O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Eu solicitaria que V. Exª determinasse a publicação na íntegra desse relatório pela nossa Agência do Senado; na íntegra. Ao mesmo tempo, quero consignar aqui o louvor ao Corregedor Romeu Tuma: ninguém melhor do que ele para salvaguardar a ética e a grandeza da história do Senado.

            Eu já tinha antevisto esse relatório quando aqui me manifestei solidário ao Efraim, que, desde os primórdios do nosso mandato, vimos liderar aqui as oposições. Sem ele, as oposições teriam sido um fracasso e, sem oposição, não há democracia. Nesses seis anos e dez meses como Senador da República, vi Efraim Morais levantar essa bandeira.

            No começo, éramos muito poucos: Arthur Virgílio, Efraim Morais, Mão Santa e Antero Paes de Barros. Foi esse grupo que iniciou neste Senado, em 183 anos, o funcionamento às segundas e sextas-feiras. Nós fomos liderados pelo Efraim. A contribuição de Efraim Morais à democracia foi, assim, como a de Rui Barbosa, que foi governo, mas, depois, foi oposicionista, e engrandeceu este Parlamento e a democracia.

            Ao Senador Efraim, então, os aplausos de todos nós, que acreditamos muito nele.

            Quero dizer e dar meu testemunho aqui, Garibaldi, com sinceridade. Fico até perplexo: acho que o estoicismo dele, a sua liderança foi grande demais. Passando pela Paraíba, quis vê-lo como Governador do Estado. Aqui eu não posso antever o que acontece, mas que o Efraim tinha, e tem, possibilidade de exercer a Presidência desta Casa, tem. Haja vista que ele, vitoriosamente, chegou à Mesa, vencendo eleições. O comportamento do Efraim Morais - nós, que somos do Nordeste, percebemos - enriquece a Paraíba. Eu cheguei até a dizer, em pronunciamentos passados, que, lá na Grécia, um filósofo procurava um homem de vergonha. Eu tenho, o Piauí tem, o Nordeste e este Senado têm aquele homem que Diógenes procurava: o homem de vergonha Efraim Morais.