Discurso durante a 150ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Elogios à atuação do governador Teotônio Vilela Filho, em prol do desenvolvimento da economia do estado de Alagoas.

Autor
João Tenório (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AL)
Nome completo: João Evangelista da Costa Tenório
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DE ALAGOAS (AL), GOVERNO ESTADUAL. TURISMO.:
  • Elogios à atuação do governador Teotônio Vilela Filho, em prol do desenvolvimento da economia do estado de Alagoas.
Publicação
Publicação no DSF de 21/08/2008 - Página 33677
Assunto
Outros > ESTADO DE ALAGOAS (AL), GOVERNO ESTADUAL. TURISMO.
Indexação
  • GRAVIDADE, SITUAÇÃO, ESTADO DE ALAGOAS (AL), NEGLIGENCIA, GOVERNO FEDERAL, SUPERIORIDADE, DIVIDA PUBLICA, OCORRENCIA, OPERAÇÃO, POLICIA FEDERAL, INVESTIGAÇÃO, CORRUPÇÃO, ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, ELOGIO, ATUAÇÃO, GOVERNADOR, RECUPERAÇÃO, FINANÇAS PUBLICAS, NEGOCIAÇÃO, DEBITOS, CORTE, GASTOS PUBLICOS, AUMENTO, ARRECADAÇÃO, AJUSTE FISCAL, OBJETIVO, CRESCIMENTO ECONOMICO, COMEMORAÇÃO, PEDRA FUNDAMENTAL, NUCLEO, TURISMO, AMBITO INTERNACIONAL, EMPRESA DE HOTELARIA, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, TAILANDIA, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), ATENDIMENTO, CLASSE SOCIAL, RIQUEZAS, AMPLIAÇÃO, OFERTA, EMPREGO, RENDA.
  • SAUDAÇÃO, RECUPERAÇÃO, FERROVIA, REDUÇÃO, CUSTO, TRANSPORTE, MERCADORIA, ANUNCIO, INVESTIMENTO, ESTADO DE ALAGOAS (AL), INDUSTRIA PETROQUIMICA, EMPRESA DE MATERIAL PLASTICO, APRESENTAÇÃO, DADOS.
  • NECESSIDADE, URGENCIA, REVISÃO, PACTO, FEDERAÇÃO, RENEGOCIAÇÃO, DIVIDA PUBLICA, ESTADOS, VOTAÇÃO, REFORMA ADMINISTRATIVA, BENEFICIO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, REGISTRO, REUNIÃO, BANCO MUNDIAL, TESOURO NACIONAL, PROPOSTA, ATENDIMENTO, DEMANDA, ESTADO DE ALAGOAS (AL).

O SR. JOÃO TENÓRIO (PSDB - AL. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Obrigado, Sr. Presidente.

Srªs e Srs Senadores, em fevereiro do ano passado, denunciei neste mesmo Plenário a situação alarmante do meu Estado. Afundado em problemas econômicos e financeiros, com os piores índices sociais do País, Alagoas amargava as conseqüências de décadas de descaso político: qualidade de vida cada vez mais deprimente e oportunidades de desenvolvimento cada vez mais escassas.

Hoje, volto a esta tribuna esperançoso. Continuamos, sim, a enfrentar sérios desafios econômicos e sociais. Se não suficientes as agruras financeiras vividas pelo Estado, o escândalo desencadeado pela Operação Taturana que atingiu em cheio a Assembléia Legislativa, ainda abala a vida política em Alagoas. Mas a seriedade, o espírito público e o empenho do Governo local, comandado por Teotonio Vilela Filho, já abrem para Alagoas novos caminhos, anunciando em tempo mais do que justo, mais do que merecido de reconstrução e prosperidade para a nossa terra.

Sanear as contas do Estado foi o maior desafio - e é preciso lembrar que Teotonio assumiu Alagoas com uma dívida consolidada de R$6 bilhões, além de um débito não escriturado de R$500 milhões, uma completa desordem nas contas públicas, camuflada por superávits fictícios forjados nos últimos anos.

O atual Governo negociou débitos, cortou gastos e aumentou a arrecadação. Em um ano e meio, conseguiu pagar 40% dos referidos R$500 milhões de débitos estaduais, não contraiu qualquer dívida nova, garantiu o pagamento regular dos fornecedores e credores do Governo e restaurou a confiança do mercado.

Em um ano e meio, a taxa de crescimento da arrecadação tributária de Alagoas deu um salto: era a décima quarta do País; hoje, é a sétima. Mas, Sr. Presidente, reverter o quadro de desequilíbrio fiscal foi apenas o primeiro passo. Agora a economia local começa, enfim, a se movimentar e de maneira surpreendente. É o que deixaram bem claro os últimos movimentos rumo ao desenvolvimento.

Na semana passada, comemoramos o lançamento da pedra fundamental do complexo Pontal do Camaragibe, no litoral norte do Estado. Trata-se, nada mais, nada menos, de um dos maiores empreendimentos turístico-hoteleiros do País, com três hotéis, sendo um deles seis estrelas, orçado em R$420 milhões. O hotel da rede brasileira Txai já estará funcionando em 2010. Os outros dois da rede tailandesa Six Senses representam o primeiro investimento desse grupo nas Américas. Um investimento capaz de atrair turistas de alto poder aquisitivo do mundo todo e de multiplicar as oportunidades do Estado.

As boas notícias no setor não param aí. O Grupo Itacaré Partners também adquiriu uma área grande em Coruripe, no litoral sul de Alagoas, para construir um condômino de luxo, orçado em R$100 milhões. No início do ano, já havia sido lançada a construção do hotel da rede americana Radisson, na praia de Pajuçara, em Maceió - outros R$40 milhões de reais em investimento.

No total, o Secretário de Turismo do Estado, que nós conseguimos captar no nosso Estado - o Presidente, Senador César Borges, aqui, que preside a Mesa e tem feito um trabalho absolutamente magnífico - de Alagoas, registra 29 novos projetos engatilhados que devem gerar mais 6 mil empregos diretos e incrementar em cerca de 40% a capacidade hoteleira da região. Uma conquista e tanto para um Estado que passou quase vinte anos sem investir no segmento de turismo imobiliário e hoteleiro, especialmente, na de alta renda.

O sentimento de todos nós, alagoanos, é um só: Alagoas é a bola da vez no turismo internacional, como disse o próprio Ministro do Turismo, Luiz Barretto, durante o lançamento do Pontal do Camaragibe.

Apostar no turismo é apostar na vocação primeira do Estado, um dos mais belos do nosso País. É apostar em riqueza e renda para o nosso povo, em emprego e inclusão social.

Nesse novo tempo que se inicia em Alagoas, Srªs e Srs. Senadores, também comemoramos a recuperação de mais de 100km da malha ferroviária do Estado. As obras de restauração vão se estender ainda a outros 250km de ferrovias, e significam um investimento da ordem de R$70 milhões. O resultado natural será o incremento da economia local, com a redução em até 40% do custo do transporte da produção. Um alívio financeiro que vai beneficiar especialmente os setores da agroindústria, do cimento, mineração, fertilizantes e aço, gerando também mais renda e emprego em Alagoas.

O cenário positivo se completa com o incremento da cadeia produtiva de química e de plásticos do Estado. Das 17 indústrias que anunciaram investimentos em Alagoas até 2010, 12 são desse ramo, o que se deve a uma parceria firmada entre o Governo Estadual e a multinacional petroquímica Braskem, que será a principal fornecedora de matéria-prima para as novas indústrias.

Um dos grupos que estão apostando as fichas em Alagoas é a holding Springer, que pretende produzir laminados de PVC para fabricar embalagens e imprimir cartões de crédito no Estado. O Grupo Agromotor, de Goiás, está construindo uma filial alagoana da fábrica de tubos e ferros de PVC Duro Plásticos. O Grupo BBA, do empresário Antônio Gomes, vai abrir uma fábrica de contêineres flexíveis em Alagoas. A Garcia Participações, do paulista Álvaro Garcia, já está instalando na região o Jaraguá Equipamentos, um complexo formado por seis fábricas.

Srªs e Srs. Senadores, tirar Alagoas da estagnação econômica em que esteve mergulhada nos últimos anos e, finalmente, inseri-la no processo de desenvolvimento do País e do Nordeste é muito mais que um compromisso político. É uma obrigação, é um dever primeiro para com o povo sofrido de Alagoas. É também um alerta para todos nós. A redução das desigualdades sociais e regionais é um dos fundamentos da nossa Constituição. É um dos compromissos mais importantes desta Casa. Não podemos falar em um Brasil rico e desenvolvido sem encarar de frente o desafio das desigualdades regionais.

Sr. Presidente, Alagoas tem uma dívida consolidada de R$6 bilhões, uma sobrecarga financeira que inviabiliza qualquer sobra de caixa. Não podemos adiar, eternamente, a efetiva renegociação das dívidas estaduais e a revisão do pacto federativo. Não podemos mais nos esquivar de votar, de uma vez por todas, uma reforma tributária consistente, profunda, capaz de, além de reduzir o peso esmagador dos impostos sobre nossas empresas e nossos cidadãos, contribuir de uma maneira robusta e eficaz para atenuação da desigualdade dessas regiões.

Sr. Presidente, hoje, pela manhã, tivemos uma reunião importantíssima com o Banco Mundial, o Bird, com o Tesouro Nacional, nesse momento em que está sendo proposto um modelo absolutamente diferenciado para atender o mínimo de necessidade nas demandas financeiras do Estado de Alagoas por se tratar de um Estado - para se ter uma idéia - de uma economia tão pequena, um Estado tão pequeno em sua área e população com uma dívida de R$6 bilhões.

Então é preciso que, de fato, se construa uma nova solução, que se construa algo que possa, de fato, fazer com que seja possível conciliar as necessidades de investimento que o Estado possui, sobretudo, na área social, com a possibilidade financeira de assim fazê-lo.

É o que Alagoas - e o Brasil, inteiro, afinal - espera de cada um de nós.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/08/2008 - Página 33677