gaspar Dutra, mostrando dignidade - essa é a história que temos para ensinar acerca desse fato histórico -, recuou, e o seu genro, disse-lhe: “Não. É um amigo, que me mandou resolver o problema.” “Não tenho dinheiro para pagar esta casa. Só tenho o soldo de militar” - dos militares briosos, que estão em estado de desespero pelos salários baixos que aí estão.

            Cândido Rondon: “Integrar para não entregar”.

            Roberto Campos, o mais culto brasileiro, eu sei. Jovens Senadoras e Senadores, estudem pelo menos o discurso dele aqui, que dá para fazer uns sete e está entre os melhores pronunciamentos. Em seu livro, A Lanterna da Popa - ô Mozarildo, atentai bem o que ele mesmo disse!: “Se eu tivesse pendão oratório...” Mas ele tinha. Roberto Campos foi o mais competente brasileiro.

            Dante de Oliveira, aquela figura que eu, traduzindo o respeito e a grandeza dos homens e mulheres de bem, coloquei em seu peito a Medalha Grã-Cruz Renascença, no dia 24 de janeiro, na cidade de Ueiras.

            Gilmar Mendes, este grande jurista extraordinário, que se pode igualar a Rui Barbosa e a Evandro Lins e Silva, do meu Piauí, que tranqüiliza este País: a Justiça em boas mãos.

            Manoel de Barros, o poeta. Jânio Quadros nasceu por lá.

            E mais os Senadores que aqui representam o Estado.

            Choramos Jonas Pinheiro, Senador Mozarildo. Jonas Pinheiro, como São Tomé, mostrou-nos a nossa credibilidade. Eu vi - ô Augusto Botelho, V. Exª estava lá -, nós vimos um povo chorar! O que vale um Senador da República! O Divino Espírito Santo pousou no nosso Presidente Garibaldi, Senador Mozarildo, que fez o mais sublime discurso da história dele. Então, isso traduz.

            Quem não tem saudade daquele bravo, talvez o melhor Senador que por aqui passou: Antero Paes de Barros? Esta sessão existe por que Antero Paes de Barros era um dos quatro que a iniciou, somado a Arthur Virgilio, Efraim e eu. Nós a iniciamos.

            Por último, o Jayme Campos, e saudar todas as mulheres do Mato Grosso, naquela que canta com beleza: Vanessa da Mata, que, com seu cântico, encanta não só o Mato Grosso, mas o País todo.

            Convidamos para usar da palavra, por cessão do grande e extraordinário Senador Romeu Tuma, que significa - assim com Rui Barbosa simboliza este Senado e Pelé representa o futebol - o ícone da instituição mais respeitada hoje no Brasil: a Polícia Federal. Portanto, S. Exª cedeu seu tempo para o Senador Mozarildo Cavalcanti, uma das históricas figuras que enriquece este Parlamento, como médico, como maçom e como político.

            Poderá V. Exª usar da tribuna pelo tempo que achar conveniente.