O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, antes de mais nada, eu peço a V. Exª que acolha, na Mesa, requerimento que o Senador Suplicy assinou comigo - e tenho certeza de que será perfilhado, também, pelo Senador João Pedro, do meu Estado - requerendo voto de pesar pelas vítimas no naufrágio do barco Comandante Sales, ocorrido no dia 04 de maio último, no Rio Solimões, diante da cidade de Manacapuru, no Amazonas.

            Faleceram Lenilza Dias, Jardriana Balbina Lopes, Antunes Valdo Mendes de Souza, Rosemeire Marques de Araújo, André Araújo Sales, Lucimeire da Silva Sales, Francisco Alves de Sales (proprietário da embarcação), Pedro Henrique de Lima Ferreira Filho, Marcelo de Souza Pereia, Ednalva de Souza Coelho, Rigson Pereira da Silva, Alzenira Ribeiro da Silva, Maria Antônio da Costa Maciel, Maria Raquel Souza Ricardo - de apenas 14 anos, Sr. Presidente -, Aldilene Gomes Macedo, Tanuce da Silva Assis e Jader Balbino Lopes.

            Sr. Presidente, cai por terra um outro argumento: o de que teria havido uma ação irresponsável da oposição, aprovando matéria que não é dela, que é do Senador Tião Viana, destinando mais recursos para a Saúde. A unanimidade dos Senadores, não seria ela irresponsável e a Oposição, sozinha, não conseguiria a votação tão expressiva, inclusive unânime, aqui registrada na tarde de hoje. Ou seja, tem toda a razão o Líder do DEM, Senador José Agripino. Trata-se de o Governo priorizar: menos Ministérios, mais dinheiro para a Saúde; menos recursos nebulosamente aplicados, mais dinheiro para a Saúde; menos gastos em diárias, passagens, supérfluos, mais recursos para a Saúde. Em outras palavras, que cumpra aquilo que é o direito aqui demonstrado, é a opinião aqui demonstrada pela Casa, pelo Senado Federal, e que se faça, por essa via, o resgate da saúde pública, que, a meu ver, tem de se assentar sobre um tripé: gerência, decência e recursos. Recursos estamos dando; gerência cabe aos governos; e decência cabe a todo e qualquer homem ou mulher investidos, em determinado momento, de poder público, Sr. Presidente.

            Eu gostaria ainda, Sr. Presidente, de pedir, pela Liderança do PSDB, que seja retirado de pauta, até segunda ordem, o PLS nº 139/06, que cuida de videoconferência, projeto de autoria do Senador Tasso Jereissati. Segundo ele, o projeto precisa de um exame mais aprofundado para que venha redondo, venha perfeito, de modo a servir ao País.

            Sendo assim, Sr. Presidente, muito feliz com o resultado que fez a unanimidade do Parlamento destinar mais recursos para a Saúde, eu digo que essa foi uma luta da qual não se afastou, em nenhum momento, o PSDB. Eu tinha certeza, quando votava contra a CPMF, que a CPMF não seria mesmo necessária, que haveria recursos, recursos que viriam do excesso de arrecadação, que viriam como reflexo do próprio crescimento econômico que se verifica no País. Portanto, não houve falta de responsabilidade lá atrás e não houve irresponsabilidade do Senado Federal neste momento.

            É com regozijo que registro a unanimidade das Srªs e dos Srs. Senadores votando a favor de mais recursos para a Saúde, regulamentando a Emenda nº 29, que teve como primeiro signatário o ilustre Senador da base do Governo, do Partido dos Trabalhadores, Senador Tião Viana.

            Era o que eu tinha a dizer.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.