Discurso durante a 117ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Saúda a libertação da Senadora Ingrid Betancourt e de outros reféns das FARC, pelo governo boliviano.

Autor
José Agripino (DEM - Democratas/RN)
Nome completo: José Agripino Maia
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INTERNACIONAL.:
  • Saúda a libertação da Senadora Ingrid Betancourt e de outros reféns das FARC, pelo governo boliviano.
Publicação
Publicação no DSF de 03/07/2008 - Página 24917
Assunto
Outros > POLITICA INTERNACIONAL.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, LIBERDADE, PARLAMENTAR ESTRANGEIRO, REFEM, GRUPO, GUERRILHA, PAIS ESTRANGEIRO, VITIMA, TORTURA, DESRESPEITO, DIREITOS HUMANOS, EXPECTATIVA, ORADOR, PAZ, AMERICA LATINA, ELOGIO, ATUAÇÃO, PRESIDENTE DE REPUBLICA ESTRANGEIRA, VITORIA, DEMOCRACIA.

            O SR. JOSÉ AGRIPINO (DEM - RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, acho que a libertação da Senadora Ingrid Betancourt, com mais a de três outros reféns, foi muito positiva. Não é apenas ela. A Senadora Ingrid é um ícone da vida, das Farc, da existência das Farc, da resistência das Farc, da perversidade das Farc, da tortura das Farc. O mundo inteiro viu a fotografia da Senadora: sentada, cabeça baixa, mãos atadas, magrinha, sofrida, produto de um movimento terrorista.

            Peço aos céus que eu esteja certo e que, assim como o IRA, na Irlanda, o próprio ETA, na Espanha, o Sendero Luminoso, aqui na América do Sul, as Farc estejam se desmilingüindo.

            É muito bom que esses exemplos, que estão fenecendo, sejam explicitados como manifestações derrotadas, porque o bom do estabelecimento do embate é a via democrática, a via do argumento, o referendo popular, a manifestação do povo, que, no caso da Colômbia, elegeu, com larga margem, o Presidente Uribe, que é mostrado como preferência popular campeã na América Latina. Campeã: é o mais popular dos Presidentes na América Latina. O Presidente Uribe é, digamos, o grande contraponto às Farc.

            Tenho a impressão de que não foi o Uribe, não foi a Colômbia que ganhou a parada com a libertação desse ícone da perversidade, praticada por um movimento terrorista de embate pela via das armas. Não foram as Farc apenas que perderam. Quem ganhou foi o diálogo, foi a democracia, foi o estabelecimento de um interlocutor da paz: o Presidente Uribe, que, referendado pela maioria do povo da Colômbia, levou ao enfraquecimento um movimento terrorista, que terminou entregando os pontos.

            Acho que estou certo em dizer que as Farc, libertando, graças a Deus, a Senadora Ingrid Betancourt e os três reféns, entregaram os pontos. Isso é muito bom para a paz mundial.

            Ainda agora, vi na televisão manifestações, em Israel, de palestinos com atos de violência, praticando barbáries inacreditáveis, inomináveis, inconcebíveis e inaceitáveis, mas o exemplo do fim das Farc - que espero estar certo ao dizer isto -, com a libertação da Senadora Ingrid, encoraja-nos todos a pugnar pela vertente democrática, para se buscar a paz, o equilíbrio e o entendimento pela vertente da paz, da democracia e do diálogo.

            Cumprimentos à Colômbia, que deu exemplo ao mundo de embate, de resistência e de vitória pela democracia.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/07/2008 - Página 24917